McDreamy em Le Mans

RIO DE JANEIRO – Muita gente sabe que o ator Patrick Dempsey, de 47 anos de idade, é apaixonado por automobilismo e tem uma equipe com seu nome, que disputou a Rolex Sports Car Series e a American Le Mans Series. Neste ano, “McDreamy” pôde voltar às 24 Horas de Le Mans, corrida que disputou pela primeira vez em 2009, arrecadando US$ 253,5 mil com sua participação para o Mécenat Chirurgie Chardiaque.

Após a aparição filantrópica há quatro anos, Dempsey tentou levar sua segunda participação em Sarthe ao máximo. Conseguiu um Porsche 911 (997) GT3 RSR spec 2012 com a equipe alemã Proton Competition, que lhe deu o suporte técnico. E foi à luta com Patrick Long e Joe Foster, um dos seus sócios.

O resultado foi um honroso 4º lugar na classe LMGTE-AM. E um documentário que já passou aqui no Brasil através do canal Discovery Turbo. E que os leitores do blog poderão ver em diversos vídeos, aqui e agora. Vamos começar hoje com o episódio #1.

WEC, 6h do Bahrein: Toyota vence a última, como prêmio de consolação

MOTORSPORT : FIA WEC WORLD ENDURANCE CHAMPIONSHIP 6 HOURS OF BAHRAIN ROUND 8 11/28-30/2013

RIO DE JANEIRO – Antes tarde do que nunca: a Toyota não passou o Mundial de Endurance (WEC) em branco e venceu enfim uma corrida de verdade, já que as 16 voltas das 6 Horas de Fuji foram todas em regime de Safety Car. Neste sábado, nas 6 Horas do Bahrein, que encerraram a temporada 2013 do campeonato, o trio formado por Sébastien Buemi/Stéphane Sarrazin/Anthony Davidson venceu a corrida sem sustos, confirmando o 3º lugar no Mundial de Pilotos para a trinca do carro #8.

AUTO - WEC 6 HOURS OF BAHRAIN 2013

A vitória foi conquistada numa prova atípica, onde dos cinco LMP1 presentes, três quebraram. O primeiro a desistir foi o Lola B12/60 Toyota da Rebellion Racing, com uma monumental explosão de motor. Logo depois, quem deu adeus foi o Toyota #7, que largou da pole position e chegou a ocupar a liderança da corrida no início. E mais tarde, quando a noite já se fazia presente em Sakhir, quebrou o câmbio do Audi R18 e-tron quattro #2 com Loïc Duval a bordo. Foi o primeiro abandono por falha mecânica de qualquer carro do construtor de Ingolstadt desde 2011.

AUTO - WEC 6 HOURS OF BAHRAIN 2013

Com tantos rivais fora do caminho, o Audi #1 de Marcel Fässler/Andre Lotterer/Bénoit Tréluyer, mesmo com uma penalização drive through por ultrapassar um adversário numa zona de bandeiras amarelas, acabou em segundo lugar. E em 3º na geral, algo que também não acontecia havia algum tempo – precisamente desde as 12h de Sebring, quando o WEC fez sua primeira corrida ano passado – um LMP2: o #26 da G-Drive Racing, com Roman Rusinov/Mike Conway/John Martin.

O pódio na segunda divisão de protótipos teve ainda Alex Brundle/Olivier Pla/David Heinemeier-Hänsson e a trinca da Greaves Motorsport formada por Björn Wirdheim/Wolfgang Reip/Jon Lancaster, que por sinal fez ótima corrida. A tripulação do #35 da OAK Racing fez o suficiente para levar o carro ao final em 4º na divisão e sétimo na geral. E com o resultado, Martin Plowman/Bertrand Baguette/Ricardo Gonzalez deram à equipe o título de 2013 entre as escuderias, vencendo também o World Endurance Trophy na divisão.

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Na LMGTE-PRO, o panorama deu uma guinada de 180º a favor da Ferrari e da AF Corse na última corrida da temporada. Justamente quando não podia e não devia, o modelo Vantage V8 da Aston Martin teve problemas de confiabilidade, deitando por terra o esforço do construtor britânico – que ambicionava vencer o WEC na classe de Grã-Turismo no centenário da marca.

O carro #97 dos então líderes do campeonato Darren Turner/Stefan Mücke começou a corrida enfrentando problemas de pneus e depois, uma repentina perda de potência atrapalhou o trabalho dos dois pilotos. O carro foi levado à garagem e de lá não saiu mais, após 109 voltas completadas. Também o #99, que poderia roubar pontos importantes dos rivais, sucumbiu: Bruno Senna e seus companheiros de equipe Pedro Lamy e Richie Stanaway abandonaram após 145 voltas percorridas.

Ferrari

Sem os britânicos no caminho, a AF Corse conquistou mais um título entre as equipes e a Ferrari virou o jogo na competição entre as marcas, levando a taça para Maranello. E com a modificação proposta por Amato Ferrari para a última corrida do ano, Gimmi Bruni levou o troféu de campeão da LMGTE sozinho, vencendo no Bahrein com Toni Vilander, resultado que rendeu à dupla o 9º lugar na classificação geral. Patrick Pilet/Jörg Bergmeister chegaram em segundo e Kamui Kobayashi/Giancarlo Fisichella completaram o pódio.

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Na LMGTE-AM, a Aston Martin se recompôs da frustração pela perda dos títulos relativos à divisão principal de Grã-Turismo: o carro #95 venceu mais uma vez com Nicki Thiim/Christoffer Nygaard/Kristian Poulsen e, com o 5º lugar no Bahrein, Stuart Hall e Jamie Campbell-Walter levaram o título do World Endurance Trophy na divisão, por um suado pontinho de vantagem. O pódio teve ainda Enzo Potolicchio/Rui Águas/Davide Rigon com o segundo posto e François Perrodo/Matt Griffin/Emmanuel Collard – ambas as trincas com Ferrari F458 – em segundo e terceiro, respectivamente.

O brasileiro Fernando Rees, da Larbre Competition, conseguiu um bom resultado na última corrida do ano – marcando talvez a despedida do Chevrolet Corvette C6-R do WEC. Ele e seus companheiros Patrick Bornhauser e Julien Canal acabaram em 4º lugar na classe e 17º na geral.

Confira a classificação final:

World Endurance Drivers Championship:

1. Loïc Duval/Tom Kristensen/Allan McNish – 162 pontos
2. Andre Lotterer/Marcel Fässler/Bénoit Tréluyer – 149,25
3. Anthony Davidson/Stéphane Sarrazin/Sébastien Buemi – 106,25
4. Alexander Wurz/Nicolas Lapierre – 69,5
5. Mathias Beche – 63,5
6. Nicolas Prost – 60
7. John Martin/Roman Rusinov/Mike Conway – 53
8. Nick Heidfeld – 48
9. Lucas Di Grassi/Marc Gené/Oliver Jarvis – 45
10. Bertrand Baguette/Martin Plowman/Ricardo González – 44,5

FIA Endurance Trophy for LMP2 Drivers:

1. Bertrand Baguette/Martin Plowman/Ricardo González – 141,5 pontos
2. Alex Brundle/David Heinemeier-Hänsson/Olivier Pla – 132,5
3. John Martin/Roman Rusinov/Mike Conway – 132
4. Luis Perez-Companc/Pierre Kaffer/Nicolas Minassian – 110
5. Tor Graves – 56
6. Jacques Nicolet – 51
7. James Walker – 44
8. Tom Kimber-Smith – 40
9. Björn Wirdheim – 37
10. Keiko Ihara – 35

World Endurance Cup for GT Drivers:

1. Gianmaria Bruni – 145 pontos
2. Giancarlo Fisichella – 135
3. Darren Turner/Stefan Mücke – 125,5
4. Marc Lieb/Richard Lietz – 123
5. Toni Vilander – 108
6. Patrick Pilet/Jörg Bergmeister – 99,5
7. Kamui Kobayashi – 98
8. Bruno Senna – 94
9. Fréderic Makowiecki – 73,5
10. Romain Dumas – 72

FIA Endurance Trophy for GTE-AM Drivers:

1. Jamie Campbell-Walter/Stuart Hall – 129
2. Enzo Potolicchio/Rui Águas – 128
3. Jean-Karl Vernay/Raymond Narac – 122
4. Christoffer Nygaard/Kristian Poulsen – 104,5
5. Patrick Bornhauser/Julien Canal – 97
6. Christian Ried/Gianluca Roda/Paolo Ruberti – 76,5
7. Fernando Rees – 73
8. Christophe Bourret e Matt Griffin – 68
10. Davide Rigon – 67

Doriano Romboni (1968-2013)

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A bordo desta HB-Honda NSR250, Doriano Romboni foi 4º colocado no Mundial de Motovelocidade da classe 250cc em 1994. Ele venceu o GP do Brasil em 1995, no finado Autódromo de Jacarepaguá

RIO DE JANEIRO – Este ano tem tudo para ser apagado da memória no que diz respeito a perdas no esporte a motor. Hoje, neste sábado, tivemos mais uma: o italiano Doriano Romboni, que disputou o Mundial de Motovelocidade nos anos 80/90, morreu hoje aos 44 anos após um acidente em Latina, na Itália.

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“Rombo” no Sic Supermoto Day, momentos antes do acidente fatal

O veterano piloto disputava o Sic Supermoto Day, um evento em memória do também italiano Marco Simoncelli, morto tragicamente há dois anos durante o GP da Malásia de MotoGP. Romboni sofreu um grave acidente e as consequentes lesões em decorrência dele levaram o piloto à morte.

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Nascido em Lerici, no dia 8 de dezembro de 1968, Doriano Romboni estreou no Mundial de Motovelocidade em 1989, na classe 125cc. Subiu dois anos depois para as 250cc, onde pilotou as Honda NSR250 pintadas com as cores dos cigarros HB. Pelo estilo aguerrido, ganhou o apelido de “Rambo” e em 1994 alcançou sua melhor classificação: 4º colocado, com 170 pontos.

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Aprília 380: com esta máquina, Doriano Romboni disputou o Mundial de 500cc em 1996 e 1997, com um pódio conquistado e o 10º lugar no campeonato de 97

Em 1996, a Aprília o requisitou para disputar o Mundial de 500cc com um modelo bicilíndrico da marca de Noale. Terminou em 10º na temporada de 1997, levando a problemática Aprília 380 a um pódio no GP da Holanda, em Assen. Sua última temporada no Mundial e nas 500cc seria a de 1998. Ele terminou o GP do Japão em 12º com a MuZ-Weber e ficou nisso. Ele disputou 101 corridas, com seis vitórias (a última delas no Rio de Janeiro, no GP do Brasil de 1995, na classe 250cc) e sete pole positions.

Após a Motovelocidade, Romboni entrou no Mundial de Superbikes, onde correu com uma Ducati não-oficial até se envolver num violento acidente com Aaron Slight em Monza, que lhe provocou graves lesões nas pernas. “Rambo” tentou voltar duas vezes às competições – em 2000 e depois em 2004 – sem sucesso.

