O novo Honda do Super GT?

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RIO DE JANEIRO – Capa da revista automobilística Auto Sport do Japão, com uma foto do que deverá ser o sucessor do Honda HSV-010 no Super GT em 2014. Notem que o NSX-GT Concept, que já deve estar em desenvolvimento e nos primeiros testes de pista, tem a asa traseira ao estilo do que já é usado no DTM, que adotou um conceito de asa móvel neste ano no certame alemão de turismo.

DRS à vista no Super GT? É o que parece…

Ah… a dica do post partiu do Nick Nagano, leitor assíduo do blog e fã de carteirinha das competições automobilísticas do Oriente.

O lado humano do esporte…

1005348_640575045954920_1860041504_nRIO DE JANEIRO – O ano é 1954. Quem está inconsolável no ombro esquerdo de Juan Manuel Fangio é Jose Froilán González. O Touro dos Pampas chora copiosamente nos boxes de Nürburgring ao saber da notícia da morte do compatriota Onofre Marimón, que guiava uma Maserati 250F, durante os treinos livres para o GP da Alemanha.

Uma prova de que existe um lado humano no esporte. E que pilotos, às vezes, também choram.

 

Três classes com monomarca de pneus na USCR em 2014

continental-tire-labelsRIO DE JANEIRO – Foi confirmado hoje nos EUA: a United Sports Car Racing será monomarca de pneu em três das quatro categorias que irão compor o certame unificado entre Rolex Sports Car Series (Grand-Am) e American Le Mans Series, na próxima temporada.

A Continental, que em território ianque tem participação da Hoosier na construção e distribuição dos compostos, vai ficar responsável pelo fornecimento de pneus das subclasses Prototypes (englobando DPs, os LMP2 e o Delta Wing), PC (que já é suprida pela Continental neste ano) e GTD, que terá os GTs da Rolex Sports Car Series, os modelos GT3 que vão estrear em 2014, os Porsche Cup da ALMS e os Mazda6 hoje da divisão GX).

Somente a GTLM, com os modelos Grã-Turismo homologados pelo regulamento ACO/FIA terá multimarca de fornecimento de pneus. Neste ano, Michelin, Yokohama e Falken são fornecedoras para os carros e equipes da LMGT na American Le Mans Series.

 

Direto do túnel do tempo (112)

RIO DE JANEIRO – O blog hoje lembra de um piloto italiano que infelizmente perdeu a vida aqui no Brasil, em 1971. O italiano Giovanni Salvati foi a primeira vítima fatal do Autódromo de Tarumã, no Rio Grande do Sul.

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Nascido em Castellamare di Stabia, em 2 de novembro de 1941, Salvati foi o vencedor do prêmio Casco d’Oro da revista italiana Autosprint como o melhor piloto do ano de 1970. Foi o campeão italiano de Fórmula 3 com um chassi Tecno e disputou também provas no continente europeu e na América do Sul, no primeiro Torneio Internacional de F-3, vencido por Wilsinho Fittipaldi. No mesmo ano, ganhou o GP da Loteria de Fórmula 2, em Monza, ao volante de um Tecno-Pederzani.

Em 1971, prestes a completar 30 anos, assinou um contrato com a Abarth para fazer o desenvolvimento dos protótipos do construtor italiano e, ao mesmo tempo, fechou com a Scuderia Ala d’Oro para fazer o Europeu de Fórmula 2 com um March 712M de motor Cosworth.

Com esse carro, Salvati foi 2º colocado no GP Shell em Imola, atrás de José Carlos Pace, o Moco, batendo grandes cobras da própria F-2 e da F-1, feito Wilsinho, seu irmão Emerson, o francês François Cévert e o argentino Carlos Reutemann.

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O italiano veio ao Brasil mais uma vez no fim do ano, para a disputa do 1º Torneio Brasileiro de Fórmula 2, uma das muitas competições internacionais que sedimentaram a vinda da Fórmula 1 ao país, graças ao empenho de Antonio Carlos Scavone, morto num acidente de avião anos depois.

Com um March da equipe de Aquilino Branca, Salvati disputou as duas primeiras rodadas em Interlagos, obtendo um 5º posto na primeira prova e abandonando a segunda. Seu desempenho chamou a atenção de Graham Hill, que segundo consta, o indicou para ser seu futuro companheiro na Brabham, no Mundial de Fórmula 1 de 1972.

Entretanto, Salvati não realizaria o sonho. Em 14 de novembro, durante a disputa da 3ª prova do Torneio Brasileiro, no recém-inaugurado Autódromo de Tarumã, Salvati vinha em 5º lugar atrás de Wilsinho Fittipaldi e tentou ultrapassar o brasileiro ao fim da reta dos boxes, quando o italiano saiu mais largo da trajetória da curva 1, perdeu o ponto de tangência e entrou reto, de frente, no guard-rail.

