E lá vamos nós…

RIO DE JANEIRO – Muito bem: é hora da bandeira quadriculada para o A Mil Por Hora.

Não… o blog NÃO encerrou sua trajetória. Muito pelo contrário: estamos iniciando, a partir de hoje, 9 de maio, uma nova fase.

O blog passa a fazer parte do leque de opções do Grande Prêmio, para o qual já escrevo colunas desde março. Será um prazer e uma honra fazer parte também com o blog do timaço comandado pelo Flavinho Gomes e pelo Victor Martins.

Conto com a valiosa audiência de todos vocês para alavancar ainda mais um espaço que, em menos de dois anos, somou 1,7 milhão de pageviews, sem estar vinculado a nenhum portal. A força de vocês foi fundamental para essa marca expressiva. E isso não tem preço.

Então, convido todos vocês a acessar o novo A Mil Por Hora, clicando neste link. O conteúdo que aqui estava, foi migrado para lá, na íntegra. Aos poucos, vamos afinando pequenos detalhes que ainda não foram corrigidos. Mas é questão de tempo.

Obrigado a todos, mais uma vez!

Surpresa

RIO DE JANEIRO – O artigo foi escrito em 24 de abril mas só hoje, dando uma fuçada no Google, terminei por descobrir que um blog de uma disciplina da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), cidade do interior do Paraná, teceu os mais rasgados elogios ao A Mil Por Hora.

O texto escrito por Daniel Schneider diz que o blog é uma ótima opção para acompanhar e conhecer novas séries de corridas. Não à toa, o total de pageviews ultrapassou a casa de 1,7 milhão nesta quarta-feira e com certeza os números chegarão a 2 milhões ainda antes do fim do ano.

Fico surpreso, agradecido e envaidecido porque o A Mil Por Hora virou alvo da matéria Crítica de Mídia, do 2º ano do curso de jornalismo da UEPG. São situações como esta que fazem valer a pena manter esse espaço.

Feliz Ano Novo

943257_3117459153455_325242005_nRIO DE JANEIRO – A foto acima é do dia que marcou um turning point na minha vida.

Era 6 de maio de 2013, uma segunda-feira. Cinco meses e meio depois de ser mandado embora do antigo emprego, assim fui para o primeiro dia de Fox Sports. O primeiro dia do resto de uma vida que, creiam, é muito melhor em qualidade do que antes.

365 dias passaram rápido, até demais. O tempo é sábio e, embora algumas mágoas ainda permaneçam, tenho certeza que o melhor ainda está por vir. Fico feliz por saber que ainda existem pessoas que acreditam em mim e nesse período de um ano, soube corresponder à confiança dos meus colegas e dos meus superiores no meu novo desafio.

Agradeço de coração aos que torceram e, principalmente, ao pessoal do Fox Sports que me acolheu tão bem e me fez sentir em casa. E maio, um mês especial em muitos sentidos, marca também o 11º aniversário de minha trajetória como comentarista de automobilismo. Só tenho motivos para comemorar.

Feliz Ano Novo! Torcemos juntos!

Loucura radical!

RIO DE JANEIRO – Bem que o xará Rodrigo Henrique, via Facebook, avisou: “Você vai pirar com esse vídeo”. Não é a especialidade do blog, mas o que o cidadão chamado Jon Olsson faz com um supercarro, o Rebellion R2K, com 600 HP de potência, na neve, é absurdo.

Olsson, que é sueco e especialista em provas radicais de esqui na neve, acelera morro acima um carro que tem valor de venda de € 500 mil, ou seja, mais de R$ 1,5 milhão. Tentem imaginar um bólido de 600 HP e uma tonelada subindo uma montanha cheia de neve. Pois foi exatamente o que ele fez.

Não foi por falta de aviso

10178340_10201542738838821_1559983024_nRIO DE JANEIRO – Foi para isso que destruíram o Autódromo de Jacarepaguá? Para não ter nada no terreno do chamado “Parque Olímpico”? Para mostrar que o Rio e o Brasil não têm capacidade NENHUMA de promover uma Olimpíada, a ponto do COI ter que intervir diante dos atrasos cada vez mais injustificáveis?

Só quero ver se algum leitor vai dizer que isto aqui é fanfarronice ou sensacionalismo, pois avisamos há anos que isto não iria dar certo e as consequências para o país e para o esporte como um todo serão seriíssimas.