Que grid!

1484775_10202603081703277_1860183860_nRIO DE JANEIRO – Dica preciosa do amigo Fred Sabino, mangueirense de quatro costados. Aí estão os carros de todos os triunfos da Penske Racing nas 500 Milhas de Indianápolis. Vamos identificá-los (da direita para a esquerda)?

1ª fila: #66 McLaren Offenhauser de Mark Donohue (1972); #9 Penske Cosworth de Rick Mears (1979); #3 Penske Cosworth de Bobby Unser (1981)

2ª fila: #5 March Cosworth de Rick Mears (1984); #5 March Cosworth de Danny Sullivan (1985); #25 March Cosworth de Al Unser (1987)

3ª fila: #4 Penske Chevrolet de Rick Mears (1988); #4 Penske Chevrolet de Rick Mears (1991); #4 Penske Chevrolet de Emerson Fittipaldi (1993)

4ª fila: #31 Penske Mercedes-Benz de Al Unser Jr. (1994); #68 Dallara Oldsmobile de Hélio Castroneves (2001); #3 Dallara Chevrolet de Hélio Castroneves (2002)

5ª fila: #6 Panoz Toyota de Gil De Ferran (2003); #6 Dallara Honda de Sam Hornish Jr. (2006); #3 Dallara Honda de Hélio Castroneves (2009)

Reparem que do carro do triunfo de Mears até o último, da terceira conquista de Helinho em Indianápolis, todos os carros do Team Penske tem a programação visual Marlboro, embora a marca de cigarros não pudesse ter seu nome exposto na carenagem dos carros em virtude da restrição à propaganda tabaqueira não só nos EUA como também mundialmente.

 

WEC, 6h do Bahrein: Toyota em dobradinha no último treino de 2013

MOTORSPORT : FIA WEC WORLD ENDURANCE CHAMPIONSHIP 6 HOURS OF BAHRAIN ROUND 8 11/28-30/2013

RIO DE JANEIRO – A Toyota monopoliza a primeira fila para as 6 Horas do Bahrein, última etapa do Campeonato Mundial de Endurance (WEC), que acontece neste sábado no circuito de Sakhir. Alex Wurz e Kazuki Nakajima foram os responsáveis por classificar o TS030 Hybrid #7, que levou a pole position com a média de melhores voltas dos dois pilotos em 1’42″449. Stéphane Sarrazin e Anthony Davidson qualificaram o #8 e ficaram com o 2º tempo, a 0″332 da média da pole.

Os Audi R18 e-tron quattro ficaram com a segunda fila do grid: o #1, partilhado por Marcel Fässler e Andre Lotterer na qualificação, ficou com o tempo médio de 1’42″976, mais de meio segundo acima da pole, enquanto o #2 de Loïc Duval e Allan McNish, que se revezaram a bordo, foi o quarto a 0″696 de Wurz e Nakajima. Único inscrito entre os LMP1 não-oficiais, o Lola #12 da Rebellion Racing foi partilhado por Mathias Beche e Nicolas Prost, ficando a 4″279 do melhor tempo acumulado.

MOTORSPORT : FIA WEC WORLD ENDURANCE CHAMPIONSHIP 6 HOURS OF BAHRAIN ROUND 8 11/28-30/2013

Na divisão LMP2, o francês Nicolas Minassian e o alemão Pierre Kaffer levaram a melhor com o Oreca 03 Nissan #49 da Pecom Racing. Os dois conseguiram a pole da subclasse e o 6º tempo geral, com 1’50″941, menos de um décimo de segundo abaixo do #26 da G-Drive Racing, partilhado no treino oficial por Mike Conway e John Martin. Olivier Pla e Alex Brundle deixaram o Morgan #24 da OAK Racing na terceira colocação, a mais de sete décimos no tempo acumulado, enquanto a quarta posição foi do Zytek Z11SN Nissan que Björn Wirdheim e Jon Lancaster dividiram na qualificação.

Líderes do campeonato, os pilotos do #35 da OAK Racing não foram além do 6º lugar. Bertrand Baguette e Martin Plowman (Ricardo Gonzalez completa a trinca) acabaram a 1″436 do tempo médio dos poles da classe. Só foram mais velozes que os dois Lotus T128 e que o Morgan #45 de Jacques Nicolet/David Cheng/Keiko Ihara.

Três formações ainda lutam pelo título de pilotos: Baguette/Plowman/Gonzalez somam 129,5 pontos, contra 114,5 de Brundle/Pla/Heinemeier-Hänsson e 107 de Martin/Conway/Rusinov.

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A Porsche, que aproveitou o fim de semana barenita para estrear o modelo 2014 – e confirmar a permanência da equipe oficial na divisão LMGTE-PRO, superou Aston Martin e Ferrari, obtendo a dobradinha na classificação. Marc Lieb e Richard Lietz fecharam o treino com o tempo de 1’58″833, contra 1’58″960 de Jörg Bergmeister e Patrick Pilet. Darren Turner e Stefan Mücke ficaram em terceiro, com a média de 1’59″038.

Gimmi Bruni e Toni Vilander puseram a Ferrari #51 da AF Corse em quarto, com 1’59″049, a 0″216 da pole. O carro #99 do brasileiro Bruno Senna, partilhado com Pedro Lamy e Richie Stanaway ficou em quinto, a apenas 0″334 do melhor tempo do grupo, enquanto Giancarlo Fisichella e Kamui Kobayashi fecharam o treino oficial a 0″626 de Lieb/Lietz.

Com a pole, a dupla do Porsche #92 começa a etapa do Bahrein com 111 pontos e em 3º lugar no campeonato, com chances de ainda conquistar o título. Correndo separados, Giancarlo Fisichella e Gianmaria Bruni estão em segundo com 120 e a liderança é de Darren Turner/Stefan Mücke, com 125,5 pontos. Bruno Senna é o quarto colocado, com 94.

MOTORSPORT : FIA WEC WORLD ENDURANCE CHAMPIONSHIP 6 HOURS OF BAHRAIN ROUND 8 11/28-30/2013

A Aston Martin teve que se contentar com a pole position da LMGTE-AM, graças a Nicki Thiim e Christoffer Nygaard, que se revezaram a bordo do #95 e marcaram a média de 2’00″303, apenas 0″034 melhor que a Ferrari #81 revezada pelo português Rui Águas e pelo italiano Davide Rigon. Stuart Hall e Jamie Campbell-Walter conduziram o outro Aston ao terceiro tempo do grupo, seguidos pela Ferrari #61 de Matt Griffin e Manu Collard, com o Porsche #76 da IMSA Performance Matmut em quinto.

O Corvette da Larbre Competition só conseguiu completar uma volta: com problemas mecânicos, Fernando Rees e Julien Canal não puderam fazer mais nada e o carro #50 larga da 28ª e última posição do grid.

Amanhã, o blog A Mil Por Hora terá o live streaming com a íntegra das 6h do Bahrein. A transmissão começa pouco antes das 10h da manhã, pelo horário de Brasília.

Acompanhe o treino classificatório no vídeo abaixo.

Dupla explosiva

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RIO DE JANEIRO – Nem Quantum, muito menos Nico Hülkenberg. A tábua de salvação da Lotus será sul-americana. Mais precisamente, vinda da Venezuela: o dinheiro da PDVSA e do governo bolivariano de Nicolás Maduro cacifou a entrada de Pastor Maldonado no time com sede em Enstone, para a temporada de 2014 do Mundial de Fórmula 1.

O piloto de 28 anos, nascido em Maracay, no estado de Aragua, deixa enfim a Williams após 58 corridas disputadas pelo time de Grove e muita polêmica – principalmente nesta última temporada, quando marcou um único e solitário ponto, repetindo a campanha de 2011 e em contraste absoluto com o campeonato do ano passado, quando venceu o GP da Espanha de forma incrível e somou 45 pontos no Mundial de Pilotos.

Maldonado formará a dupla da Lotus com Romain Grosjean. Uma dupla explosiva, sem nenhuma dúvida. São dois pilotos que têm no currículo um arsenal de trapalhadas, embora sejam extremamente velozes e arrojados. Em 2013, Grosjean errou bem menos do que no ano passado e teve desempenhos muito elogiados ao volante do Lotus E21. Já Maldonado não teve atenuantes com o Williams FW35. O carro não era tão bom quanto o do ano passado e o venezuelano cansou de levar ferro do finlandês Valtteri Bottas, que fez uma temporada honesta.

Nas últimas corridas pela sua ex-equipe, Maldonado carregou nas tintas. Criticou a Williams, acusou a escuderia de perseguição e sabotagem, mas depois pediu desculpas e se calou.

Para assegurar o lugar na Lotus, além do “dindim” valioso que salva a equipe em 2014, Maldonado terá resolvido – pelo visto – uma quizila que vem de oito anos atrás com Eric Boullier. Na época, o piloto defendia a Dams na World Series by Renault e aprontou poucas e boas na etapa de Mônaco, preliminar da Fórmula 1. Perdeu o status de piloto do RDD (Renault Driver Development) e, com apenas quatro pontos somados no campeonato, angariou a antipatia de muita gente na categoria e principalmente de Boullier. Arestas aparadas, vamos ver se ele e Grosjean darão trabalho, juntos, no próximo campeonato da categoria máxima.

Direto do túnel do tempo (146)

575391_10152463449214782_1772846685_nRIO DE JANEIRO – A bordo do Penske PC1 Cosworth #28 que ilustra essa foto, está aquele que é considerado um dos grandes pilotos da história do automobilismo dos EUA: Mark Donohue.

O “Capitain Nice” nasceu em New Jersey em 1937 e chegou tarde à Fórmula 1, aos 34 anos. Mas já nos anos 60, corria nas provas do Sports Car Club of America (SCCA), sendo requisitado também para andar no Ford GT40, no Lola T70 pintado com a característica cor azul-escura da Sunoco, com Ferrari 512 e também na Trans-Am.

Como piloto da equipe de Roger Penske, disputou cinco edições da Indy 500 entre 1969 e 1973, vencendo a prova em 1972 num McLaren M16 com motor Offenhauser. Também matou a tapa na Série Can-Am a bordo de uma lenda das pistas, o Porsche 917/30 com potência estimada em 1.100 HP em banco de provas.

Sua estreia na categoria máxima foi surpreendente: numa aparição isolada durante o GP do Canadá de 1971 com um McLaren M19 Cosworth, o piloto chegou em 3º no circuito de Mosport. Depois disto, só reapareceria no fim do Mundial de 1974, nos GPs do Canadá e EUA, já com o primeiro carro construído pela Penske e desenhado por Geoff Ferris.

Após marcar o 5º lugar com o PC1 no GP da Suécia, Mark Donohue passou a dispor de um March 751 modificado, que Roger Penske rapidamente passou a chamar de Penske PC2. Infelizmente foi a bordo desse carro em que o piloto sofreu um grave acidente em 17 de agosto, durante o warm up do GP da Áustria, em Zeltweg.