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A força do impacto fez o March de Salvati atravessar as lâminas da barreira de proteção e, segundo consta, o piloto foi degolado. Dias após seu 30º aniversário, Giovanni Salvati saiu da vida e entrou – infelizmente – para a história.

Em sua homenagem, a curva 1 de Tarumã passou a se chamar curva Salvati. E em 1973, foi criada uma equipe de formação de jovens talentos do automobilismo italiano rumo à Fórmula 1, a Scuderia Salvati. Um dos revelados por ela foi Michele Alboreto.

Há 42 anos, direto do túnel do tempo.

“Take… these broken wings…”

RIO DE JANEIRO – One hit wonder, pelo menos por aqui, do grupo Mister Mister (alguém lembra deles?). “Broken wings”, que tocou horrores por estas plagas em 1985/86, é o clip da semana. A banda tinha Richard Page, o vocalista, o baixo de Steve George, as guitarras de Steve Farris e a bateria de Pat Mastelotto.

Ouçam.

Vídeos históricos – Arnoux vs Villeneuve (1979)

RIO DE JANEIRO – O dia 1º de julho de 1979 foi histórico para a Fórmula 1. A Renault venceu sua primeira corrida com o carro de motor turbo, guiado por Jean-Pierre Jabouille. Mas disso poucos se recordam. O que ficou na memória foi a batalha épica e inominável entre René Arnoux e Gilles Villeneuve, no circuito de Dijon-Prenois.

No vídeo abaixo, eis as cinco últimas voltas da corrida, com o pega sensacional entre eles. A narração é de João Batista Belinaso Neto, ou melhor, Léo Batista, a querida figura que é um mito da televisão brasileira – e que no último dia 22 completou 81 anos bem-vividos, já que Luciano do Valle estava em San Juan de Porto Rico para os Jogos Pan-Americanos. Comentários de Reginaldo Leme.

Deliciem-se.

Os 50 melhores pilotos não F-1 – parte 2

RIO DE JANEIRO – Bom dia, torcida amiga. Vamos à segunda parte da lista da Autosport com mais dez nomes dos 50 listados como os melhores pilotos da história que não chegaram à Fórmula 1. Lembro que isto aqui não é uma tradução literal do que a revista britânica publicou e que o blogueiro não se furtará em dar opiniões.

A ordem, como disse no post de ontem, é decrescente. Confira:

Craig Lowndes

283856-craig-lowndesQuando jovem, Craig Lowndes esteve próximo da Fórmula 1. Disputou a Fórmula 3000 internacional, mas como todos os pilotos da época, foi ofuscado por um colombiano atrevido, chamado Juan Pablo Montoya. Sem espaço no exterior, abraçou uma longa e bem-sucedida carreira na V8 Supercars australiana.

Bertrand Fabi

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Piloto canadense que surgiu no automobilismo internacional na década de 80, era considerado a maior promessa de seu país desde Gilles Villeneuve. Corria na Fórmula Ford 2000 quando sobreviveu a este acidente da foto acima. Foi campeão europeu da categoria em 1985 e preparava-se para a estreia na Fórmula 3 inglesa em 1986, quando morreu em 21 de fevereiro daquele ano, num acidente sofrido no circuito de Goodwood. Ele tinha 24 anos.

Andre Lotterer

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Antes da Jaguar virar Red Bull e ser vendida pela Ford, Andre Lotterer era um dos jovens pilotos de testes do antigo time de Fórmula 1, em busca de um lugar ao sol. Acabou que o sonho da categoria máxima não deu certo. O alemão não se deu por vencido: emplacou uma boa carreira no Japão e hoje é um dos principais pilotos da Audi, com direito a duas vitórias nas 24 Horas de Le Mans e ao título mundial do World Endurance Championship, no ano passado.

Rickard Rydell

1907395_520_292Piloto sueco, contemporâneo de Rubens Barrichello e Gil de Ferran nos tempos de Fórmula 3 inglesa, sempre teve fama de excelente acertador de carros, mas sem ter tido nenhuma chance de acelerar na Fórmula 1. Migrou para as competições de Turismo e Grã-Turismo, onde continua até hoje em atividade, com bons desempenhos.

Alain Menu

wtcc13030602-600x354Ele chegou a ser piloto de testes da Williams por um ano, quando Damon Hill foi alçado ao posto de titular. Mas nunca teve chance alguma na Fórmula 1. O suíço Alain Menu fez quase toda sua carreira em provas de Turismo, com dois títulos do BTCC e boas participações no WTCC. Agora, corre na Porsche Supercup europeia.