Fanfarrão é o prefeito Eduardo Paes, que diz com a cara mais lavada que “tudo será feito a tempo”. Sabe-se desde 2010 que o Rio seria a sede dos jogos. Quatro anos se passaram. Faltam pouco mais de dois, agora. E nada foi feito de relevante.

Agradeço ao amigo Diego Ximenes pelo envio do print da matéria, capa do jornal O Globo desta sexta-feira, 11 de abril.

Sem notícias, sem melhoras

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RIO DE JANEIRO – Vamos chegar a três meses desde o infausto acidente de esqui de Michael Schumacher nos últimos dias de dezembro do ano passado e o estado do heptacampeão mundial de Fórmula 1 não teve nenhum sinal de melhora. Muito menos qualquer tipo de notícia acerca de seu estado de saúde. Para todos os efeitos, o alemão de 45 anos continua em coma induzido no hospital no qual está internado, em Grenoble, na França, desde o ocorrido em Méribel, na região dos Alpes daquele país.

Uma coisa incomoda não só a mim como a todo mundo que acompanha o drama. Esse silêncio que aumenta os rumores de que há algo muito ruim por vir. A assessora de imprensa de Schumacher, Sabine Kehm, faz a parte dela, filtrando informações e, talvez, omitindo fatos do público em geral. É o papel que ela, fiel escudeira do alemão, tem que desempenhar nesses momentos duros, até porque a família certamente ficou incomodada com muitas besteiras escritas na imprensa, com o disse-me-disse e a boataria que tomou conta do noticiário.

Mas, por outro lado, ficamos órfãos de notícias que nos digam o que realmente está acontecendo com Michael Schumacher. E esse silêncio, que já dura pelo menos duas semanas desde o último comunicado, não é um bom sinal.

Li n’O Globo, salvo engano, que ele teria perdido cerca de 25% do peso do seu corpo desde a internação. É bem possível que isso tenha acontecido. Três meses sem reação, sem movimentos, sem atividade física de nenhuma espécie provocam realmente a queda de massa corpórea e, por consequência, do peso do paciente. Supondo que Schumacher estivesse com 77 kg, mantendo o peso de antes da aposentadoria, já que sempre foi preocupado com a forma física, o peso do alemão estaria na faixa de 57 kg.

É uma informação preocupante. E mais preocupante ainda é a recente declaração do médico oficial da Fórmula 1 entre 2005 e 2012, o dr. Gary Hartstein. Em seu blog, numa postagem intitulada Odds and Ends, o médico acha que o terreno está sendo preparado para o que os fãs de Schumacher jamais gostariam de ouvir.

“Eu sempre soube que Michael era adorado. Passei anos em circuitos tomados pela cor vermelha de bonés, bandeiras e camisetas da Ferrari. Ainda estou sensibilizado pela persistência do amor de seus fãs para ele. E, enquanto ficava preocupado sobre o que vai acontecer quando, e se, as notícias muito ruins forem anunciadas, percebi que a falta de atualizações no quadro clínico também pode ser uma chance para começarmos a nos despedir dele. E acho que este é o “benefício” inesperado da estratégia de mídia escolhida pela família de Michael. De alguma forma, acho que os fãs vão ficar bem, porque eles estão tendo tempo para processar tudo isso.”

Diante de tudo isso, só nos resta esperar. E torcer. Sempre achei que por sua condição privilegiada de esportista, Schumacher sairia bem desta. Mas pelo visto o quadro é profundamente desalentador. As lesões, as cirurgias e as consequências de tudo isto podem nos trazer um homem diferente daquele que nos acostumamos a conhecer dentro e fora das pistas.

Ou então teremos que ficar, para sempre, com as imagens que hoje são história e poderão ser memória.

Há algo podre no reino olímpico…

1393578_731388743558291_1314725608_nRIO DE JANEIRO – Foto enviada pelo parceiro Diego Ximenes, que mostra o terreno do antigo Autódromo de Jacarepaguá, dois anos antes dos Jogos Olímpicos de 2016, totalmente devastado e sem absolutamente nada erguido. Cabe lembrar que o circuito foi extinto sob a desculpa de construção do Parque Olímpico e posterior especulação imobiliária do terreno, mais valorizado do que nunca por estar num zoneamento hoje pertencente à Barra da Tijuca, graças ao prefeito maluquinho Cesar Maia, autor da mudança por decreto municipal.