O piloto largaria da 20ª posição do grid e acertava o carro para as condições de pista no dia da corrida. Subitamente, algo aconteceu com um dos pneus do PC2 de Donohue e o piloto bateu forte na curva Hella-Licht, no fim da reta. O carro atravessou as telas de proteção e passou voando pelo guard-rail, caindo num barranco.

Donohue foi retirado lúcido e alerta dos destroços do carro – que provocaram inclusive a morte de um fiscal – mas o helicóptero que o levaria de Zeltweg a um hospital das proximidades, em Graz, não era pressurizado, o que complicou as coisas. Mark sentiu fortes dores de cabeça e começou a vomitar, um claro sinal de lesão cerebral. O piloto entrou em coma e, com hemorragia, morreu em 19 de agosto de 1975.

A viúva de Mark Donohue, Eden, entrou com uma ação contra a Goodyear, culpando o fabricante de pneu pela morte do marido. Foi uma longa batalha nos tribunais, que durou mais de uma década. Apenas em 10 de abril de 1986 o tribunal de Providence, no estado de Rhode Island, sentenciou a indenização que a Goodyear teria que pagar à viúva e aos dois filhos do piloto: US$ 9,6 milhões.

Há 38 anos, direto do túnel do tempo.

WEC, 6h do Bahrein: Toyota confirma no treino noturno

MOTORSPORT : FIA WEC WORLD ENDURANCE CHAMPIONSHIP 6 HOURS OF BAHRAIN ROUND 8 11/28-30/2013

RIO DE JANEIRO – Os carros do Mundial de Endurance (WEC) voltaram ao circuito de Sakhir nesta quinta-feira para mais uma sessão de treinos livres, desta vez noturna. E novamente a Toyota saiu com o melhor tempo. O carro #8, com o suíço Sébastien Buemi, registrou a melhor volta em 1’44″516 – bem mais lento portanto que o tempo registrado na primeira sessão pelo austríaco Alex Wurz no #7.

Marcel Fässler, no Audi e-tron #1, ficou com a segunda posição – 1’44″721, enquanto Kazuki Nakajima fez a melhor volta a bordo do outro Toyota – que provocou uma bandeira vermelha interrompendo o treino, após uma rodada na curva #15. O japonês virou em 1’44″793 num treino bem mais equilibrado entre japoneses e alemães do que a primeira sessão. A diferença foi inferior a três décimos entre o primeiro e o quarto mais veloz, que foi o dinamarquês Tom Kristensen no e-tron #2. Mathias Beche foi o mais rápido do trio do Lola #12 da Rebellion: o suíço marcou 1’47″323, um tempo bem melhor que na primeira sessão.

Na LMP2, o francês Nicolas Minassian fez a melhor volta do treino com o #49 da Pecom Racing. O piloto virou em 1’51″798 contra 1’51″882 do belga Bertrand Baguette. Os dois melhoraram a marca de Alex Brundle na primeira sessão de treinos livres – assim como o australiano John Martin, 3º mais rápido com o #26 da G-Drive Racing. Björn Wirdheim mais uma vez esteve bem com o Zytek #41 da Greaves e foi o quarto, à frente do #24 da OAK Racing, com Olivier Pla registrando o melhor tempo do Morgan do time de Jacques Nicolet.

Confira no vídeo abaixo a expectativa dos pilotos que brigam pelo título na classe LMP2.

Estreando a versão 2014 do seu modelo 991, a Porsche mandou bem no treino noturno entre os carros da LMGTE-PRO. Richard Lietz também baixou da barreira dos 2 minutos, mas não conseguiu melhorar o tempo registrado por Darren Turner mais cedo: o austríaco cravou 1’59″730, contra 2’00″176 de Stefan Mücke, que foi o mais rápido a bordo do Aston #97 dessa vez. Patrick Pilet ficou em terceiro com 2’00″329 e o português Pedro Lamy foi o quarto, 0″021 apenas atrás do francês.

Bruno Senna, que já conhece a pista de suas participações na Fórmula 1, andou pouco no treino noturno. Deu apenas cinco voltas – a melhor delas em 2’02″894.

Na divisão LMGTE-AM, quem reapareceu – e muito bem – foi o veterano francês Manu Collard. A bordo da Ferrari #61 da AF Corse, o piloto da terra da Bastilha ficou com o melhor tempo da sessão noturna – 2’00″631, melhor do que Nicki Thiim no primeiro treino. O dinamarquês foi o segundo a bordo do Aston Martin #95, com 2’01″329, quase três décimos abaixo do tempo de Fernando Rees, terceiro mais veloz do treino com o Corvette #50 da Larbre Competition.

Maurizio Mediani fez o 4º tempo do grupo com a Ferrari #57 da Krohn Racing, seguido pelo #76 da IMSA Performance Matmut – guiado por Jean-Karl Vernay e pelo Aston Martin #96 de Jamie Campbell-Walter.

Confira no vídeo abaixo a expectativa dos competidores que brigam pelo título da LMGTE-AM.

As atividades de pista para as 6 Horas do Bahrein têm sequência nesta sexta-feira. O terceiro e último treino livre será disputado a partir de 10h25 locais (5h25 de Brasília), com duração de 60 minutos. O treino classificatório acontece a partir de 15h45 no Bahrein, 10h25 pelo horário de Brasília – com transmissão ao vivo no blog, via live streaming.

Vídeos históricos – o “pega” épico entre John Bowe e Larry Perkins em Adelaide (1994)

RIO DE JANEIRO – Finalmente! Sempre quis postar esse vídeo aqui no blog e hoje chegou o dia. Achei de novo no YouTube as imagens do “pega” épico entre John Bowe e Larry Perkins no circuito urbano de Adelaide, em 1994, durante uma prova do Australian Touring Car Championship (ATCC). Vejam a partir de 5:19 do que os dois foram capazes de fazer numa pista molhada e traiçoeira.

A história do Democrata

RIO DE JANEIRO – Há menos de 10 dias, o Flavio Gomes postou em seu blog sobre o Democrata, falando que os irmãos Finardi ficaram com várias carrocerias e que elas permaneceram anos num terreno ao lado da oficina deles em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. Tem mais: pode ser que alguém finalmente tenha comprado uma. O que é aguardado faz pelo menos sete anos.

Eu falei a respeito, inclusive, no meu primeiro e mais antigo blog, o Saco de Gatos, no dia 8 de março de 2006, num texto que reproduzo ipsis litteris aqui abaixo.

Hoje cedo, abrindo O Globo para a leitura diária, me deparei com uma interessante reportagem de capa no caderno Carro e Etc. sobre um automóvel que nunca foi fabricado em série no Brasil: o Democrata (foto abaixo).

Lembro de ter comprado uma Quatro Rodas bem antiga, acho que de 1968, num sebo da Praça Tiradentes. E essa revista trazia fotos e uma matéria sobre o carro, totalmente difamatória, dizendo que ele não existia.

O Democrata foi fruto de uma ideia ambiciosa do empresário Nelson Fernandes, à época proprietário de um clube de campo e de um hospital em São Paulo. Ele queria fabricar automóveis modernos e nacionais, diferentemente dos carros defasados ou licenciados por montadoras estrangeiras que aqui existiam. Num terreno de 300.000 metros quadrados em São Bernardo do Campo, ele fundou aIndústria Brasileira de Automóveis Presidente (IBAP).

Em plena 1964, um carro Democrata produzido por uma indústria de nome Presidente soava bastante irônico. A princípio, a empresa produziria três tipos de automóveis: um de apelo popular, com um pequeno motor de até 0,5 litro; o Democrata, em versões coupé duas portas e sedan de quatro portas; e um utilitário.

Contrariando o cronograma, o Democrata começou a ser “produzido” pela IBAP, para mostrar aos céticos e detratores que era possível a existência do modelo. Nelson idealizara, também, um sistema de cotas para que o projeto fosse adiante e ele precisava de pelo menos 87 mil acionistas. E de alguns carros rodando.

Os primeiros exemplares impressionaram pelas linhas modernas, inspiradas nas maiores tendências americanas e europeias da época. Em especial com o Chevrolet Corvair, onde os detratores viam a notável semelhança entre os dois modelos.

Comentou-se à época que os primeiros protótipos teriam sido montados sobre chassis e motores do Corvair – embora em alguns carros roncasse um motor italiano V-6 de 2,5 litros com cabeçote e bloco de alumínio (requinte absoluto para a época) e 120 HP. Isto faria do Democrata o carro mais potente e veloz do país.

Nelson Fernandes conseguira 50 mil acionistas à época em que a imprensa deflagrou uma feroz campanha contra o Democrata e a IBAP. As promessas de construção de 350 carros/dia e o baixo preço de venda prometido deixaram muita gente com a pulga atrás da orelha.

Tentando o salto maior, o empresário propôs a compra da FNM. Mas foi impedido e a Fábrica Nacional de Motores foi absorvida pela Alfa Romeo. A pá de cal aconteceu quando o Banco Central fez uma devassa na IBAP e mostrou, via laudo, que a empresa não possuía condições idôneas e técnicas para construir automóveis. Trocando em miúdos: crime contra a economia popular.

Nelson Fernandes desistiu do empreendimento em fins de 1968 e hoje, aos 75 anos de idade, é dono de um cemitério vertical no Paraná. E provavelmente ele ficará muito feliz em saber que um entusiasta pelos carros que nunca existiram quer reviver os Democrata: Alvaro Negri, paulista de São Bernardo do Campo, aliou-se ao mecânico José Luiz Finardi e, juntos, reformaram um dos coupés – que é sensação nas exposições de automóveis antigos.

Ainda existem três protótipos semidesmontados e 21 carrocerias que nunca receberam chassis e motores, esperando para ganharem vida. Alvaro está buscando interessados em ratear os custos da reconstrução dos carros – que devem sair por cerca de R$ 40 mil cada.

Raridades que, com certeza, terão um valor inestimável para todos os seus proprietários.

WEC, 6h do Bahrein: Toyota abre treinos livres no comando

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RIO DE JANEIRO – Deu Toyota na primeira atividade oficial de pista para a 8ª e última etapa do Campeonato Mundial de Endurance (WEC), no circuito de Sakhir, no Bahrein. O carro #7 guiado pelo austríaco Alex Wurz cravou a melhor volta da sessão de 1h30min em 1’43″192, um segundo e meio mais veloz do que o alemão Andre Lotterer, que no Audi e-tron quattro #1 registrou a segunda melhor marca da sessão.

Tom Kristensen foi o 3º mais rápido, com 1’45″091 no Audi #2, seguido pelo Toyota #8 de Stéphane Sarrazin, que registrou 1’45″151. Fechando a raia dos LMP1, veio o Lola da Rebellion, na despedida das pistas do carro construído pela lendária marca de Huntingdon. Mathias Beche, o mais veloz dos três pilotos do #12, ficou a 5″549 da marca de Wurz.