Kenny Brack

swedens_gloryTalvez um dos pilotos nórdicos mais promissores de sua geração, Kenny Brack também encontrou as portas fechadas na Fórmula 1. Migrou para os EUA, onde desenvolveu uma ótima carreira antes de sofrer um pavoroso acidente no Texas Motor Speedway, em 2003, quando corria para a equipe de Bobby Rahal. Venceu a Indy 500 em 1999. Retirou-se do esporte em 2005.

Nicolas Lapierre

nicolas_lapierre4Em tempos de entressafra de pilotos franceses na Fórmula 1, Nicolas Lapierre poderia ter surgido como opção antes, por exemplo, de Romain Grosjean e Jean-Eric Vergne. Mas nunca teve chances, mesmo com o título da extinta A1GP para o país em 2006. Hoje, é piloto da Toyota no World Endurance Championship.

John Nielsen

John-Nielsen-DTC-test-2011Bom e versátil piloto dinamarquês que correu de tudo na vida – menos de Fórmula 1. John Nielsen foi colega de equipe do brasileiro Raul Boesel nos tempos de Grupo C na Jaguar, em 1987. Ganhou o GP de Macau de Fórmula 3 e as 24 Horas de Le Mans, esta em 1990. Aos 57 anos, ainda se mantém em atividade no automobilismo da região nórdica.

Jean-Luc Salomon

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Piloto francês que surgiu como um cometa na Fórmula 3 de seu país e já estava cotado para guiar na categoria máxima em 1971, quando sofreu um acidente fatal numa prova preliminar de F-2 disputada no circuito de Rouen Les Essarts. Na mesma corrida, Dennis Dayan sofreu também um grave acidente, morrendo duas semanas depois de Salomon.

Paul Warwick

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Provavelmente a perda mais chorada do automobilismo britânico desde Jim Clark e Graham Hill. O irmão mais novo do piloto de Fórmula 1 Derek Warwick era considerado muito talentoso. Morreu aos 22 anos numa prova de Fórmula 3000 realizada em Oulton Park, após um grave acidente onde foi ejetado de seu bólido, o Reynard da foto acima, ao bater numa barreira a 225 km/h. Com cinco vitórias em cinco corridas, foi proclamado campeão post mortem da F-3000 britânica.

Incoerência

RIO DE JANEIRO – Saiu hoje o veredito do recurso da equipe Red Bull Abt Audi contra a desclassificação do sueco Mattias Ëkström na recente etapa do DTM disputada em Nörisring, na Alemanha. O piloto foi excluído do resultado final porque recebeu uma garrafa d’água no parque fechado, por inteferência de um membro da equipe, o que é proibido pelo regulamento.

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Muito bem… o que se questiona aqui não é o regulamento. Se isto está no código de conduta da categoria e houve a infração por parte de Ëkström e da equipe, a desclassificação é justa. O recurso, logicamente, foi julgado e indeferido pelo DMSB, a corte de apelação do DTM.

O problema é o que vem a seguir: não bastou o pessoal do campeonato desclassificar Ëkström e sim não proclamar NINGUÉM como vencedor da corrida. O canadense Robert Wickens, da Mercedes-Benz, foi o 2º colocado na pista e não herdou a primeira posição.

Parece um automobilismo que eu conheço…

Sejamos francos: quando um piloto é desclassificado, o normal é que os que vêm a seguir herdem as posições, correto? Só que essa atitude do DTM, aliás, NÃO é inédita. Em 1983, a própria FIA fez isso após o GP do Brasil de Fórmula 1: desclassificou o 2º colocado Keke Rosberg porque o finlandês recebeu ajuda externa na ocasião e não promoveu os demais às posições seguintes.

Imaginem se essa moda pega… É incoerência demais pro meu gosto.

ALMS: prévia de inscritos para Road America tem 33 carros

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RIO DE JANEIRO – Nada muito diferente do que se viu na maioria das etapas da American Le Mans Series: a 6ª etapa da temporada 2013 – a Orion Energy Systems 245, que acontece no dia 11 de agosto no belíssimo circuito Road America, em Elkhart Lake, apresenta 33 carros na prévia de inscritos divulgada hoje pela IMSA.

Para variar, o quorum de protótipos LMP1 é baixo: são três carros – o HPD dos líderes absolutos Klaus Graf/Lucas Luhr, o Lola Mazda de Tony Burgess/Chris McMurry e o Delta Wing. Nada do Lola da Rebellion Racing, já que o time suíço novamente fez uma mudança nos planos e agora só regressa para a última corrida do campeonato e da ALMS, a Petit Le Mans.

