Al-Attiyah ganha mais uma nos carros e Peterhansel se aproxima ainda mais de Roma

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RIO DE JANEIRO – A Mini domina amplamente o Rali Dakar e venceu mais uma especial, a 10ª da competição, entre Iquique e Antofagasta. Desta vez, quem chegou na frente e era todo sorrisos no fim da especial foi o príncipe Nasser Al-Attiyah. O piloto do Catar completou o trecho cronometrado em 4h23min35seg, com vantagem de quase quatro minutos para Stéphane Peterhansel.

O francês, normalmente solícito com a imprensa internacional, saiu sem falar com ninguém ao deixar o Mini #300 na chegada em Antofagasta. Foi direto para as tendas da Mini e não conversou sobre a etapa do dia. Nem ele e nem Nani Roma, outro que tem cada vez menos motivos para sorrir.

Terceiro colocado na etapa a 13min45seg de Al-Attiyah, o espanhol e seu copiloto Michel Périn tiveram que lutar contra a areia fofa e as dunas do percurso para poder seguir em frente. Isto custou caro à dupla e Roma/Périn lideram com somente 2min15seg para Peterhansel/Cottret. Quem acompanha o Rali Dakar sabe que a vantagem do líder para o rival e companheiro de equipe era superior a meia hora. Já não há mais dúvidas de que o jogo pode virar a favor de “Peter” na 11ª etapa, entre Antofagasta e El Salvador.

A lamentar: a desistência de Carlos Sainz/Timo Göttschalk. A dupla do buggy SMG construído na França sofreu um acidente de razoáveis proporções e tiveram que abandonar, após vencerem duas das nove especiais anteriores à desta quarta-feira. Sainz sofreu algumas escoriações e cortes superficiais no acidente, mas “El Matador” no geral se encontra bem. Uma pena que a disputa agora esteja restrita apenas a Mini e Toyota no âmbito dos construtores.

Por falar em Toyota, novamente o sul-africano Giniel De Villiers fez boa figura com seu Hilux, completando a especial em quarto lugar, a quase meia hora do primeiro colocado. O polonês Krzyzstof Holowczyc chegou em quinto com mais um Mini All4Racing, adiante do russo Vladimir Vasilyev e do argentino Orly Terranova, o melhor sul-americano na categoria.

Muito atrás na classificação geral, Lucio Álvarez ainda conseguiu um bom 9º lugar com seu Ford Ranger, superando mais um argentino, Federico Villagra. O francês Ronan Chabot, no único SMG restante, chegou em oitavo.

Uma má notícia: os brasileiros Guilherme Spinelli e Youssef Haddad, únicos que permaneciam na disputa até o momento, abandonaram o Rali Dakar. Ainda não temos informação sobre o que aconteceu com a dupla do Mitsubishi ASX #310.

Classificação na 10ª etapa Iquique-Antofagasta:

1º Nasser Al-Attiyah/Lucas Cruz Senra (Mini) – 4h23min35seg
2º Stéphane Peterhansel/Jean-Paul Cottret (Mini) – 4h27min25seg
3º Nani Roma/Michel Périn (Mini) – 4h37min20seg
4º Giniel De Villiers/Dirk Von Zitzewitz (Toyota) – 4h51min50seg
5º Krzyzstof Holowczyc/Konstantin Zhiltsov (Mini) – 4h54min48seg
6º Vladimir Vasilyev/Vitaly Yevtekhov (Mini) – 4h56min57seg
7º Orly Terranova/Paulo Fiuza (Mini) – 4h57min23seg
8º Ronan Chabot/Gilles Pillot (SMG) – 5h05min15seg
9º Lucio Álvarez/Bernardo Graue (Ford) – 5h06min36seg
10º Federico Villagra/Jorge Pérez-Companc (Mini) – 5h08min41seg

Classificação Geral:

1º Roma/Périn – 38h52min57seg
2º Peterhansel/Cottret – 38h55min12seg
3º Al-Attiyah/Cruz Senra – 39h38min58seg
4º De Villiers/Von Zitzewitz – 40h07min13seg
5º Terranova/Fiuza – 40h07min33seg
6º Holowczyc/Zhiltsov – 42h10min28seg
7º Dabrowski/Czachor – 42h56min54seg
8º Lavieille/Garcin – 43h25min42seg
9º Malysz/Marton – 43h44min00seg
10º Kaczmarski/Palmeiro – 44h26min51seg

Peterhansel ataca, vence e quebra recorde histórico

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RIO DE JANEIRO – Stéphane Peterhansel já é um nome histórico no Rali Dakar. Onze vezes vencedor da prova, seis vezes em motocicletas e cinco nos carros, o francês de 48 anos teoricamente não tem mais nada a provar. Ledo engano: hoje, Peterhansel e seu navegador Jean-Paul Cottret mostraram que ainda têm muito a mostrar para os fãs do evento e principalmente aos seus rivais diretos na briga pela liderança geral.

Com o triunfo da 9ª etapa nesta terça-feira, realizada entre Calama e Iquique, lutando contra as dunas do Atacama, o local mais inóspito do continente sul-americano, Peterhansel superou o recorde histórico de vitórias em especiais: ele chegou a 64 triunfos no Dakar, contra 63 do “czar” russo Vladimir Chagin, sete vezes campeão da prova nos caminhões.

E tem mais: o francês faz com que a vida de Nani Roma se transforme num autêntico pesadelo. Toda a pressão vai recair sobre os ombros do espanhol e de seu copiloto Michel Périn, que não terão mais o direito de errar. Em três dias, a vantagem da dupla decaiu de pouco mais de meia hora para 12 minutos. Uma diferença que hoje não dá mais margem a erros. Roma foi extremamente conservador depois do Rest Day e pode pagar caro por essa estratégia.

Hoje, a dupla do Mini #304 chegou em terceiro a 11min36seg de Peterhansel/Cottret, com Nasser Al-Attiyah/Lucas Cruz Senra cumprindo o estágio na segunda colocação a 2min17seg dos vencedores. Foi um dia de domínio completo para os carros do construtor britânico, pois tivemos sete Mini All4Racing entre os dez primeiros, contra três Toyota Hilux.

Carlos Sainz, único a desafiar o domínio vigente dos carros com motor biturbo diesel, começou o dia largando em terceiro e no quarto checkpoint, o espanhol e seu navegador Timo Göttschalk já apareciam com a segunda marca, atrás de Peterhansel/Cottret. Porém, uma falha mecânica no buggy francês SMG com tração 4×2 fez “El Matador” despencar na classificação, o que certamente lhe custará a possibilidade de terminar entre os cinco melhores ao fim deste Rali Dakar. Sainz completou em 26º na etapa, a 1h56min04seg de Peterhansel.

A dupla brasileira formada por Guilherme Spinelli/Youssef Haddad cumpriu uma boa especial, tendo bom desempenho e figurando constantemente entre os dez primeiros até o nono checkpoint. Perderam fôlego com seu Mitsubishi ASX no fim do trecho cronometrado e acabaram em 14º lugar, com a marca de 5h09min17seg. Como Sainz/Göttschalk completaram a especial, a dupla brasileira bateu na trave no top ten, ocupando a 11ª posição geral e quarto na categoria para veículos 4 x 4 movidos a gasolina atrás dos três Toyota.

Classificação da 9ª etapa Calama-Iquique:

1º Stéphane Peterhansel/Jean-Paul Cottret (Mini) – 4h17min53seg
2º Nasser Al-Attiyah/Lucas Cruz Senra (Mini) – 4h20min10seg
3º Nani Roma/Michel Périn (Mini) – 4h29min29seg
4º Orly Terranova/Paulo Fiuza (Mini) – 4h32min07seg
5º Giniel De Villiers/Dirk Von Zitzewitz (Toyota) – 4h40min50seg
6º Adam Malysz/Rafal Marton (Toyota) – 4h59min26seg
7º Krzyzstof Holowczyc/Konstantin Zhiltsov (Mini) – 5h00min10seg
8º Federico Villagra/Jorge Pérez-Companc (Mini) – 5h00min57seg
9º Vladimir Vasilyev/Vitaly Yevtekhov (Mini) – 5h02min52seg
10º Marek Dabrowski/Jacek Czachor (Toyota) – 5h03min58seg