Na LMP2, melhor tempo para o #24 da OAK Racing: Alex Brundle cravou 1’52″389, quase meio segundo abaixo do australiano John Martin, da G-Drive Racing. Martin Plowman foi o terceiro mais rápido a bordo do #35 do time de Jacques Nicolet, seguido do Oreca #49 de Pierre Kaffer e do Zytek #41 do sueco Björn Wirdheim. Todos separados por menos de um segundo. Em sexto veio o Oreca #25, com Robbie Kerr. Wolfgang Reip e Jon Lancaster, que estreiam no WEC neste fim de semana, tiveram ótima adaptação e andaram quase no mesmo ritmo do experiente Wirdheim. Craig Dolby foi o único dos pilotos da divisão que não registrou tempo no primeiro treino livre.

Darren Turner apresentou armas com o Aston Martin #97 entre os LMGTE-PRO, sendo o único piloto a girar abaixo de 2 minutos. O britânico registrou 1’59″565, nove décimos mais rápido que o finlandês Toni Vilander – que por uma decisão da AF Corse foi remanejado para o carro #51 na etapa do Bahrein, onde correrá em parceira com Gimmi Bruni. Marc Lieb fez o terceiro melhor tempo no Porsche #92 e Bruno Senna foi o mais rápido dos pilotos do Aston #99, marcando 2’00″630, a 1″065 de Turner.

Também na LMGTE-AM, a Aston Martin começou bem: Nicki Thiim foi o mais veloz do primeiro treino, com o tempo de 2’00″851, 0″436 à frente do italiano Paolo Ruberti, num Porsche da Proton Competition. A terceira posição foi de JK Vernay, da IMSA Performance Matmut, com Davide Rigon em quarto, Matt Griffin em quinto e Julien Canal, da equipe do brasileiro Fernando Rees, em sexto – todos rigorosamente dentro do mesmo segundo. Depois, vieram o Aston #96 de Jamie Campbell-Walter e a Ferrari da Krohn Racing, guiada por Nic Jönsson.

Ainda nesta quinta-feira, os pilotos voltam ao circuito de Sakhir para mais uma sessão de treinos livres. A atividade de pista – noturna, aliás – começa às 19h30 no Bahrein, 14h30 pelo horário de Brasília.

Silly season USCC 2014: equipes de Grã-Turismo (atualizado)

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RIO DE JANEIRO – Após um panorama de como poderão atuar as equipes de protótipos no futuro Tudor United Sports Car Championship, vamos a uma análise atualizada de como virão os times das divisões GTLM (GT Le Mans) e GTD (GT Daytona). A GTLM obedece ao regulamento técnico ACO/FIA e a GTD reúne os carros que estavam homologados para a Rolex Sports Car Series, os Porsche Cup e demais modelos GT3.

Confiram:

Classe GT Le Mans (GTLM)

Equipes confirmadas:

Corvette Racing
Carro: Chevrolet Corvette C7-R
Pilotos: Jan Magnussen/Antonio Garcia (#3) e Oliver Gavin/Tommy Milner (#4)

A Corvette vem para a 10ª temporada consecutiva no automobilismo estadunidense com uma nova arma para manter a hegemonia na divisão GTLM: entrará em ação o novo modelo C7-R, baseado no carro de produção de série e que sucederá o C6-R. Os pilotos titulares seguem os mesmos – mas para Sebring e Daytona, a equipe chefiada por Doug Fehan terá que se socorrer de novos nomes, uma vez que Jordan Taylor e Richard Westbrook estarão a serviço de equipes da divisão Prototypes.

BMW Team RLL
Carro: BMW Z4 GTE
Pilotos: a confirmar (#55 e #56)

O time de Bobby Rahal e David Letterman regressa para mais uma temporada com o modelo Z4 GTE após um bom ano de estreia do sucessor do M3 GTR. A equipe ainda não anunciou quais serão seus pilotos titulares em 2014, mas tudo indica que John Edwards deve ser efetivado como titular no posto de Joey Hand, que só deverá colaborar com o time em eventos pré-selecionados. Quem pode aportar no time é Andy Priaulx, que foi mal no DTM. A BMW estuda substituir o britânico pelo belga Maxime Martin, que colaborou com o BMW Team RLL neste ano. A equipe vai alinhar dois carros, tal como na última temporada da ALMS.

SRT Motorsports
Carro: SRT Viper GTS-R
Pilotos: a confirmar (#91 e #93)

Em um ano e meio apenas nas pistas, o projeto da SRT Motorsports nas competições de Grã-Turismo superou as expectativas mais otimistas. Os carros foram velozes, competitivos e obtiveram bons resultados na ALMS, incomodando a concorrência. Para o lineup de pilotos, pode ser que haja novidades no que diz respeito as corridas longas. Ryan Dalziel não vai colaborar com a equipe no TUSCC desta vez. Provavelmente os titulares serão os mesmos: Dominik Farnbacher, Marc Gossens, Kuno Wittmer e Jonatham Bomarito. Seguirão com dois carros em 2014.

Team Falken Tire
Carro: Porsche 911 (991) GT3 RSR
Pilotos: Wolf Henzler/Bryan Sellers (#17)

A equipe capitaneada por Derrick Walker e com o patrocínio do fabricante de pneus Falken regressará para mais uma temporada, com o novo modelo 991 da Porsche. A parceria formada por Wolf Henzler e Bryan Sellers continua e um terceiro piloto, provavelmente ligado à montadora alemã, será indicado ainda para as corridas longas. Terão um carro no USCC em 2014.

Equipes a confirmar:

Porsche Motorsport North America
Carro: Porsche 911 (991) GT3 RSR
Pilotos: a confirmar

Existe uma possibilidade remota da Porsche regressar aos EUA com um time oficial de fábrica na GTLM. A marca alemã fincou pé no WEC, na classe LMGTE-PRO – onde o programa será mantido, mas pode apoiar oficialmente uma equipe em território ianque. A CORE Autosport pode ser eleita o time oficial da Porsche no TUSCC, por conta da presença do excelente Patrick Long. Caso isto ocorra, serão dois bólidos nas pistas no próximo ano.

Risi Competizione
Carro: Ferrari F458 Italia
Pilotos: a confirmar (#62)

A equipe de Giuseppe Risi depende de patrocínio para poder continuar envolvida no USCC em 2014, apesar do razoável ano de regresso às competições após um ano ausente. Caso as peças se encaixem, o time sediado em Houston, no Texas, deve alinhar mais uma vez a sua usual Ferrari F458 Italia, com pilotos indicados pelo construtor italiano.

Equipes que vão disputar apenas o NAEC:

Aston Martin Racing
Carro: Aston Martin Vantage V8
Pilotos: a confirmar (#97)

O tradicional construtor britânico fez um pedido de inscrição de pelo menos um Aston Martin Vantage V8 à IMSA, para a disputa das provas de longa duração do certame. A Aston Martin levou um carro aos testes de pré-temporada em Sebring e Daytona, confrontando o desempenho com BMW, Ferrari e SRT Viper. Veremos se a inscrição será aceita.

Krohn Racing
Carro: Ferrari F458 Italia
Pilotos: a confirmar (#57)

Tracy Krohn confirmou no Bahrein, antes da última etapa do WEC, que sua escuderia poderá estar presente pelo menos nas 24 Horas de Daytona, com sua Ferrari F458 Italia. A equipe tem planos de inscrever-se na divisão GTLM em mais algumas provas – possivelmente os eventos de longa duração do calendário e talvez na etapa “caseira” de Austin, no Texas.

Classe GT Daytona (GTD)

Equipes confirmadas:

Scuderia Corsa
Carro: Ferrari F458 Italia
Pilotos: Alessandro Balzan e a confirmar (#63 e #64)

A equipe que levou o italiano Alessandro Balzan ao título da GT na última temporada da Rolex Sports Car Series permanecerá nas pistas com duas Ferrari F458 Italia adaptadas ao regulamento da classe GTD. Por enquanto, apenas Balzan está confirmado entre os titulares.

Magnus Racing
Carro: Porsche 911 GT America
Pilotos: Andy Lally/John Potter (#44)

Vice-campeã em 2013 na Rolex Sports Car Series, a Magnus Racing foi a primeira escuderia a receber o novo Porsche 911 GT America, específico para as competições da classe GTD do USCC. Os pilotos titulares estão confirmados: John Potter e Andy Lally seguem a bordo para o próximo campeonato.

Flying Lizard Motorsports
Carro: Audi R8 LMS
Pilotos: a confirmar (#35 e #45)

Os “Lagartos Voadores” trocam a Porsche, após 10 temporadas de parceria, pela Audi. O acordo contempla o uso do modelo R8 LMS na classe GTD no próximo ano. Pilotos ainda não foram definidos, mas de concreto – mesmo – só a volta do patrão Seth Neiman ao volante. O time deve ter pilotos oficiais da marca alemã nos eventos de longa duração, principalmente Daytona, Sebring e Petit Le Mans. A FLM virá com duas inscrições fixas em 2014.

Alex Job Racing
Carro: Porsche 911 GT America
Pilotos: Cooper MacNeil/Leh Keen (#22) e Ian James/Mario Farnbacher (#23)

Tradicional cliente Porsche, a Alex Job Racing mantém os laços com o construtor alemão em 2014, envolvida apenas na divisão GTD após uma participação sem muito brilho na LMGT no extinto campeonato da American Le Mans Series. O time de Holly e Alex Job terá dois 911 GT America inscritos. Cooper MacNeil está confirmado para o próximo ano, com o apoio da WeatherTech, contudo ainda sem parceiro confirmado. No segundo Porsche, alinhado em parceria com o Team Seattle, estarão Ian James e o alemão Mario Farnbacher.

Dempsey Racing
Carro: Porsche 911 GT America
Pilotos: a confirmar (#27)

O time do popular galã de Hollywood Patrick Dempsey cumpriu um ano honesto no recém-encerrado campeonato da ALMS e se prepara para o novo desafio: ano que vem, vão correr na GTD com dois Porsche 911 GT America – um deles, certeza absoluta, com McDreamy a bordo. Andy Lally, fechado com a Magnus Racing, não poderá colaborar com Dempsey no próximo ano, o que aumenta a chance para outros pilotos com patrocínio conseguirem postos de titular em 2014. A equipe terá dois carros.

Riley Technologies
Carro: SRT Viper GT3-R
Pilotos: Jeroen Bleekemolen/Ben Keating (#33)

Uma das boas novidades para o USCC é a estreia do SRT Viper na configuração GT3, homologado para a divisão GTD. A Riley Technologies desenvolverá o carro que pertencerá a uma equipe montada pelo piloto Ben Keating, cujo principal reforço é o excelente piloto holandês Jeroen Bleekemolen. Virão com apenas um carro para toda a temporada.

NGT Motorsports
Carro: Porsche 911 GT America
Pilotos: Henrique Cisneros/Kuba Giermaziak (#30)

Ainda abalada pela chocante perda de Sean Edwards, a NGT Motorsports deve prosseguir com sua campanha em terras ianques, agora na GTD com o fim da ALMS e, logicamente, da divisão LMGTC nos EUA. O venezuelano Henrique Cisneros terá um novo parceiro: o polonês Jakub “Kuba” Giermaziak. O carro do time continuará com a tradicional pintura Momo na próxima temporada. A equipe deverá ter o reforço de Michael Christensen nas provas do NAEC.