Na LMP2, a disputa segue polarizada entre os HPD da Level 5 Motorsports e da Extreme Speed Motorsports, enquanto na LMPC o brasileiro Bruno Junqueira está de volta num dos sete carros inscritos – novamente compondo dupla com Duncan Ende. A LMGT tem a volta da Ferrari F458 da Risi Competizione, reconstruída após o acidente sofrido em Lime Rock e que fez o carro vermelho #62 se ausentar da etapa de Mosport, no Canadá. Fechando a lista dos modelos Grã-Turismo, oito Porsche Cup compõem o grid da LMGTC. A TRG foi a única equipe que não divulgou a tripulação de seu segundo carro, o #68.

Confira a lista:

LMP1

#6 MUSCLE MILK PICKETT RACING
HPD ARX-03c (M)
Klaus Graf/Lucas Luhr

#16 DYSON RACING
Lola B12/60 Mazda (M)
Chris McMurry/Tony Burgess

#0 DELTA WING RACING CARS
Delta Wing LM12 Elan (B)
Katherine Legge/Andy Meyrick

LMP2

#01 EXTREME SPEED MOTORSPORTS
HPD ARX-03b (M)
Scott Sharp/Guy Cosmo

#02 EXTREME SPEED MOTORSPORTS
HPD ARX-03b (M)
Johannes Van Overbeek/Ed Brown

#551 LEVEL 5 MOTORSPORTS
HPD ARX-03b (M)
Scott Tucker/Simon Pagenaud

#552 LEVEL 5 MOTORSPORTS
HPD ARX-03b (M)
Marino Franchitti/Ricardo Gonzalez

LMPC

#7 BAR1 MOTORSPORTS
Oreca FLM09 Chevrolet (C)
Rusty Mitchell/James French

#8 BAR1 MOTORSPORTS
Oreca FLM09 Chevrolet (C)
Kyle Marcelli/Chris Cumming

#9 RSR RACING
Oreca FLM09 Chevrolet (C)
Bruno Junqueira/Duncan Ende

#18 PERFORMANCE TECH MOTORSPORTS
Oreca FLM09 Chevrolet (C)
Tristan Nunez/Charlie Shears

#52 PR1/MATHIASEN MOTORSPORTS
Oreca FLM09 Chevrolet (C)
Mike Guasch/David Cheng

#81 8STAR MOTORSPORTS/DRAGON SPEED
Oreca FLM09 Chevrolet (C)
Mirco Schultis/Renger Van Der Zande

#05 CORE AUTOSPORT
Oreca FLM09 Chevrolet (C)
Jonathan Bennett/Colin Braun

LMGT

#3 CORVETTE RACING
Chevrolet Corvette C6-R (M)
Jan Magnussen/Antonio Garcia

#4 CORVETTE RACING
Chevrolet Corvette C6-R (M)
Oliver Gavin/Tommy Milner

#17 TEAM FALKEN TIRE
Porsche 911 (997) GT3 RSR (F)
Wolf Henzler/Bryan Sellers

#23 TEAM AJR/WEST/BOARDWALK FERRARI
Ferrari F458 Italia (Y)
Leh Keen/Townsend Bell

#48 PAUL MILLER RACING
Porsche 911 (997) GT3 RSR (M)
Bryce Miller/Marco Holzer

#55 BMW TEAM RLL
BMW Z4 GTE (M)
Bill Auberlen/Maxime Martin

#56 BMW TEAM RLL
BMW Z4 GTE
Dirk Muller/John Edwards

#62 RISI COMPETIZIONE
Ferrari F458 Italia (M)
Olivier Beretta/Matteo Malucelli

#91 SRT MOTORSPORTS
SRT Viper GTS-R (M)
Dominik Farnbacher/Marc Goossens

#93 SRT MOTORSPORTS
SRT Viper GTS-R (M)
Jonathan Bomarito/Kuno Wittmer

#06 CORE AUTOSPORT
Porsche 911 (997) GT3 RSR (M)
Patrick Long/Tom Kimber-Smith

LMGTC

#11 JDX RACING
Porsche 911 (997) GT3 Cup (Y)
Mike Hedlund/Jan Heylen

#22 ALEX JOB RACING
Porsche 911 (997) GT3 Cup (Y)
Jeroen Bleekemolen/Cooper MacNeil

#27 DEMPSEY RACING/DEL PIERO
Porsche 911 (997) GT3 Cup (Y)
Andy Lally/Patrick Dempsey