Classificação Geral:

1º Roma/Périn – 34h15min37seg
2º Peterhansel/Cottret – 34h27min47seg
3º Terranova/Fiuza – 35h10min10seg
4º Al-Attiyah/Cruz Senra – 35h15min23seg
5º De Villiers/Von Zitzewitz – 35h15min23seg
6º Holowczyc/Zhiltsov – 37h15min40seg
7º Dabrowski/Czachor – 37h36min24seg
8º Sainz/Göttschalk – 37h44min04seg
9º Lavieille/Garcin – 38h12min09seg
10º Malysz/Barton – 38h13min09seg

A primeira de Al-Attiyah com o Mini

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RIO DE JANEIRO – Apesar de não curtir muito o Mini All4Racing por achar que o carro não é ideal para o seu estilo de pilotagem, o príncipe do Catar Nasser Al-Attiyah é profissional e ainda sonha com o título do Rali Dakar na categoria dos carros. Ele e os rivais fizeram uma etapa direto de Salta a Calama, sem passar pela Bolívia, com um longo trecho de ligação antes do estágio de 302 km. E foi uma etapa rápida, a julgar pelo tempo que ele e Lucas Cruz Senra levaram para chegar à frente de todo mundo.

Al-Attiyah desceu a lenha e completou a 8ª etapa no tempo de 2h32min57seg, apenas um minuto e doze segundos melhor que Stéphane Peterhansel e seu parceiro Jean-Paul Cottret. Vencedor de ontem e primeiro a largar nesta segunda-feira, Carlos Sainz perdeu 2min36seg e chegou em terceiro.

Orly Terranova recuperou-se de um mau dia na véspera e foi o quarto colocado com seu Mini, seguido do polonês Krzyzstof Holowczyc noutro carro do construtor britânico. Nani Roma, líder geral, chegou em sexto a 9min19seg. O piloto espanhol continua na liderança geral, mas como Peterhansel descontou pouco mais de oito minutos em relação ao companheiro de equipe, a diferença que era superior a meia hora já baixou para 23min46seg.

Em especial qualificada pelo próprio piloto como “frustrante”, Giniel De Villiers completou o dia com o 7º tempo, seguido por Vladimir Vasilyev. Bernhard Ten Brinke emplacou mais um top 10 a bordo do seu HRX Ford, com Christian Lavieille fazendo mais uma boa etapa com seu Haval, em décimo.

Guilherme Spinelli/Youssef Haddad pouco a pouco chegam perto do grupo dos melhores classificados nos carros: a dupla brasileira fechou a especial em 11º lugar com o tempo de 2h50min06. O Mitsubishi número #310 ocupa a mesma posição na geral, a quase 38 minutos do Toyota do polonês Adam Malysz, que está em décimo.

Classificação da 8ª etapa Salta-Calama:

1º Nasser Al-Attiyah/Lucas Cruz Senra (Mini) – 2h32min50seg
2º Stéphane Peterhansel/Jean-Paul Cottret (Mini) – 2h34min19seg
3º Carlos Sainz/Timo Göttschalk (SMG) – 2h35min33seg
4º Orly Terranova/Paulo Fiuza (Mini) – 2h39min37seg
5º Krzyzstof Holowczyc/Konstantin Zhiltsov (Mini) – 2h40min46seg
6º Nani Roma/Michel Périn (Mini) – 2h42min16seg
7º Giniel De Villiers/Dirk Von Zitzewitz (Toyota) – 2h42min18seg
8º Vladimir Vasilyev/Vitaly Yevtekhov (Mini) – 2h44min56seg
9º Bernhard Ten Brinke/Matthieu Baumel (HRX Ford) – 2h46min04seg
10º Christian Lavieille/Jean-Pierre Garcin (Haval) – 2h49min53seg