TRG-AMR North America
Carro: Aston Martin Vantage V12 GT3
Pilotos: James Davison/David Block/Al Carter e a confirmar (#66 e #67)

Eis uma associação que pode dar o que falar no próximo ano: pela primeira vez em décadas a The Racers Group de Kevin Buckler vai se dedicar 100% à preparação de modelos GT que não sejam Porsche. O time de Petaluma, na Califórnia, assinou com a Aston Martin um acordo de colaboração técnica e comercialização dos carros no mercado estadunidense e o primeiro passo foi dado com a estreia do Vantage nas corridas finais da Rolex Sports Car Series neste ano. Pilotos para os dois carros que devem disputar o campeonato inteiro não foram anunciados e não está descartado o envolvimento de nomes do time oficial de fábrica nas corridas de longa duração.

Park Place Motorsports
Carro: Porsche 911 GT America
Pilotos: Jim Norman/a confirmar e Kévin Estre/Patrick Lindsey (#71 e #73)

Mais um time oriundo da divisão GT da Rolex Sports Car Series com planos de competir a tempo inteiro no USCC, a Park Place Motorsports tentará novos pilotos para 2014 – além de Jim Norman, o primeiro confirmado, pois Patrick Long, que colaborou com a escuderia, deve correr na GTLM ano que vem. A equipe terá dois carros.

GMG Racing
Carro: Audi R8 LMS
Pilotos: a confirmar (#32)

O time de James Sofronas participou algumas vezes da ALMS com Porsche, mas estava no Pirelli World Challenge com vários Audi R8 LMS – e o conhecimento adquirido no desenvolvimento do modelo alemão fez com que a escuderia decidisse por alinhar um carro do construtor alemão no USCC no próximo ano.

Turner Motorsport
Carro: BMW Z4 GT3
Pilotos: a confirmar (#94)

Tudo indica que, após estudar várias possibilidades no horizonte, o time de Will Turner vai continuar com BMW na classe GTD em 2014. O modelo é que não será o mesmo: o M3 dará lugar ao Z4 na versão GT3, homologada e adaptada para o USCC. Será apenas um carro do fabricante bávaro na temporada inaugural do certame. Entre os pilotos, deverá estar Paul Dalla Lana, mas nada – até agora – foi confirmado.

Fall-Line Motorsports
Carro: Audi R8 LMS
Pilotos: Charlie Espenlaub/Charles Putman (#46)

A equipe com sede em Chicago estreou a meio da temporada da Rolex Sports Car Series neste ano e conseguiu progressos com o Audi R8 LMS. Vão permanecer nas pistas em 2014, disputando o USCC com um carro. Os pilotos serão Charlie Espenlaub e Charles Putman.

Paul Miller Racing
Carro: Audi R8 LMS
Pilotos: Bryce Miller e a confirmar (#48)

O time de Paul Miller sai da GTLM e vai para a GTD, por evidentes questões orçamentárias. Após vários anos como cliente Porsche, a escuderia muda para o Audi R8 LMS. Bryce Miller não deve perder a condição de piloto titular em 2014.

Mühlner Motorsport
Carro: Porsche 911 GT America
Pilotos: Kyle Marcelli/Randy Pobst (#18) e a confirmar (#19)

A escuderia de origem belga que montou um braço nos EUA vão alinhar dois Porsche 911 GT America no próximo ano, apesar da campanha medíocre na Rolex Sports Car Series neste ano. A primeira dupla foi confirmada: Kyle Marcelli terá a companhia do veterano Randy Pobst. O segundo carro poderá ser usado apenas nas provas do NAEC.

Level 5 Motorsports
Carro: Ferrari F458 Italia
Pilotos: Bill Sweedler/Townsend Bell e a confirmar

Scott Tucker confirmou também o envolvimento de sua escuderia no Tudor United SportsCar Championship na divisão GTD, alinhando pelo menos uma Ferrari F458 Italia. Ele contratou uma dupla já entrosada por dois anos correndo juntos na American Le Mans Series: Townsend Bell e Bill Sweedler. Jeff Segal também foi contratado, para disputar – talvez – as corridas longas e desempenhar o papel de piloto de desenvolvimento do carro do time. O próprio Scott Tucker pode também participar das etapas do NAEC.

AF Corse
Carro: Ferrari F458 Italia
Pilotos: a confirmar

Desvinculada da associação com Michael Waltrip, a AF Corse pediu inscrição junto à IMSA de duas Ferrari F458 Italia para a classe GTD. Oportunamente, os pilotos serão anunciados e confirmados. Amato Ferrari diz ter o orçamento praticamente completo para disputar o USCC a tempo inteiro. Isto não significa que a equipe abandonará o compromisso com o FIA WEC, onde deverão continuar em 2014 com pelo menos quatro carros nas classes LMGTE e mais um protótipo LMP2.

Equipes a confirmar:

AIM Autosport
Carro: Ferrari F458 Italia
Pilotos: a confirmar

Após ampliar o esquema para dois carros na última temporada da Rolex Sports Car Series na divisão GT, a AIM Autosport muda de novo o foco para concentrar esforços em um único carro para a temporada de 2014. Contudo, a participação do time canadense ainda é posta em dúvida. Nas próximas semanas, deve haver a confirmação da presença do time no USCC, bem como o possível anúncio dos pilotos titulares.

Equipes que vão disputar apenas o NAEC:

Snow Racing/Wright Motorsports/JDX Racing
Carro: Porsche 911 GT America
Pilotos: a confirmar (#58)

Jeremy Dale e Harrison Brix, sócios da JDX Racing, tinham intenção de disputar a temporada completa do USCC em 2014, mas já consideram a associação com a Snow Racing de Melanie e Madison Snow e também com a Wright Motorsports. Foi assim que o time apareceu no teste de pré-temporada em Daytona.

Konrad Motorsport
Carro: Porsche 911 GT America
Pilotos: a confirmar (#29)

Lá vem Franz Konrad novamente! O folclórico piloto e dono de equipe pretende competir pelo menos nas corridas mais longas do Tudor United SportsCar Championship com um Porsche 911 GT America. A equipe esteve presente nos testes recentes em Daytona com o próprio Konrad e também com Lance Willsey a bordo. Vamos ver se conseguirão reunir o budget necessário para a empreitada.

Extreme Speed Motorsports/SMP Racing
Carro: Ferrari F458 Italia
Pilotos: a confirmar (#72)

A equipe russa SMP Racing quer participar pelo menos das 24h de Daytona e para isso, Boris Rotemberg e seus pares estiveram na Flórida prospectando a associação com a Extreme Speed Motorsports para alinhar a Ferrari F458 Italia do time na abertura do Tudor United SportsCar Championship. Entre os prováveis pilotos estão Viktor Shaitar, Kyrill Ladygin e Mika Salo.

Esporte-Protótipos inesquecíveis: Alfa Romeo Tipo 33 (1967/77)

RIO DE JANEIRO – A série dos grandes Esporte-Protótipos já construídos na história do automobilismo volta com uma lenda que, por uma década, brilhou nas pistas mundo afora, inclusive aqui no Brasil. Os Alfa Romeo Tipo 33 desfilaram sua competência e conquistaram uma legião de fãs apaixonados pela marca do trevo de quatro folhas, que fez história no automobilismo com seus carros.

O primeiro projeto do Tipo 33 teve início em 1965. O engenheiro Carlo Chiti desenhou o protótipo que estreou como modelo oficial de fábrica numa prova de Subida de Montanha em Fléron, na Bélgica. Teodoro Zeccoli foi escalado para conduzir o bólido e venceu naquela oportunidade. O carro foi originalmente construído com motor V8 de 2 litros de capacidade cúbica, com 270 HP de potência.

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No World Sportscar Championship, o Mundial de Endurance, o Tipo 33 conseguiu um bom resultado nos 1000 km de Nürburgring, no Nordscheleife: 5º lugar, com Zeccoli e o parceiro Roberto Bussinello.

Em 1968, surgiu o modelo 33/2, que logo estreou com vitória nas 24 Horas de Daytona na classe para protótipos até 2 litros, com Udo Schütz/Nino Vaccarella – 5º lugar na classificação geral, derrotados apenas pelos Porsche 907 do time oficial do fabricante alemão e por um Mustang da Shelby Racing. Na lendária Targa Florio, Ignazio Giunti/Nanni Galli chegaram em segundo e Lucien Bianchi/Mario Casoni em terceiro.

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Nos 1000 km de Nürburgring, estreou a primeira versão da 33/2 com motor de 2,5 litros, para Udo Schütz/Lucien Bianchi, que terminaram em 7º lugar. E em Sarthe, na edição das 24 Horas de Le Mans excepcionalmente adiadas para o fim de setembro, os três T33/2 inscritos chegaram em quarto, quinto e sexto, com Giunti/Galli formando a melhor dupla da Autodelta na ocasião.

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Aqui no Brasil, um carro muito parecido com a T33/2 faria história: o modelo P33, inicialmente trazido ao país para a Feira da Bondade, acabou competindo por aqui graças ao desprendimento da lendária escuderia Jolly-Gancia. Foi o carro que catapultou José Carlos Pace, o Moco, ao estrelato. Ele e Marivaldo Fernandes, o Muriva, velho amigo, venceram o Campeonato Brasileiro de Automobilismo em 1969.

Naquele ano, a Autodelta sofreria um grande baque: após a estreia pouco auspiciosa da T33/3 com seu motor de 3 litros e 400 HP de potência nas 12 Horas de Sebring, Lucien Bianchi foi vítima fatal de um acidente nos treinos das 24 Horas de Le Mans. O belga guiaria o carro #19 e a esquadra italiana retirou-se oficialmente da competição. Não foi um ano dos melhores e a Alfa Romeo amargou um esquálido 7º lugar entre os construtores no Campeonato Mundial de Marcas.

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Apesar do domínio cada vez mais latente do Porsche 917 e da Ferrari 512, com poderosos motores de 12 cilindros e cinco litros, a T33/3 começaria bem melhor a temporada de 1970. Ausente em Daytona, a Alfa Romeo obteve um excelente 3º posto nas 12 Horas de Sebring, graças a Toine Hezemans/Masten Gregory. Após um modesto sétimo posto nos 1000 km de Monza com Nanni Galli/Rolf Stommelen, a equipe conquistaria como melhor resultado o 2º lugar nos 1000 km de Zeltweg, graças a Andrea de Adamich/Henri Pescarolo, que já conduziam a T33/3 versão 71.

No fim daquele ano, a Autodelta apareceria no Brasil para disputar a Mil Milhas – não ainda com a T33/3, mas sim com a P33 para Carlo Facetti/Giovanni Alberti, que chegaram em 3º lugar. Na Copa Brasil, o carro ficaria para o “Terror da Pampulha”, o mineiro Toninho da Matta, que dava seus primeiros passos em competições de grande porte, após impressionar com um Opala da equipe Motorauto. Mas o piloto demoliu a P33 num grande acidente em Interlagos, o que o afastaria por um bom tempo das pistas.