O Comitê Olímpico Internacional não deve estar nem um pouco satisfeito com o que (não) tem visto. Não deve e nem pode. Ninguém cumpre com suas obrigações e ninguém tem palavra. Basta lembrar do que foi dito sobre um circuito substituto da pista desativada e que funcionava exatamente aí como mostra a foto. O automobilismo carioca e brasileiro caiu no conto da carochinha.

O jornal O Globo traz a matéria assinada por Gilberto Scofield Jr. ressaltando a insatisfação tremenda do COI com União, estado e prefeitura, tudo de uma vez. E fica a pergunta:

Será que o COI realmente tinha ideia com quem estava se metendo?

No Grande Prêmio

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RIO DE JANEIRO – Amigos leitores do blog, é com grande alegria que informo a todos o seguinte: a partir deste domingo, 16 de março, assino uma coluna semanal para o site Grande Prêmio, do companheiro de trabalho Flavio Gomes e sua equipe, capitaneada pelo Victor Martins.

É o tipo de convite que não se pode recusar e junto-me a essa turma para somar e agregar mais conteúdo aos leitores do site, que é um dos mais visitados do país no quesito automobilismo.

O texto de apresentação da novidade no facebook me chama de crítico e incisivo. Que bom. Talvez falte mesmo um pouco de voz crítica no jornalismo esportivo e automobilístico e também que umas verdades sejam ditas, mesmo que alguns egos sejam retalhados pelo caminho.

Sintomático também que isto aconteça perto do que seria o aniversário de uma figura que muito me encaminhou para o que me tornei como jornalista. Ao cara que me mostrou o que é Fórmula 1, o que é automobilismo, comprando torrentes de exemplares de Quatro Rodas e Auto Esporte, nos bons tempos de ambas as revistas, o meu sincero e eterno agradecimento.

Pai, muito obrigado por tudo! Onde você estiver, tenho certeza que está feliz.

Mais um recorde

RIO DE JANEIRO – Logo no comecinho deste domingo, 9 de março, pouco mais de um ano e três meses após o primeiro post, o blog A Mil Por Hora atinge mais uma marca recorde.

1,5 milhão de pageviews.

E o que tenho a comemorar? Tudo.

Sim, eu sei que esse 1,5 milhão de pageviews financeiramente não me representou nada ainda. Lembro do quanto tentei apelar para o potencial do blog em vista de possíveis anúncios para ajudar enquanto eu estivesse desempregado. Não foi preciso ajuda, porque o $ para pagar minhas contas nunca faltou. Cheguei a desanimar, mesmo. Mas estamos aí, na luta.

Vou ser repetitivo: agradeço demais a todos os que vêm aqui, deixam seus comentários – alguns respondidos, outros não – e os seus cliques, que motivam a fazer mais e melhor. Sei que por vezes fui grosseiro com alguns leitores – é que detesto ter que dar explicações sobre acontecimentos que fogem à minha alçada, vide o episódio do Fox Sports 2 ainda ausente de algumas das principais operadoras – o que já foi parcialmente minimizado, pois o canal já está na NET e na Claro TV.

Tirando esses pequenos aborrecimentos, é claro que estou feliz com a marca atingida. É sinal de que algum prestígio isto aqui tem. Pode não ser o melhor blog de automobilismo, mas tenho feito o possível e às vezes o impossível para que seja um dos melhores.

Obrigado a vocês pelos números expressivos. Rumo a 2 milhões!

Escândalo: caminhão de assistência do Rali Dakar traficava cocaína

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RIO DE JANEIRO – Um caminhão de assistência do Rali Dakar foi usado para tráfico de drogas. O veículo da equipe espanhola Epsilon foi detido na França, no porto de Le Havre, no Canal da Mancha, na maior apreensão de narcóticos da história daquele país: ele levava nada menos que 1,4 tonelada de cocaína, escondida nos jogos de pneus que estavam na parte de carga do caminhão-assistência que viajaria a caminho da Espanha, sede da escuderia que disputou o evento no último mês de janeiro na América do Sul e saiu de Valparaíso, no Chile, rumo à Europa.