Classificação Geral:

1º Roma/Périn – 29h46min08seg
2º Peterhansel/Cottret – 30h09min54seg
3º De Villiers/Von Zitzewitz – 30h34min33seg
4º Terranova/Fiuza – 30h38min03seg
5º Al-Attiyah/Cruz Senra – 30h55min13seg
6º Sainz/Göttschalk – 31h30min07seg
7º Holowczyc/Zhiltsov – 32h15min30seg
8º Dabrowski/Czachor – 32h33min16seg
9º Lavieille/Garcin – 33h00min51seg
10º Malysz/Barton – 33h13min43seg

Sainz derrota novamente o esquadrão Mini, mas Roma segue no comando

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RIO DE JANEIRO – Pela segunda vez neste Rali Dakar, o “exército de um homem só” chamado Carlos Sainz botou a esquadra Mini no bolso, com seu buggy SMG dando um show em cima dos carros do construtor britânico que hoje pertence à BMW. Ao contrário de motos e quadriciclos, esta categoria e a dos caminhões realizou uma etapa ‘laço’ com partida e chegada em Salta, que foi inclusive taxada de “monótona” pelo piloto sul-africano Giniel De Villiers.

Foi também uma etapa onde o fôlego foi importante para motores e pilotos, pois a altitude chegou a oscilar entre 3.600 e 4.100 metros de altitude, nas proximidades da fronteira com a Bolívia. E fôlego foi o que não faltou a Sainz e seu navegador Timo Göttschalk, que cumpriram o trecho cronometrado de 533 km em 4h43min28seg.

Nasser Al-Attiyah liderou a derrotada manada de carros da Mini, terminando hoje em segundo lugar a 4min45seg do espanhol, cabendo o terceiro lugar a Stéphane Peterhansel, que acabou extremamente beneficiado pela perda de tempo do argentino Orly Terranova. O piloto do carro #307 chegou apenas em nono lugar, a 18 minutos do vencedor. Com isso, “Peter” subiu para a vice-liderança geral do Dakar, a 31min53seg de Nani Roma, quarto colocado da 7ª etapa.

Com mais três Mini entre quinto e sétimo, só aí veio o Toyota Hilux de Giniel De Villiers, o reclamão do dia. Mas ele não tem muito do que se queixar, pois ao terminar à frente de Terranova na especial, também passou o argentino e subiu para 3º na geral. O top 10 da etapa foi completado pelo holandês Bernhard Ten Brinke em seu HRX com motor Ford.

Guilherme Spinelli e seu navegador Youssef Haddad, únicos brasileiros que ainda permanecem na disputa, cumpriram a etapa de hoje em 5h12min17seg, a 28min49seg de Sainz/Göttschalk. A dupla do Mitsubishi ASX terminou em 14º lugar, mesma colocação que ocupam na geral.

Classificação da 7ª etapa Salta-Salta:

1º Carlos Sainz/Timo Göttschalk (SMG) – 4h43min28seg
2º Nasser Al-Attiyah/Lucas Cruz Senra (Mini) – 4h48min13seg
3º Stéphane Peterhansel/Jean-Paul Cottret (Mini) – 4h50min54seg
4º Nani Roma/Michel Périn (Mini) – 4h52min24seg
5º Krzyzstof Holowczyc/Konstantin Zhiltsov (Mini) – 4h54min19seg
6º Federico Villagra/Jorge Pérez-Companc (Mini) – 4h56min22seg
7º Vladimir Vasilyev/Vitaly Yevtekhov (Mini) – 4h59min26seg
8º Giniel De Villiers/Dirk Von Zitzewitz (Toyota) – 4h59min53seg
9º Orly Terranova/Paulo Fiuza (Mini) – 5h01min28seg
10º Bernhard Ten Brinke/Matthieu Baumel (HRX Ford) – 5h01min32seg

Classificação Geral:

1º Nani Roma/Michel Périn – 27h03min52seg
2º Stéphane Peterhansel/Jean-Paul Cottret – 27h35min45seg
3º Giniel De Villiers/Dirk Von Zitzewitz – 27h52min15seg
4º Orly Terranova/Paulo Fiuza – 27h58min26seg
5º Nasser Al-Attiyah/Lucas Cruz Senra – 28h22min16seg
6º Carlos Sainz/Timo Göttschalk – 28h54min34seg
7º Marek Dabrowski/Jacek Czachor – 29h34min39seg
8º Krzyzstof Holowczyc/Konstantin Zhiltsov – 29h34min44seg
9º Federico Villagra/Jorge Pérez-Companc – 29h56min19seg
10º Christian Lavieille/Jean-Pierre Garcin – 30h10min58seg

Os 50 melhores pilotos não F-1 – parte 1

RIO DE JANEIRO – A revista britânica Autosport fez uma lista interessante. Elencou pilotos de todas as épocas e modalidades do esporte a motor, que jamais chegaram à Fórmula 1 e fez uma lista dos 50 principais, na opinião dos britânicos. Eu gostei, embora tenha algumas ressalvas (é claro) e por isso vou compartilhar com vocês, dividindo essa lista em cinco partes para não ficar cansativo para os leitores.

Vamos lá então… por ordem decrescente:

Valentino Rossi

capacete-agv-valentino-rossiUm gênio em duas rodas, o maior de sua geração. O italiano Valentino Rossi conquistou todos os títulos possíveis e imagináveis na Motovelocidade e seu nome foi várias vezes mencionado como piloto da Ferrari, para quem efetivamente fez alguns testes. Vira e mexe, o “Doutor” disputa provas de Grã-Turismo. Os ingleses o puseram em 50º na lista, mas não concordo. Acho que Rossi poderia estar bem mais à frente.

Bird Clemente

20081213_paulista_01577Motivo de orgulho para nós, brasileiros, ter alguém como Bird Clemente na lista. Um piloto idolatrado nas nossas pistas pela guiada agressiva, sempre tirando tudo do carro e que foi um duro adversário para os rivais de sua época. Mito a bordo dos carros da Willys-Overland, na equipe conduzida por Luiz Antônio Greco, também foi um craque na condução dos DKW Vemag. Abandonou as pistas em 1973 e deixou saudades.

Carlos Sainz

carlos-sainzEsse moço foi genial na sua especialidade. No Mundial de Rali e nas provas off-road que abraçou depois de deixar as provas de velocidade, mostrou talento e categoria, tornando-se um dos maiores pilotos de todos os tempos. Em seu país, é muito respeitado. “El Matador” chegou a competir em asfalto, nos autódromos, mas não passou da Fórmula Ford. Seu filho, Carlos Sainz Jr., está hoje na GP3 Series.

Nicolas Minassian

AUTO - 6 HOURS OF SPA 2011Francês de origem armênia, Nicolas Minassian esteve à beira da Fórmula 1, mas nunca foi para a frente por seu temperamento irascível. Andou bem na F-3000 e na Fórmula 3 inglesa, sendo vice em ambas as categorias. Competiu também na CART, pela equipe de Chip Ganassi, antes de abraçar a carreira nos Esporte-Protótipos, ganhando corridas pela Peugeot. Hoje é piloto da Pecom Racing no Mundial de Endurance.

James Courtney

22 James Courtney_Australiano que chegou ao automobilismo internacional com pinta de promessa, ganhando tudo nas categorias menores. Teve uma chance de testar na Fórmula 1, mas sofreu um sério acidente e nunca mais foi lembrado. Hoje, compete na V8 Supercars, uma das melhores categorias de turismo do mundo.

Andy Wallace

andy-wallaceCampeão da Fórmula 3 inglesa em 1986, frustrou-se por não conseguir uma vaga na Fórmula 1 em nenhuma equipe, nem mesmo nos times pequenos. Logo mudou de ares: passou para as competições de Endurance, onde tornou-se um dos competidores mais respeitados e conhecidos. Ganhou as 24 Horas de Le Mans em 1988, com um protótipo Jaguar XJR-9. Vira e mexe, até hoje aparece nas pistas em corridas longas.