Entrementes, 1971 foi o melhor ano da Alfa Romeo até aquela data nas competições de Endurance. O trabalho árduo começava a render frutos e na classe dos Protótipos com mecânica até 3 litros de cilindrada cúbica, a T33/3 era quase imbatível. O ano começou com o 3º lugar nos 1000 km de Buenos Aires, com Rolf Stommelen/Nanni Galli, que ainda chegariam em segundo nas 12h de Sebring, atrás de Vic Elford/Gérard Larrousse.

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No dia 4 de abril, a glória: numa corrida marcada pela chuva, o carro #54 guiado por Andrea de Adamich/Henri Pescarolo deu à Autodelta a primeira vitória na classificação geral. A dupla completou 235 voltas no circuito de Brands Hatch, palco dos 1000 km BOAC, batendo a Ferrari 312 PB de Jacky Ickx/Clay Regazzoni por três voltas e o Porsche 917K de Jo Siffert/Derek Bell por quatro. Nos 1000 km de Monza, a corrida seguinte, a dupla chegaria em 3º lugar, mesmo resultado alcançado em Spa-Francorchamps.

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A Targa Florio, lendária corrida realizada na Sicília, teria a segunda vitória da Alfa Romeo no Mundial de Marcas de 1971, graças a Nino Vaccarella/Toine Hezemans – e em dobradinha, pois Andrea de Adamich/Gijs Van Lennep chegaram em segundo. Nos 1000 km de Nürburgring, de Adamich voltou a compor a dupla usual com Pescarolo e eles receberam a quadriculada em quarto lugar.

A Alfa Romeo fez forfait nas 24 Horas de Le Mans, mas apesar disso, os resultados continuavam excelentes. Hezemans/Vaccarella chegaram em 2º nos 1000 km de Zeltweg, com Stommelen/Galli em terceiro. E na corrida de encerramento do Mundial de Marcas, as 6h de Watkins Glen, Andrea de Adamich e Ronnie Peterson deram à Autodelta a terceira vitória na geral, mais uma vez superando os possantes carros de 5 litros. Como resultado, a marca italiana foi vice-campeã mundial com 51 pontos, atrás da Porsche.

Para 1972, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) mudou o regulamento técnico, banindo do Mundial de Marcas o Porsche 917 e a Ferrari 512. Por ter um carro praticamente “pronto”, a Alfa Romeo teoricamente era a favorita ao título daquele ano. O modelo T33/TT/3 (TT significa telaio tubolare em italiano – chassi tubular, em português) teria como rivais a 312 PB da Ferrari e os 908/02 e 908/03 da Porsche.

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A Alfa não teve chance alguma e logo de saída viu que a Ferrari teria o melhor conjunto do ano. O construtor de Maranello largou com vitória em Buenos Aires e Daytona – e a invencibilidade continuaria nas corridas seguintes. Com exceção das 24 Horas de Le Mans, onde a Matra deu as cartas, a Ferrari venceu TODAS as corridas e para a Autodelta restou um 2º lugar na Targa Florio, graças a Helmut Marko/Nanni Galli. Entre outros pilotos que guiaram a T33/TT/3 estavam Andrea de Adamich, Rolf Stommelen, Peter Revson, Nino Vaccarella e Vic Elford, por exemplo.

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Duas T33/3 foram vistas no Brasil naquele ano de 1972, para a disputa da maior edição da história dos 500 km de Interlagos. Marivaldo Fernandes guiou o carro alinhado pela Jolly e a Autodelta trouxe um carro para Teodoro Zeccoli/Giovanni Alberti, que correriam em dupla. Muriva conquistou um excepcional 4º lugar e a dupla italiana abandonou após percorrer 90 voltas. Duro dizer que a Alfa Romeo T33/3 ainda correu aqui no ano seguinte, mas com motor de… Ford Maverick V8!

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Não obstante, a Alfa Romeo também apareceu na série estadunidense Can-Am, com a equipe de Otto Zipper. Por três anos, de 1972 a 1974, Scooter Patrick pilotou a T33/3 e depois a T33/4, esta com motor 4 litros.

Em 1973, Carlo Chitti concebeu a evolução da T33/TT/3 com motor 12 cilindros flat e potência estimada em 500 HP, rebatizada de T33/TT/12. A Autodelta preferiu ausentar-se do Mundial de Marcas, desenvolvendo seu novo carro para a temporada seguinte. E até que o início foi muito bom: trifeta nos 1000 km de Monza, abertura do campeonato. Vitória de Arturo Merzario/Mario Andretti, seguidos por Jacky Ickx/Rolf Stommelen e Carlo Facetti/Andrea de Adamich.

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Daí para diante, só deu a Matra com seu modelo MS670C e a Autodelta não pôde fazer mais nada. Em Nürburgring e Imola, chegaram em 2º com Stommelen e o argentino Carlos Reutemann. Carlo Facetti/Andrea de Adamich fizeram o mesmo nos 1000 km de Zeltweg e foi tudo. A Alfa Romeo chegou apenas em 4º lugar no Mundial de Marcas. A Matra foi campeã invicta e o vice foi da Gulf-Mirage de John Wyer, com a Porsche na terceira posição.

Para o ano de 1975, a Alfa Romeo decidiu encerrar as atividades da equipe oficial, abdicando da disputa do Mundial de Marcas. Mas o esperto alemão Willy Kauhsen enxergou o óbvio: sem a Matra, o T33/TT/12 ainda era um carro que poderia conquistar vitórias e talvez títulos. O alemão conversou com os representantes da Autodelta e arrendou os protótipos do time para disputar a temporada como o time Alfa Romeo naquela temporada.

Kauhsen só se esqueceu de um pequeno detalhe: quando o campeonato começou para sua equipe em Mugello, na Itália, os carros de Arturo Merzario/Jacky Ickx e Henri Pescarolo/Derek Bell tinham o patrocínio da fábrica de salsichas Redlefsen. A turma caiu matando e a risada foi geral. Para muitos, era um acinte que os protótipos da marca italiana tivessem esse tipo de apoio financeiro.

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Em Dijon-Prenois, veio a primeira vitória, com Arturo Merzario/Jacques Laffite e em Monza, na quarta etapa, a dupla ganhou de novo, num carro já com o nome do time (WKRT) abreviado e estampado na carenagem. Quando chegou o apoio da Campari, a equipe decolou: Henri Pescarolo/Derek Bell venceram em Spa-Francorchamps, Zeltweg e Watkins Glen. Arturo Merzario venceu mais duas vezes, uma com Derek Bell e outra com Jacques Laffite, tornando-se o piloto mais vitorioso do time em 1975, com quatro triunfos.

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Com a pontuação máxima (140 pontos e 155 somados), a Alfa Romeo punha fim a sete anos de espera e conquistava um título mundial – o primeiro para a montadora desde a temporada de 1951 da Fórmula 1. A parceria com a WKRT foi desfeita após o fim do campeonato e a Autodelta reapareceria em 1976 apenas para os 500 km de Imola com seu “novo” carro: o T33/SC/12, com Vittorio Brambilla/Arturo Merzario. A dupla chegou em segundo lugar na ocasião.

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Com o SC de scatolato na sigla, o último Alfa Romeo Tipo 33 que disputou competições de Endurance participou do Mundial de 1977 com um motor que já atingira 520 HP de potência. E a marca italiana reinou absoluta: foi novamente campeã mundial numa temporada onde o “Gorila de Monza” Vittorio Brambilla venceu quatro vezes e o compatriota Arturo Merzario também levou a melhor em quatro oportunidades. O francês Jean-Pierre Jarier chegou a fazer parte da equipe e venceu duas vezes.

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E foi assim que, com mais um título mundial, agora entre os Esporte-Protótipos, de acordo com o regulamento vigente, a Autodelta e a Alfa Romeo puseram um ponto final à trajetória dos protótipos Tipo 33. O motor flat 12 do construtor já tinha, inclusive, outra utilidade: roncava desde 1976 nos chassis Brabham de Fórmula 1, num acordo costurado por Bernie Ecclestone.

AsLMS: catorze carros na última do campeonato

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RIO DE JANEIRO – A temporada 2013 do Asian Le Mans Series acaba no segundo domingo de dezembro em Sepang, na Malásia, encerrando um certame que reapareceu após quatro anos de ausência e sobreviveu bem às dificuldades. O número de inscritos chegou a ser sofrível em duas corridas, mas melhorou bastante quando o certame fez uma prova coligada com o Super GT e houve 20 carros naquela ocasião, em Fuji.

Para a corrida final, os organizadores conseguiram fazer um bom trabalho e praticamente dobraram a média de carros do ano. Serão 14 bólidos na pista malaia para a disputa do evento, com 3 horas de duração.

A classe LMP2, que assistiu a uma luta polarizada entre KCMG e OAK Racing durante as três etapas anteriores, verá um terceiro carro inscrito: o #27 da escuderia Craft Racing, de Hong Kong. Porém, a equipe de Paul Ip lidera o campeonato com 68 pontos, quatro à frente da escuderia de Jacques Nicolet. A KCMG, que andou com o Oreca da Murphy Prototypes – que em Sepang estará com a Craft – em Zhuhai, na China, terá a volta do seu Morgan Nissan na corrida derradeira.

Na LMGTE, o Team Taisan Ken Endless não estará sozinho: a AAI-Rstrada, que vinha alinhando duas McLaren MP4-12C GT3 na divisão LMGTC, alinhará um Porsche para Morris Chen/Marco Seefried/Ryohei Sakaguchi. O que não altera de forma alguma a cotação do dólar: a equipe japonesa já faturou o título, com 78 pontos somados nas três etapas anteriores.

A LMGTC vem com seis inscrições: as novidades são um segundo Aston Martin Vantage para a Craft Racing; a estreia da Clearwater Racing com Mok Weng Sun e Toni Vilander a bordo; e a inscrição de uma BMW Z4 GT3 pela escuderia AAI-Rstrada. A AF Corse, mais uma vez com Steve Wyatt/Andrea Bertolini/Michele Rugolo, lidera a competição com 69 pontos contra 42 da Craft Racing. Título, portanto, já decidido.

Completam a lista de participantes três Lamborghini Gallardo que comporão a classe LMGTC-AM, com quatro pilotos malaios, três de Formosa e outro do Sri Lanka – além de um italiano, a bordo dos bólidos de Sant’Agata.