Foram detidas também cinco pessoas – dois búlgaros, que a polícia suspeita serem os ‘cabeças’ do tráfico de cocaína – e três espanhóis, entre eles o chefe de equipe David Oliveras, que disputou algumas vezes o Rali Dakar como piloto, tendo conseguido o 8º lugar geral na categoria dos caminhões, em 2010.

Segundo o portal do jornal “El Mundo”, a justiça chilena já abriu uma investigação para apurar em que circunstâncias o caminhão que acompanhara todo o Rali Dakar conseguiu sair do porto de Valparaíso carregado com tanta droga.

A carga é avaliada em € 270 milhões, cerca de US$ 371 milhões. Trocando em miúdos, R$ 872,5 milhões na nossa moeda. É dinheiro pra burro…

Depois dessa, será muito difícil que a equipe Epsilon volte a disputar o Rali Dakar. Alguém tem dúvidas quanto a isso?

Adendo: segundo o bróder Dú Cardim, não é novidade o envolvimento de veículos de apoio com tráfico no Rali Dakar. Em 2010, um caminhão de apoio foi igualmente apreendido com uma carga de 800 kg de cocaína, afora 15 mil pílulas de ecstasy, uma boa quantidade de haxixe e armas. A carga ilegal saiu da Argentina e tinha como destino o balneário de Ibiza – mas acabou apreendida pela polícia em Bilbao, nos países bascos. Na época, sete envolvidos na operação foram presos.

Ridículo

capa-da-revista-titanic-compara-niki-lauda-a-schumacher-depois-do-acidente-1391604295521_615x470RIO DE JANEIRO – Em coma desde o dia 30 de dezembro, Michael Schumacher não merece isso. Niki Lauda, é claro, também não. A revista alemã Titanic, que ao segundo consta, faz sátiras e piadas em suas capas, exagerou no mau gosto dessa vez.

Comparou Lauda, que sobreviveu a horríveis queimaduras recebidas num acidente no GP da Alemanha de 1976, ao heptacampeão mundial que há mais de um mês está hospitalizado sob efeito de sedativos após uma queda de esqui.

“Exclusivo! Primeira foto após sofrer acidente: veja o quão mal ficou Schumi”, diz a manchete. É claro que Niki Lauda, informado sobre a capa e o teor da publicação, não mediu palavras e mandou bala. “É uma publicação sem vergonha e insensível. Me pergunto quem poderia publicar tamanho lixo”, disse o austríaco.

Com 35 anos de existência, a Titanic se orgulha de ter tido 39 capas proibidas nesse período. E eu, francamente, não entendo esse orgulho. Se fosse o pessoal d’O Pasquim, que eram os chamados “heróis da resistência” em tempos de ditadura neste país, esse orgulho seria digno de compreender. Mas o de uma publicação rasteira, medíocre e sensacionalista, não.

Torço para que Niki Lauda processe esses caras. E que Corinna Schumacher, que está segurando uma tremenda barra que é ver o marido lutando pela vida há quase 40 dias, faça o mesmo. A gente pensa que o jornalismo brasileiro vai mal. Mas aí vem essa revista de quinta categoria e mostra que lá na Europa a coisa está feia também.

O que umas editoras não fazem em troca de vendagem…

Há horas em que sinto vergonha da minha profissão. Esta é uma delas.

Feliz 2014!

2014

RIO DE JANEIRO – Em menos de 72 horas, 2014 estará aí. O novo ano já aponta no fim da reta e o blog está recebendo a bandeira quadriculada – neste ano de 2013, que fique bem claro.

Foram mais de 1,1 milhão de views nos últimos 12 meses. E profissionalmente não tenho do que me queixar. Foi um ano maravilhoso. Especialmente a partir de maio, como todo mundo sabe.

2013 foi um ano de lições em todos os sentidos. Aprendi muito e espero que todos vocês, leitoras e leitores, estejam prontos para um ano novo repleto de desafios e realizações.

O blog faz uma pequena pausa. Voltamos em 2 de janeiro, preparando o terreno para falar do Roar Before The Rolex 24, os treinos coletivos para as 24h de Daytona e também do Rali Dakar, que começa no dia 5 em Rosario, na Argentina.