#30 NGT MOTORSPORTS
Porsche 911 (997) GT3 Cup (Y)
Henrique Cisneros/Sean Edwards

#44 FLYING LIZARD MOTORSPORTS
Porsche 911 (997) GT3 Cup (Y)
Seth Neiman/Dion Von Moltke

#45 FLYING LIZARD MOTORSPORTS
Porsche 911 (997) GT3 Cup (Y)
Nelson Canache Jr./Spencer Pumpelly

#66 TRG
Porsche 911 (997) GT3 Cup (Y)
Ben Keating/Damien Faulkner

#68 TRG
Porsche 911 (997) GT3 Cup (Y)
TBA/TBA

(M) – Michelin; (B) – Bridgestone; (C) – Continental; (F) – Falken; (Y) – Yokohama

Competência e sorte… muita sorte

RIO DE JANEIRO – Como dizem os franceses, incroyable!

Na largada das 24 Horas de Spa-Francorchamps, o italiano Alessandro Pier Guidi, 2º colocado no grid, quase pôs tudo a perder. Rodou com sua Ferrari F458 Italia em plena curva Raidillon, na subida da lendária e perigosa Eau Rouge, em menos de 20 segundos após a bandeira verde.

Com competência, deu uma ‘salvada’ sensacional. E teve sorte, muita sorte mesmo, de não provocar um acidente tão sério quanto grave, que poderia ter inclusive provocado vítimas fatais.

Veja o incidente no vídeo abaixo.

Os 50 melhores pilotos não F-1 – parte 1

RIO DE JANEIRO – A revista britânica Autosport fez uma lista interessante. Elencou pilotos de todas as épocas e modalidades do esporte a motor, que jamais chegaram à Fórmula 1 e fez uma lista dos 50 principais, na opinião dos britânicos. Eu gostei, embora tenha algumas ressalvas (é claro) e por isso vou compartilhar com vocês, dividindo essa lista em cinco partes para não ficar cansativo para os leitores.

Vamos lá então… por ordem decrescente:

Valentino Rossi

capacete-agv-valentino-rossiUm gênio em duas rodas, o maior de sua geração. O italiano Valentino Rossi conquistou todos os títulos possíveis e imagináveis na Motovelocidade e seu nome foi várias vezes mencionado como piloto da Ferrari, para quem efetivamente fez alguns testes. Vira e mexe, o “Doutor” disputa provas de Grã-Turismo. Os ingleses o puseram em 50º na lista, mas não concordo. Acho que Rossi poderia estar bem mais à frente.

Bird Clemente

20081213_paulista_01577Motivo de orgulho para nós, brasileiros, ter alguém como Bird Clemente na lista. Um piloto idolatrado nas nossas pistas pela guiada agressiva, sempre tirando tudo do carro e que foi um duro adversário para os rivais de sua época. Mito a bordo dos carros da Willys-Overland, na equipe conduzida por Luiz Antônio Greco, também foi um craque na condução dos DKW Vemag. Abandonou as pistas em 1973 e deixou saudades.

Carlos Sainz

carlos-sainzEsse moço foi genial na sua especialidade. No Mundial de Rali e nas provas off-road que abraçou depois de deixar as provas de velocidade, mostrou talento e categoria, tornando-se um dos maiores pilotos de todos os tempos. Em seu país, é muito respeitado. “El Matador” chegou a competir em asfalto, nos autódromos, mas não passou da Fórmula Ford. Seu filho, Carlos Sainz Jr., está hoje na GP3 Series.

Nicolas Minassian

AUTO - 6 HOURS OF SPA 2011Francês de origem armênia, Nicolas Minassian esteve à beira da Fórmula 1, mas nunca foi para a frente por seu temperamento irascível. Andou bem na F-3000 e na Fórmula 3 inglesa, sendo vice em ambas as categorias. Competiu também na CART, pela equipe de Chip Ganassi, antes de abraçar a carreira nos Esporte-Protótipos, ganhando corridas pela Peugeot. Hoje é piloto da Pecom Racing no Mundial de Endurance.

James Courtney

22 James Courtney_Australiano que chegou ao automobilismo internacional com pinta de promessa, ganhando tudo nas categorias menores. Teve uma chance de testar na Fórmula 1, mas sofreu um sério acidente e nunca mais foi lembrado. Hoje, compete na V8 Supercars, uma das melhores categorias de turismo do mundo.

Andy Wallace

andy-wallaceCampeão da Fórmula 3 inglesa em 1986, frustrou-se por não conseguir uma vaga na Fórmula 1 em nenhuma equipe, nem mesmo nos times pequenos. Logo mudou de ares: passou para as competições de Endurance, onde tornou-se um dos competidores mais respeitados e conhecidos. Ganhou as 24 Horas de Le Mans em 1988, com um protótipo Jaguar XJR-9. Vira e mexe, até hoje aparece nas pistas em corridas longas.