Confira a lista completa:

LMP2

#18 KCMG HKG
Morgan Nissan LMP2
James Winslow/Tsugio Matsuda

#24 OAK RACING FRA
Morgan Judd LMP2
Ho-Pin Tung/David Cheng

#27 CRAFT RACING HKG
Oreca 03 Nissan
Jun Jin Pu/Dan Polley/Richard Bradley

LMGTE

#35 TEAM AAI-RSTRADA TPE
Porsche 911 (997) GT3 RSR
Marco Seefried/Morris Chen/Ryohei Sakaguchi

#70 TEAM TAISAN KEN ENDLESS JPN
Ferrari F458 Italia
Naoki Yokomizo/Shogo Mitsuyama/Akira Iida

LMGTC

#007 CRAFT RACING AMR HKG
Aston Martin Vantage V12 GT3
Keita Sawa/Stefan Mücke

#009 CRAFT RACING AMR HKG
Aston Martin Vantage V12 GT3
Darryl O’Young/Frank Yu/Tomonobu Fujii

#33 CLEARWATER RACING MAL
Ferrari F458 Italia GT3
Mok Weng Sun/Toni Vilander

#37 BBT CHN
Lamborghini Gallardo LP560-4 GT3
Anthony Liu/Davide Rizzo/Fabio Babini

#77 AF CORSE ITA
Ferrari F458 Italia GT3
Steve Wyatt/Michele Rugolo/Andrea Bertolini

#91 TEAM AAI-RSTRADA TPE
BMW Z4 GT3
Jun San Chen/Takeshi Tsuchiya/Tatsuya Tanigawa

LMGTC-AM

#36 GAMA RACING TPE
Lamborghini Gallardo
Han Lin/Michael Huang/Hanss Lin

#69 TEAM PRIMEMANTLE AYLEZO MAL
Lamborghini Gallardo
Zen Low/Dilantha Malagamuwa/Giorgio Sanna

#96 MIKE RACING MAL
Lamborghini Gallardo
Michael Chua Kian Keng/Rick Cheang Wan Chin/Joseph Chua Tian Song

Na íntegra: Taça City of Dreams de GT em Macau

RIO DE JANEIRO – Mais um vídeo do fim de semana de corridas no Circuito da Guia, em Macau. Após a 47ª edição do GP de Macau de Motociclismo, o leitor e a leitora do blog poderão assistir à Taça City of Dreams de GT, corrida vencida pelo italiano Edoardo Mortara e que valeu como a última etapa do Asiático de Grã-Turismo. Confiram!

Silly season USCC 2014: equipes de protótipos (atualizado)

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RIO DE JANEIRO – Passados os primeiros testes de pré-temporada do Tudor United SportsCar Championship em Sebring e Daytona, onde houve dois acidentes preocupantes para a IMSA e para o fabricante de pneus Continental, único fornecedor para os carros de praticamente todas as classes – exceto a GT Le Mans – o panorama de participação das equipes para a próxima temporada começa a se desenhar. Vamos então atualizar a situação dos inscritos e como estão distribuídas as formações para 2014.

Classe Prototypes

Equipes confirmadas:

Wayne Taylor Racing
Carro: Corvette DP
Pilotos: Jordan Taylor/Ricky Taylor (#10)

O time campeão da DP na última temporada da Grand-Am segue envolvido no novo certame USCC com um carro, o Corvette DP. Além da adaptação do protótipo ao regulamento técnico, a equipe tem uma novidade: a volta de Ricky Taylor para formar dupla ao lado do irmão Jordan. Max Angelelli só disputará as provas do North American Endurance Challenge (NAEC) com os filhos do proprietário do time.

Chip Ganassi Racing
Carro: Ford EcoBoost Riley DP
Pilotos: Scott Pruett/Memo Rojas Jr. (#01)

A equipe de Chip Ganassi Racing, maior vencedora da história da Rolex Sports Car Series, terá mudanças substanciais em 2014. O time deve anunciar um pacote técnico novo, vindo um protótipo Riley DP remodelado e com o novo motor Ford EcoBoost V6 Turbo. Será mantido o esquema com um protótipo a tempo inteiro para Scott Pruett e Memo Rojas Jr. e um segundo carro deve aparecer nas corridas longas do North American Endurance Challenge.

Spirit of Daytona Racing
Carro: Corvette DP
Pilotos: Richard Westbrook/Michael Valiante (#90)

Troy Flis confirmou a participação de sua escuderia com o Corvette DP atualizado para o novo regulamento e uma nova dupla de pilotos, formada por Richard Westbrook e Michael Valiante. Um terceiro nome será contratado para as corridas de maior duração do USCC.

Action Express Racing
Carro: Corvette DP
Pilotos: João Barbosa/Christian Fittipaldi (#5) e a confirmar (#9)

A Action Express deve voltar em 2014 no USCC, a princípio com dois Corvette DP. Mas não está descartada a possibilidade do time optar por um carro apenas a tempo inteiro e o segundo entrando nos eventos pré-selecionados do NAEC, com os irmãos Brian e Burt Frisselle a bordo. João Barbosa e Christian Fittipaldi formarão mais uma vez a dupla principal. Sébastien Bourdais assinou para competir as provas de Endurance.

Marsh Racing
Carro: Corvette DP
Pilotos: Eric Curran e Boris Said (#31)

Migraram da antiga divisão GT da Rolex Sports Car Series para os DPs da classe Prototypes do novo USCC, adquirindo um chassi Corvette DP (Coyote) da equipe Spirit of Daytona. O time de Ted Marsh terá Eric Curran e Boris Said a bordo, com um terceiro nome a ser definido para os eventos de longa duração do certame.

Extreme Speed Motorsports
Carro: HPD ARX-03b LMP2
Pilotos: Ryan Dalziel/Scott Sharp (#1) e Johannes van Overbeek/Ed Brown (#2)

Única equipe até aqui confirmada com protótipos LMP2, a ESM apresenta como novidade a contratação de Ryan Dalziel, que deixa de colaborar com a Starworks e a SRT Motorsports, como aconteceu neste ano. O escocês formará dupla com Scott Sharp no primeiro dos dois HPDs do time – que segue com o apoio da Tequila Patrón em 2014. Ed Brown e Johannes van Overbeek seguem no segundo carro. Três pilotos já assinaram para as corridas longas: o australiano David Brabham, o francês Simon Pagenaud e o veterano estadunidense Anthony Lazzaro.

Mike Shank Racing
Carro: Ford EcoBoost Riley DP
Pilotos: Oswaldo Negri/John Pew (#60)

A questão financeira definiu o futuro da Mike Shank Racing no novo certame USCC. A equipe optou por conter custos e vai com um carro apenas para a temporada 2014, dotado do novo motor Ford EcoBoost V6 Turbo, muito elogiado pelo brasileiro Oswaldo “Ozz” Negri, que permanece tendo como escudeiro o estadunidense John Pew. Outros nomes serão designados para as corridas de longa duração.

DeltaWing Racing Cars
Carro: DeltaWing DW13 Elan Coupé
Pilotos: Katherine Legge/Andy Meyrick (#0)

A equipe liderada por David Price já trabalha no DeltaWing equipado com os pneus Continental, obrigatórios pelo regulamento do USCC. O estranho carro, que ficou mais estranho ainda com a conformação Coupé, poderá ter mais de uma unidade nas pistas em 2014. Por enquanto, será um só – para Katherine Legge/Andy Meyrick.

SpeedSource Engineering
Carro: a definir, com motor Skyactiv-D
Pilotos: a definir

Em 2014, o Tudor United SportsCar Championship verá a volta da Mazda aos protótipos num esquema oficial atrelado à escuderia SpeedSource de Sylvain Tremblay. Serão dois chassis LMP2 – ainda não definidos – com motor Skyactiv-D 2,2 litros turbodiesel. O time não confirmou ainda os pilotos que farão parte da campanha do time no próximo ano.

Equipes a confirmar:

Conquest Endurance
Carro: a definir
Pilotos: a definir

Forçada a deixar as pistas em 2013 após competir com um Morgan LMP2 na ALMS durante o ano passado, a Conquest Racing do belga Eric Bachelart planeja seu regresso às pistas na próxima temporada. Têm como opções os chassis Oreca, Morgan ou Zytek para andar com um motor Nissan V8. Como “plano B”, a equipe poderá só aparecer nos eventos pré-selecionados do NAEC.

Pecom Racing
Carro: Oreca 03 Nissan LMP2
Pilotos: a definir

O time do argentino Luis Perez-Companc pode optar por disputar o USCC inteiro ou apenas as principais provas longas (Daytona, Sebring e Petit Le Mans) do NAEC. A decisão de trocar o WEC pelo certame estadunidense ainda não foi tomada.

8Star Motorsports
Carro: Corvette DP ou um protótipo LMP2 a definir
Pilotos: a definir

A escuderia do venezuelano Enzo Potolicchio deve rever seus esforços no USCC por questão de custos. O time estuda a possibilidade de se concentrar só na categoria PC ou então alinhar um carro apenas – e não dois – na divisão Prototypes, podendo ser um Corvette DP apenas ou um carro dentro do regulamento técnico LMP2. No teste em Daytona, a brasileira Bia Figueiredo conheceu o carro do time sediado em Pompano Beach, dividindo-o com o colombiano Gustavo Yacamán, com bom desempenho.

Starworks Motorsport
Carro: a definir
Pilotos: a definir

Outra escuderia cuja participação está em dúvida pela questão financeira e pelo custo alto de transformação dos atuais DPs dentro do novo Balance of Performance para o USCC, a Starworks de Peter Baron cogita a hipótese de executar o seu programa com um protótipo LMP2, de custo menos elevado. E não está descartada a passagem para os Oreca da classe PC, a tempo inteiro.

Dyson Racing
Carro: a definir
Pilotos: a definir

O time de Rob e Chris Dyson gostaria de efetuar uma associação com uma escuderia e competir no USCC com um protótipo LMP2. Por enquanto, tudo isso não passa de especulação e as dúvidas acerca da participação da equipe em 2014 continuam grandes.

Project Libra
Carro: Radical SR9 Ford Roush Yates
Pilotos: Robbie Kerr/Nicolas de Crem (#15)

Mais uma vez a perserverante equipe Project Libra reaparece para mais uma tentativa de oferecer um mínimo de competitividade ao chassi Radical SR9 construído na Inglaterra e montado com um motor Ford Yates V6 3,2 litros biturbo. O carro esteve presente aos testes em Sebring e Daytona, com resultados dentro das pífias expectativas de um conjunto até hoje fraco. Os pilotos foram Robbie Kerr e o belga Nicolas de Crem.

Delta-ADR
Carro: Oreca 03 Nissan LMP2
Pilotos: a confirmar

Após fechar um acordo com o fundo Millenium Development, do Oriente Médio, a Delta-ADR garantiu sua participação no WEC em 2014 com dois carros, além de apresentar um ambicioso plano de expansão de atividades, com a presença da equipe em algumas provas pré-selecionadas do Tudor United SportsCar Championship – alinhando, claro, um Oreca Nissan LMP2. Contudo, poderão correr somente em Daytona, na abertura do NAEC e da temporada completa, em parceria com a Action Express, dando suporte e pilotos para o Corvette DP #9 do time estadunidense. A conferir.