Alain Ferté

AlainFertéMSIntegrante de uma boa geração francesa de pilotos, mas que perdeu o bonde por ficar cinco anos direto na Fórmula 3000, tentando conquistar uma vaga na Fórmula 1. Foi outro que se manteve em atividade graças às competições de Protótipos e Grã-Turismo. Até hoje é visto nas pistas.

Gary Hocking

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Nascido na Rodésia, atual Zimbábue, Gary Hocking foi um dos maiores pilotos de motociclismo de seu tempo. Venceu 19 de 38 corridas de que participou no Mundial de Motovelocidade, entre 1958 e 1962. Foi campeão mundial de 350cc e 500cc em 1961. Morreu prematuramente, aos 25 anos, num acidente em Durban, na África do Sul, quando se preparava para trocar as competições de duas pelas de quatro rodas.

Christophe Bouchut

christophe-bouchut-640x300Mais um bom piloto francês que nunca teve chances na Fórmula 1. Andou bem nas categorias de base e tinha um contrato assinado com a Larrousse para disputar o campeonato de 1995 – só que a equipe faliu por falta de fundos. Antes disso, Bouchut já tinha estreado, e com vitória, nas 24 Horas de Le Mans de 1993. Hoje ele é o piloto com mais participações em Sarthe, dentre os que estão em atividade, tendo corrido em todo tipo de carro, de Protótipos a modelos Grã-Turismo.

Jean-Pierre Jaussaud

1980 Le Mans 24 HoursCampeão francês de Fórmula 3 em 1970, aos 33 anos, Jaussaud mostrou qualidades na Fórmula 2, mas já era considerado “velho” demais para subir para a Fórmula 1. Ele deu de ombros: venceu duas vezes as 24 Horas de Le Mans – em 1978, com Didier Pironi, a bordo de um Alpine Renault A442B Turbo e dois anos depois, com Jean Rondeau (de macacão vermelho), com um Rondeau M379C Ford.

Show de Gordon, vitória de Al-Attiyah, liderança de Peterhansel

RIO DE JANEIRO (atualizado às 21h) – A segunda-feira foi cheia de alternativas na categoria dos carros. Mais cedo, Carlos Sainz foi reconduzido à liderança pela organização – mas o espanhol não teve sorte. Acabou fora dos dez mais rápidos do dia e da ponta na classificação geral. Stéphane Peterhansel, que teoricamente era o primeiro colocado antes do reposicionamento de Sainz, voltou ao primeiro lugar na soma de tempos. Mas os grandes destaques do dia foram Nasser Al-Attiyah e seu desafeto, Robby Gordon.

Large-Robby-Gordon-Dakar-2013-12-5-12É sabido que desde o ano passado, o príncipe do Catar e o “Flash” não se bicam. Al-Attiyah disputou o Dakar de 2012 com um Hummer e queixou-se do carro e de Gordon. O estadunidense, por sua vez, desceu a lenha no projeto do representante do Oriente Médio, que resolveu trazer um Buggy novo para a disputa e a volta de Carlos Sainz à competição. Mais lenha na fogueira, impossível.

NasserE com Gordon, que começou o Rali em 2013 de maneira terrível, doido para recuperar o tempo perdido, a etapa hoje foi de colher para a rivalidade entre ele e Al-Attiyah. Largando no meio do bolo, o piloto do Hummer acelerou o que pôde e o que também não podia para ficar entre os mais rápidos da 3ª especial de 243 km entre Pisco e Nazca. O objetivo era chegar na frente de todo mundo – mas não deu: Al-Attiyah forçou o ritmo a partir do terceiro waypoint e venceu com o tempo de 2h30min14seg. A marca de Gordon foi apenas um minuto e dezoito centésimos pior.