Alain Ferté

AlainFertéMSIntegrante de uma boa geração francesa de pilotos, mas que perdeu o bonde por ficar cinco anos direto na Fórmula 3000, tentando conquistar uma vaga na Fórmula 1. Foi outro que se manteve em atividade graças às competições de Protótipos e Grã-Turismo. Até hoje é visto nas pistas.

Gary Hocking

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Nascido na Rodésia, atual Zimbábue, Gary Hocking foi um dos maiores pilotos de motociclismo de seu tempo. Venceu 19 de 38 corridas de que participou no Mundial de Motovelocidade, entre 1958 e 1962. Foi campeão mundial de 350cc e 500cc em 1961. Morreu prematuramente, aos 25 anos, num acidente em Durban, na África do Sul, quando se preparava para trocar as competições de duas pelas de quatro rodas.

Christophe Bouchut

christophe-bouchut-640x300Mais um bom piloto francês que nunca teve chances na Fórmula 1. Andou bem nas categorias de base e tinha um contrato assinado com a Larrousse para disputar o campeonato de 1995 – só que a equipe faliu por falta de fundos. Antes disso, Bouchut já tinha estreado, e com vitória, nas 24 Horas de Le Mans de 1993. Hoje ele é o piloto com mais participações em Sarthe, dentre os que estão em atividade, tendo corrido em todo tipo de carro, de Protótipos a modelos Grã-Turismo.

Jean-Pierre Jaussaud

1980 Le Mans 24 HoursCampeão francês de Fórmula 3 em 1970, aos 33 anos, Jaussaud mostrou qualidades na Fórmula 2, mas já era considerado “velho” demais para subir para a Fórmula 1. Ele deu de ombros: venceu duas vezes as 24 Horas de Le Mans – em 1978, com Didier Pironi, a bordo de um Alpine Renault A442B Turbo e dois anos depois, com Jean Rondeau (de macacão vermelho), com um Rondeau M379C Ford.

Há 35 anos…

piquet11RIO DE JANEIRO – O tempo passa, o tempo voa… foi ao volante deste carro #22, um Ensign N177, que Nelson Piquet estreou na Fórmula 1 em 30 de julho de 1978, portanto, há 35 anos. Foi no GP da Alemanha, disputado em Hockenheim.

Morris Nunn, dono, chefe de equipe e engenheiro do pequeno time britânico, fez o convite a Piquet após o ótimo teste que o brasileiro, então com 24 anos e na Fórmula 3 inglesa, que dominava, fez com a BS Fabrications, equipe dirigida por Dave Simms e Bob Sparshott, que alinhava modelos McLaren construídos em 1973/1974.

Nelson fez a corrida que lhe foi possível dentro das limitações do Ensign. Largou em 21º (1’56″15), melhor que Harald Ertl, mais experiente e que andou num segundo carro do time. Passou a primeira volta em décimo-nono e progressivamente ganhou posições, mesmo com um motor Ford Cosworth que não rendia nas longas retas do circuito alemão. Estava em 11º na volta 31, quando os problemas se agravaram e ele desistiu.

Piquet ainda faria, como todo mundo sabe, três corridas pela BS naquele fim de temporada: Áustria, Holanda e Itália – nesta última, chegou em nono. E já no Canadá, estreava pela Brabham, num terceiro carro do time.

O resto, meus amigos, é história.

 

Super TC2000 em Termas de Río Hondo

RIO DE JANEIRO – Mais um oferecimento do blog A Mil Por Hora: a corrida do Super TC2000 disputada no recém-reformado Autódromo de Termas de Río Hondo, em Santiago del Estero, com vitória de Leonel Pernia a bordo de um Renault Fluence. Termas de Río Hondo é a pista que a partir de 2014 receberá o GP da Argentina de Motovelocidade.

E nós, aqui, chupando o dedo. Parabéns aos envolvidos.

BMW rubro-taurina

mm6RIO DE JANEIRO – Mil Milhas Brasileiras, 2005 – e eu estive lá, bravamente, acompanhando a corrida inteira em Interlagos. Eis a tripulação da BMW M3 E46 #11 que ganhou na classe ST (Super Touring). Da direita para a esquerda: Stefano Zonca, Karl Wendlinger – ele mesmo! – Dieter Quester, à época com 65 anos e um certo Christian Wolff.

Christian Wolff é “Toto” Wolff, hoje diretor da Mercedes. Ele e seus colegas de Duller Motorsport chegaram em 6º lugar na geral.