Equipes que vão disputar apenas o NAEC:

Gainsco/Bob Stallings Racing
Carro: Corvette DP
Pilotos: Alex Gurney/Jon Fogarty (#99)

Para tristeza dos fãs do “Red Dragon”,  o carro da Gainsco/Bob Stallings não participará de toda a temporada do USCC em 2014. A equipe decidiu por um calendário reduzido de provas, concentrando nas etapas do NAEC – Daytona, Sebring, Watkins Glen e Petit Le Mans. Considera-se a presença na corrida “caseira” do time de Bob Stallings em Austin, no Texas. Jon Fogarty e Alex Gurney estão confirmados ao volante do Corvette DP. Darren Law e Memo Gidley vão colaborar com o time, pelo menos na abertura do campeonato.

Highway To Help
Carro: BMW Dinan Riley DP
Pilotos: Jim Pace/Byron Defoor (#50)

A equipe apadrinhada pelo roqueiro Brian Johnson, vocalista da lendária banda AC/DC, deve aparecer pelo menos nas corridas do North American Endurance Challenge, com o suporte da Alegra Motorsports. Nos testes em Daytona, o carro foi visto com Jim Pace e Byron Defoor a bordo. Outros nomes devem participar na abertura do campeonato no fim de janeiro de 2014, caso a inscrição da Highway To Help, que lidera uma campanha de arrecadação de fundos para combater o Mal de Alzheimer, seja aceita.

OAK Racing
Carro: Morgan Nissan LMP2
Pilotos: a confirmar

O time francês capitaneado por Jacques Nicolet apresentou formalmente suas intenções em disputar as 24 Horas de Daytona e as 12 Horas de Sebring, pelo menos, com até dois protótipos Morgan Nissan LMP2. A situação logística do time, uma vez que os carros estão a caminho do Bahrein para a última prova do WEC, deve implicar na decisão de disputar – ou não – as primeiras corridas longas do ano. A IMSA também precisa dar seu aval para que a OAK Racing possa participar em Daytona e Sebring.

Greaves Motorsport
Carro: Zytek Z11SN Nissan LMP2
Pilotos: a definir

O time britânico capitaneado por Jacob Greaves estudava a possibilidade de ingressar no USCC em 2014 com um protótipo LMP2, o Zytek Z11SN com motor Nissan, mas os planos foram por água abaixo, pois os pilotos que cacifariam suas vagas no time não estão satisfeitos com o regulamento técnico do Tudor United SportsCar Championship. A equipe sequer disputará as 24h de Daytona e só será vista, se a IMSA permitir, em Sebring. Por enquanto…

Classe Prototype Challenge

Equipes confirmadas:

CORE Autosport
Carro: Oreca FLM09 Chevrolet
Pilotos: a confirmar (#05)

A escuderia de Jonathan Bennett deve dar continuidade ao seu projeto com os Prototype Challenge, tal qual fazia na ALMS, desta vez no USCC, com um único carro. O próprio Bennett candidata-se para ser um dos pilotos. Tom Kimber-Smith e Colin Braun estão cotados.

PR1/Mathiasen Motorsports
Carro: Oreca FLM09 Chevrolet
Pilotos: a confirmar (#52)

O time de Bobby Oergel tem planos de alinhar dois protótipos Oreca FLM09 no próximo ano, uma vez que após muito esforço, conseguiram adquirir um segundo chassi. Mas com um teto de 10 carros para esta classe em 2014, pode ser que tudo tenha sido em vão. Caso não tenham possibilidade de pôr dois bólidos na pista, permanecerão com um só no ano que vem.

BAR1 Motorsports
Carro: Oreca FLM09 Chevrolet
Pilotos: a confirmar

A BAR1 Motorsports vive a expectativa de tentar repetir em 2014 no USCC o bom desempenho alcançado neste ano na ALMS. O time chefiado por Brian Alder correu com dois carros na extinta LMPC na última temporada e teve ótimo desempenho, especialmente com o duo formado por Chris Cumming e Kyle Marcelli. Contudo, a escuderia já entrará no próximo ano desfalcada: Cumming fechou com a RSR Racing e Marcelli vai andar de Porsche, na Mühlner Motorsports America.

RSR Racing
Carro: Oreca FLM09 Chevrolet
Pilotos: Bruno Junqueira/Duncan Ende (#09) e Chris Cumming/Gustavo Menezes

A RSR Racing, de John e Paul Gentilozzi, confirmou que disputa a próxima temporada do Tudor United SportsCar Championship com dois carros. O brasileiro Bruno Junqueira está mantido ao lado de Duncan Ende e o francês Tristan Vautier, sem lugar – por enquanto – na Fórmula Indy, já assinou para as provas do NAEC. O segundo carro está praticamente certo para Chris Cumming e Gustavo Menezes – que apesar do nome bem tupiniquim é nascido em Coto de Caza, na Califórnia, tendo construído toda sua carreira de kartista e piloto de competição nos EUA. Neste ano, ele chegou em 4º lugar no Campeonato Alemão de Fórmula 3.

Performance Tech Motorsports
Carro: Oreca FLM09 Chevrolet
Pilotos: Charlie Shears/a confirmar (#38)

Após uma boa temporada em 2013, a Performance Tech Motorsports tem planos mais ambiciosos para o próximo ano no USCC. A escuderia chefiada por Brent O’Neill permanece com um único carro e apenas Charlie Shears está confirmado. Nos testes de pré-temporada, a equipe deu chance a Jon Brownson e trouxe de volta Jarrett Boon e o brasileiro Rafa Matos, bastante cotado para correr pelo menos nas 24h de Daytona por sua experiência no circuito e pelas boas relações que construiu com o time.

Muscle Milk Pickett Racing
Carro: Oreca FLM09 Chevrolet
Pilotos: Steven Doherty/Brian Heitkötter (#12)

A Muscle Milk Pickett Racing deu uma guinada radical em seus planos para 2014 e vai disputar o Tudor United SportsCar Championship – por enquanto – apenas na divisão Prototype Challenge, com um carro apenas. Brian Heitkötter e Steven Doherty foram os pilotos que treinaram em Sebring, mas podem haver mudanças na formação do time até antes do início do campeonato, em Daytona.

8Star Motorsports
Carro: Oreca FLM09 Chevrolet
Pilotos: Enzo Potolicchio/Sean Rayhall (#25)

Têm planos de fazer a temporada do USCC na divisão principal também, a exemplo da Prototype Challenge, porém se houver problema com relação a orçamento, a chance de concentrarem esforços na PC é bastante grande. Fizeram ótima estreia com o carro Oreca FLM09 na última corrida da ALMS, em Road Atlanta, com participação do brasileiro Oswaldo Negri. O jovem Sean Rayhall deve disputar todo o campeonato em 2014 ao lado do piloto-patrão Enzo Potolicchio.

Level 5 Motorsports
Carro: Oreca FLM09 Chevrolet
Pilotos: a confirmar

Scott Tucker tinha comprado três novos chassis Oreca FLM09 para regressar à classe onde sua escuderia começou as atividades na extinta American Le Mans Series. E mesmo cogitando entrar na LMP1 do WEC em 2014, o piloto-patrão confirmou a intenção de inscrever dois carros para o campeonato completo do Tudor United SportsCar Championship. A equipe entra na competição no próximo ano com o esquema “Customer Client”.

Equipes a confirmar:

Starworks Motorsport
Carro: Oreca FLM09 Chevrolet
Pilotos: Isaac Tutumlu/a definir (#7)

A exemplo da 8Star Motorsports, o time de Peter Baron ressente-se de restrições orçamentárias para definir onde concentrará esforços no USCC em 2014. Caso seja gorada a hipótese de envolvimento na divisão principal do certame, poderão investir pesado na PC. Estrearam com um carro desta divisão no COTA, em Austin, com bom desempenho. O espanhol de origem curda Isaac Tutumlu já é o primeiro piloto confirmado para o ano que vem.

JDC-Miller Motorsports
Carro: Oreca FLM09 Chevrolet
Pilotos: a definir

Oriunda das competições do certame Cooper IMSA Lites Prototype Championship e do estado de Minnesota, a JDC-Miller Motorsports tem planos de disputar a primeira temporada do Tudor United SportsCar Championship com um carro na classe PC. Deverão começar sua campanha no certame de 2014 apenas em março, nas 12 Horas de Sebring.

Woodard Racing Organisation
Carro: Oreca FLM09 Chevrolet
Pilotos: a definir

A escuderia britânica de Daniel Woodard tem pretensões de disputar a temporada completa do USCC com pelo menos um carro. Estão prospectando patrocinadores para fechar o orçamento e devem divulgar os planos de participação no certame muito em breve.

Direto do túnel do tempo (145)

1470290_10200495452668703_337855125_nRIO DE JANEIRO – Dois monstros das pistas numa foto que une o então campeão mundial de Fórmula 1 Emerson Fittipaldi com um dos maiores mitos do automobilismo: o lendário Porsche 917/10, cuja potência chegou a ser aferida em 1.100 HP nos tempos da Série Can-Am.

Aqui, o brasileiro guia o carro #1 do time de Willy Kauhsen (WKRT) – patrocinado pelas salsichas Redlefsen –  numa prova da Intersérie no circuito de Nürburgring, em 1974. Emerson fez a pole position com o Porsche, no tempo de 7’34″3 mas na corrida acabou em 6º lugar. O vencedor, após oito voltas, foi Helmut Kelleners, num McLaren M20 Chevrolet da Felder Racing. Herbert Müller, que conquistaria o título ao fim daquele campeonato, foi o segundo a bordo do Porsche 917/30 do Martini International Racing Team e a terceira posição foi de Reinhold Joest, num Porsche 908/03.

Na época, o manager do brasileiro era o jornalista português Domingos Piedade, que militou muito tempo na Alemanha e tinha enorme conhecimento com as equipes do país, de forma que não foi difícil convencer Willy Kauhsen a ceder um carro para Fittipaldi competir.

Há 39 anos, direto do túnel do tempo.

 

Coisa de louco

RIO DE JANEIRO – Existem duas corridas onde o nível de insanidade dos pilotos atinge o ápice quando se fala de motociclismo. A primeira, claro, é o Tourist Trophy da Ilha de Man, onde se acelera em estradas perigosíssimas a mais de 200 km/h. Mas há uma concorrente à altura: o Macau Motorcycles Grand Prix.

A prova, disputada neste ano em sua 47ª edição, reuniu vinte e nove competidores que se arriscaram pelos 6,12 km do Circuito da Guia, acelerando suas máquinas ladeados o tempo inteiro pelos guard rails. Um simples erro e adeus corrida.

Entre os inscritos estavam dois pilotos com passagem pelo Mundial de Motovelocidade na antiga classe 500cc. John McGuinness, do alto de seus 41 anos de idade, já soma 20 triunfos no TT da Ilha de Man. O outro veterano das pistas, também já com 41 anos, é Michael Rutter, que esteve na categoria-rainha em 1999 e faturou o GP de Macau nada menos que oito vezes – recorde absoluto.

Só que desta vez, não deu para os dois “velhos de guerra”. Outro britânico, Ian Hutchison, fez a festa dessa vez numa corrida interrompida antes do previsto, graças a uma bandeira vermelha em decorrência de um acidente – aparentemente sem muita gravidade. Acompanhe a corrida no vídeo abaixo e veja o que é a loucura de correr numa pista feito a de Macau.