Stéphane Peterhansel, agora sim no comando da classificação geral, chegou em terceiro com seu Mini, a 3min52seg de Al-Attiyah. A quarta posição foi do argentino Lucio Ezequiel Álvarez, que cumpre ótimo início de Rali Dakar com seu Toyota, em dupla com o navegador Bernardo Graue. Mais dois Mini do time X-Raid chegaram em quinto e sexto, respectivamente guiados por Joan “Nani” Roma e Leonid Novitskiy.

A sétima posição da especial foi de Guerlain Chichérit, a bordo de seu Buggy Protótipo SMG, seguido pelo russo Boris Gadasin em sua picape Nissan G-Force Proto. Christian Lavielle foi nono em seu Dessoude e Bernard Errandonea foi novamente bem, terminando a etapa em 10º lugar.

Além de Carlos Sainz, outros nomes consagrados como Giniel De Villiers e Orlando “Orly” Terranova não tiveram uma boa etapa nesta segunda-feira. O polonês Kryzystof Holowczyc tampouco: na altura do quilômetro 40 da etapa em direção a Nazca, o piloto do Mini da equipe Verva sofreu um acidente e machucou as costas. Seu navegador, o português Filipe Palmeiro, que já andou com Paulo “Palmeirinha” Nobre no Rali dos Sertões, felizmente não teve lesões.

Guilherme Spinelli/Youssef Haddad continuam melhorando na classificação. A dupla da equipe Mitsubishi do Brasil terminou a etapa de hoje com o 22º tempo em 3h13min49seg, a mais de 42min dos vencedores do dia. Na geral, estão em vigésimo, a 1h15min55seg de Peterhansel.

Nas demais posições, Marcos Baumgart/Kléber Cincea completaram a etapa em 64º lugar, em 4h33min47seg. Ocupam a 53ª posição na geral. Bruno Sperancini e Thiago Vargas estão em 96º lugar. Reinaldo Varela teve problemas com seu UTV nos primeiros estágios do dia e o jipe navegado por Lourival Roldan não aparece entre os 102 que figuram qualificados, no site oficial do evento.

Após três etapas, a diferença entre Peter e Al-Attiyah na soma dos tempos é de 6min33seg. Lucio Ezequiel Álvarez é um surpreendente 3º colocado na geral, seguido por Novitskiy, Sainz e De Villiers. “Nani” Roma ocupa o sétimo posto, com Terranova em oitavo, Errandonea em nono e Chabot em décimo. Estes últimos dois, punidos pela organização com um acréscimo de tempo de um minuto no tempo total, por irregularidades. Robby Gordon e seu navegador Kellon Walch já estão em 13º na classificação.

Classificação da etapa Pisco-Nazca, nos carros:

1º Nasser Saleh Al-Attiyah/Lucas Cruz Senra (Buggy) – 2h30min14seg
2º Robby Gordon/Kellon Walch (Hummer) – 2h31min32seg
3º Stéphane Peterhansel/Jean-Paul Cottret (Mini) – 2h34min06seg
4º Lucio Ezequiel Álvarez/Bernardo Graue (Toyota) – 2h39min50seg
5º Nani Roma/Michel Périn (Mini) – 2h42min34seg
6º Leonid Novitskiy/Konstantin Zhiltsov (Mini) – 2h45min43seg
7º Guerlain Chichérit/Jean-Pierre Garcin (SMG) – 2h46min29seg
8º Boris Gadasin/Aleksei Kuzmich (Nissan G-Force Proto) – 2h53min39seg
9º Christian Lavielle/Jean-Michel Polato (Proto Dessoude) – 2h54min29seg
10º Bernard Errandonea/Arnaud Debron (SMG) – 2h55min23seg

Navegação derruba Sainz e Peterhansel agradece

RIO DE JANEIRO (atualizado às 22h40) – Um problema de navegação enfrentado no início da 2ª etapa, antes dos primeiros 80 km da especial, custou caro a Carlos “El Matador” Sainz e seu navegador Timo Gottschalk. A dupla que abriu a trilha neste domingo acabou prejudicada por esse percalço e perdeu 22 minutos em relação aos principais adversários. Para recuperar todo esse tempo, foi bem difícil, quase impossível e Sainz ainda chegou 18 minutos atrás – fora dos dez primeiros tanto na etapa quanto na classificação geral.