As voltas que o mundo dá…

CRASH! – Acidente forte em Spa

RIO DE JANEIRO – A disputa das 24 Horas de Spa-Francorchamps neste fim de semana teve muitas baixas. Mais de 50% dos 65 carros que largaram não recebeu a bandeirada. Dois deles, aliás, se envolveram num dos mais fortes acidentes da disputa. A Ferrari #17 da Insight Racing, pilotada por Ian Dockerill, foi colhida pelo Audi #16 do belga Enzo Ide, que defende a Phoenix Racing.

Cabe dizer que, apesar da pancada e do prejuízo enorme, nenhum dos pilotos sofreu lesões graves. Felizmente.

Confiram o vídeo.

Sem graça

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RIO DE JANEIRO – Assisti ontem à segunda corrida da 3ª rodada do agora chamado “Sudamericano” de Gran Turismo, disputada em Tarumã. Escrevi a palavra entre aspas porque achei o emprego dela estranho. Primeiro, porque nosso idioma não é o espanhol, é o português. E em sendo assim, a competição deveria ser grafada como Sul-Americana. Enfim, vida que segue, como diz o cronista.

Embora o calendário aponte para os circuitos de Interlagos, Curitiba e Santa Cruz do Sul as corridas que restam no ano, há planos de se fazer uma corrida fora do Brasil – no Uruguai ou na Argentina. Por isso a intenção de se fazer um “Sudamericano”.

E de boas intenções, o inferno está lotado. A competição é a mesma que segue prejudicada por egocentrismos, vaidade e cizânia, que primeiro fizeram cair fora o pessoal que criou a já extinta Top Series. Não obstante, houve a marmelada do ano passado e bons competidores potenciais, afora vários outros carros, nunca mais foram vistos nas pistas.

O Gran Turismo voltou a patinar como em 2009 e, se não fosse a criação da GT Premium, para aproveitar modelos já defasados e que ainda resistiam nestas plagas, podia ser pior. Muito pior.

Em Tarumã, havia 14 carros na pista. Desses catorze, somente dois de fato competitivos: o Lamborghini LP600 de Allam Khodair/Marcelo Hahn e o Audi R8 LMS Ultra dos irmãos Fábio e Wagner Ebrahim. A Ferrari F458 prometida para voltar após uma revisão e posterior atualização na Europa, até agora nada. O Corvette Z06 não reapareceu no circuito gaúcho. E os restantes GT3 eram os já citados GT Premium. Na GT4, só quatro carros: um Lotus, um Maserati, uma Ferrari e um Aston Martin.

Como não vi a corrida de Curitiba que, dizem, foi muito boa, a impressão deixada pela etapa deste domingo não foi das melhores. Ok… um pneu do Audi furou e o carro #20 levou uma volta de Hahn/Khodair, que venceram de novo. Mas a prova de Tarumã foi muito da sem graça. Não houve disputa nenhuma, só um desfile de belos carros durante 50 minutos. Nada mais do que isso.

Lamento que a situação do Brasileiro de Gran Turismo tenha chegado a esse ponto. É apenas mais um reflexo da crise que grassa no automobilismo em terras tupiniquins, com dirigentes sem credibilidade e outros que se eternizam no poder, afora os aproveitadores de sempre. Sem contar a ausência de circuitos de nível no território nacional e o desinteresse de patrocinadores, investindo rios de dinheiro em Copa do Mundo e Olimpíadas, deixando o automobilismo e o esporte a motor em geral à míngua.

A categoria tinha tudo para ser melhor que a Stock Car, mas nunca decola. Culpa do que já apontei aqui: o egocentrismo e a vaidade de poucos, prejudicando o coletivo.

Está cada vez mais difícil fazer um bom automobilismo no Brasil. Infelizmente.

Direto do túnel do tempo (111)

1073092_412763662175234_1313384445_oRIO DE JANEIRO – Celebrando mais uma vez a existência dos Esporte-Protótipos nacionais nos tempos da Divisão 4, publico a foto deste carro: o Heve P6 Volkswagen de Newton Pereira, com que o piloto disputou a temporada de 1973, inclusive ganhando a corrida inaugural na classe A, para modelos com motores até 2 litros, no Autódromo de Interlagos.

Aquela foi sem sombra de dúvidas a melhor temporada da história do chamado Campeonato Brasileiro de Construtores. Em Tarumã, por exemplo, 25 carros chegaram a participar de uma das etapas daquele ano. Pena que a crise do petróleo ajudou a definhar a Divisão 4, que só teve três corridas em 1974 e uma pequena sobrevida em 1975, quando o desinteresse pela categoria era crescente e só a equipe Hollywood investiu para fazer Luiz Pereira Bueno campeão com o Hollywood Berta-Ford na classe B e Maurício Chulan tetracampeão na classe A.

Há 40 anos, direto do túnel do tempo.

 

De que lado vocês estão?

RIO DE JANEIRO – Recebo um release, com foto anexa, que fala sobre o Campeonato Estadual de Automobilismo do… Rio de Janeiro, que disputa sua competição este ano no Mega Space, em Santa Luzia, Minas Gerais. Isso muita gente já sabe.

Muitos também souberam por este blog que a Secretaria de Esporte e Lazer do Município do RJ, provavelmente como forma de “cala-boca”, destina uma verba de R$ 1,1 milhão para custear transporte, passagens aéreas e hospedagem. Tem gente que prefere não compactuar com esta palhaçada, mas outros vão e, pior, se beneficiam desta palhaçada patrocinada pela prefeitura do sr. Eduardo Paes. A mesma que pôs abaixo o Autódromo Internacional de Jacarepaguá.

Foram cinco carros do Rio para o Mega Space, segundo informações: um Corsa, um Clio e três Gol. Dos cinco, efetivamente correram dois: um quebrou, um segundo bateu e um terceiro deu uma volta e parou nos boxes. Esses carros daqui eram no mínimo quatro segundos mais lentos que os concorrentes mineiros e, não obstante, foram apenas para cumprir o mínimo de competidores necessário para se homologar uma corrida do Regional.

É mais uma vergonha para o automobilismo e para o Rio de Janeiro. Como se já não bastasse tudo o que passou no processo que culminou com o fim de Jacarepaguá, os boatos cada vez mais fortes sobre a inexistência de uma pista substituta porque Deodoro tem cada vez mais cheiro de farsa, mais um capítulo se desenha nas tristes páginas do esporte a motor no país, cada vez mais frequentes nos últimos anos.

Cabe uma pergunta importante para a FAERJ, a Federação de Automobilismo do Estado do Rio de Janeiro e principalmente para a CBA, a Confederação Brasileira de Automobilismo, que teria que defender os interesses do esporte mas que, pelo visto, não se preocupa com ele: de que lado vocês estão, afinal?

E ainda tem quem defenda corrida de rua no Rio de Janeiro.

Isso é salvar o automobilismo carioca e brasileiro?

AsLMS: desenha-se a (pequena) lista de inscritos

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RIO DE JANEIRO – A uma semana da abertura da temporada 2013 do Asian Le Mans Series, que marca a volta do certame após quatro anos (naquela ocasião, houve duas corridas em Okayama, ambas com 500 km de duração), a lista de inscritos para a corrida inaugural que acontecerá no circuito sul-coreano de Inje parece tomar forma.

Desde já, é bom ressalvar que o grid do AsLMS não deve ser dos mais entusiasmantes, algo que se percebe de saída pela pouca movimentação de escuderias do Oriente. O Team Taisan, de Ricky Chiba, por exemplo, é um dos poucos a alinhar dois carros. Vão com uma Ferrari F458 para Kamui Kobayashi/Naoki Yokomizo e um Porsche 996 GT3 para Kyosuke Mineo/Yukinori Taniguchi.

A KCMG, de Hong Kong, que disputou as 6 Horas de Silverstone pelo WEC e as 24 Horas de Le Mans, na primeira aparição da equipe em Sarthe, vai com seu Morgan LMP2 de motor Zytek Nissan para a dupla formada por Gary Thompson e pelo desconhecido novato Akash Nandy, da Malásia. Concorrente direta – e provavelmente única – na principal categoria de protótipos, a OAK Racing de Jacques Nicolet terá Ho-Pin Tung e David Cheng a bordo de seu único carro inscrito.

Stefan Mücke vai ajudar Frank Yu na condução do único Aston Martin confirmado, para a equipe Craft Racing AMR. A AF Corse garante uma Ferrari F458 GT3 para Andrea Bertolini/Michele Rugolo/Steve Wyatt. A equipe BBT pretende alinhar um Lamborghini Gallardo FL2 e a AAI Motorsport tem planos de pôr na pista um McLaren MP4-12C.

E, por enquanto, parece ser isso mesmo. A D2 Racing Sport, que teoricamente tinha planos de fazer parte do AsLMS, não mais demonstrou intenção de disputar a série, que pelo visto terá na pista – pelo menos na primeira prova – apenas os modelos LMP2 e LMGTC. A outra classe confirmada para a série em 2013, que é a LMPC, não tem nenhum carro ainda inscrito.

Ao que parece, só a etapa programada para Fuji, onde está prevista a participação de carros da classe GT300 do Super GT japonês, é que poderá ter um número digno de inscritos.

A ver.