799131-13636130-640-360Quem não teve absolutamente nada com isso – pelo contrário, só agradeceu a “gentileza” do problema de Sainz, foi o multicampeão francês Stéphane Peterhansel, que com seu fiel escudeiro Jean-Paul Cottret venceu a etapa de 242 km com o tempo de 2h35min38seg, assumindo também a liderança da competição no resultado agregado. Peter chegou pouco mais de dois minutos e meio à frente de Giniel “Gnomo” De Villiers, com seu Toyota.

A surpresa positiva do domingo foi a performance do Buggy Protótipo SMG guiado por Ronan Chabot, que chegou a figurar em segundo lugar na classificação dos carros num dos waypoints. O francês acabou com a 3ª melhor marca do dia, a 3min52seg de Peterhansel, seguido pelo irascível argentino Orlando “Orly” Terranova, desta vez a bordo de uma BMW e com Paulo Fiuza de navegador. Ano passado, só para vocês terem uma ideia do temperamento complicado deste piloto, o estadunidense Andy Grider deu-lhe as costas após uma etapa complicada e simplesmente foi embora da competição.

O russo Leonid Novitskiy, outro integrante da equipe oficial X-Raid Mini, chegou em 5º lugar na etapa, seguido por Nasser Al-Attiyah, companheiro de equipe de Carlos Sainz. Outro argentino, Lucio Álvarez, completou o trecho cronometrado com a sétima melhor marca, seguido pelo polonês Krzysztof Holowczyc em mais um Mini. Carlos Sousa e Bernard Errandonea, mais um piloto a bordo de um Buggy Protótipo SMG, terminaram no top 10 do dia.

A melhor performance do dia, sem nenhuma dúvida, foi de Robby Gordon/Kellon Walch, que acabaram enfrentando problemas na curta especial de ontem, ficaram longe dos 100 primeiros e tiveram que vir recuperando terreno. Acabaram os 242 km de especial com a 13ª melhor marca, a 19min18seg de Peterhansel. Na geral, já estão entre os 30 mais rápidos.

Guilherme Spinelli//Youssef Haddad tiveram bom desempenho. A dupla brasileira da equipe oficial Mitsubishi acabou a especial em 21º lugar, com o tempo de 3h10min06seg. Eles ocupam a mesma posição na classificação geral após a segunda etapa.

Reinaldo Varela, num UTV Can-Am, conseguiu o 48º tempo em 3h53min40seg. Marcos Baumgart/Kleber Cincea fizeram o trecho cronometrado em 4h00min24seg, 56º do dia. A dupla estreante no Dakar está em 51º na geral, uma posição à frente de Varela. O carro de Lourival Roldan, que navega para um equatoriano e um boliviano, ficou mais de 6h30min na trilha e fechou o dia em 109º lugar. Bruno Sperancini e Thiago Vargas, estreantes na competição, não figuram entre os classificados até a atualização desta postagem.

Classificação da etapa Pisco-Pisco, categoria carros:

1º Stéphane Peterhansel/Jean-Paul Cottret (Mini) – 2h35min38seg
2º Giniel De Villiers/Dirk Von Zitzewitz (Toyota) – 2h38min13seg
3º Ronan Chabot/Gilles Pillot (Buggy SMG) – 2h39min30seg
4º Orlando Terranova/Paulo Fiuza (BMW) – 2h41min04seg
5º Leonid Novitskiy/Konstantin Zhiltsov (Mini) – 2h45min11seg
6º Nasser Al-Attiyah/Lucas Cruz Senra (Buggy) – 2h47min15seg
7º Lucio Ezequiel Álvarez/Bernardo Graue (Toyota) – 2h49min23seg
8º Krzysztof Holowczyc/Filipe Palmeiro (Mini) – 2h49min38seg
9º Paulo Sousa/Miguel Ramalho (Great Wall) – 2h50min11seg
10º Bernard Errandonea/Arnaud Debron (Buggy SMG) – 2h50min14seg