Feliz Ano Novo para todos!

Vergonha!

1463769_10202658721291815_777054401_n (1)RIO DE JANEIRO – Eis o terreno do antigo Autódromo de Jacarepaguá e no que ele se transformou com as chuvas que castigam o Rio de Janeiro desde a noite de ontem. A foto foi tirada pelo Cláudio Capparelli, que mora em frente ao terreno que a prefeitura quer transformar em Parque Olímpico e que depois servirá ao bel-prazer das empreiteiras.

Parabéns aos envolvidos. É uma vergonha o que a cidade está passando. E para os seus governantes, tudo continua “normal” e ficamos como estamos. O Rio de Janeiro realmente merece o prefeito e o governador que tem.

Os 10 mais belos Esporte-Protótipos, pelos leitores: resultado final

RIO DE JANEIRO – Há algumas semanas, eu tinha proposto aqui no blog uma enquete para que os leitores escolhessem os dez mais belos Esporte-Protótipos de todos os tempos. A participação dos que leem o blog foi bem legal: 103 modelos diferentes foram lembrados, muitos deles pelo menos uma vez. O pessoal votou inclusive em carros Grã-Turismo, mas como eu sou bonzinho, deixei passar. Afinal, é a escolha democrática proposta pelo A Mil Por Hora.

Agora é hora de conhecer os dez mais votados por vocês, na ordem do décimo ao primeiro.

10º lugar, com 12 votos
Porsche 962

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Este carro foi o ícone das corridas de Esporte-Protótipos durante o período em que esteve nas pistas mundo afora. Talvez tenha sido o carro mais popular da modalidade em qualquer tempo, porque a Porsche não fazia distinção entre sua equipe de fábrica e os clientes, que deram sequência ao legado da marca com o fim do time oficial lá por 1988. Tanto que foram construídos e vendidos 75 chassis diferentes para times particulares, até o início dos anos 90, quando a produção do 962 foi extinta. O carro fez sucesso no Mundial de Endurance, nas 24 Horas de Le Mans, na Série IMSA e também no Japão. Muitas equipes inclusive fizeram alterações de aerodinâmica e estética em alguns bólidos. Havia também variações mecânicas, ao gosto do freguês: motores com 2,7 litros de capacidade cúbica e também 3,2 litros, todos com turbocompressor.

9º lugar, com 15 votos
Toyota TS020 (GT-One)

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Este protótipo da Toyota marcou a segunda passagem da montadora japonesa pelas 24 Horas de Le Mans, no fim dos anos 90. Projeto do engenheiro francês André de Cortanze e batizado de TS020, ou GT-One, era um GT Protótipo (GTP) no regulamento de Sarthe, pois os LMP900 (a LMP1 da época) eram todos Spyder. O carro tinha motor 3,6 litros V8 biturbo e foram construídos sete chassis. Um deles experimental e outro foi convertido para modelo de rua. A Toyota largou na primeira fila em 1998 com o TS020 #28 de Martin Brundle/Emmanuel Collard/Eric Hélary, que foi o segundo no grid e depois acidentou-se. Na geral, o #29 de Toshio Suzuki/Ukyo Katayama/Keichi Tsuchiya chegou em nono. No ano seguinte, os carros nipônicos monopolizavam a primeira fila: Martin Brundle/Emmanuel Collard/Vincenzo Sospiri foram secundados por Allan McNish/Thierry Boutsen/Ralf Kelleners. Mas nenhum dos dois carros terminou: o pole teve um furo de pneu e o #2 bateu. O #3 do mesmo trio japonês de 1998 chegou em segundo – só que a Toyota desistiu da brincadeira e direcionou suas armas para a Fórmula 1.

8º lugar, com 16 votos
Porsche 911 GT1-98

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O Porsche 911 GT1-98 pode, assim como o Toyota, ser incluído na categoria dos GT Protótipos, embora originalmente fosse concebido para ser um LMGT1. Desenvolvimento do 911 GT1 visto no FIA GT no ano anterior, o carro tinha motor flat de 6 cilindros 3,2 litros biturbo, pesava 950 kg e podia passar fácil dos 330 km/h. Apesar de ter fracassado no confronto direto com a Mercedes-Benz durante o FIA GT de 1998, o modelo alemão venceu as 24 Horas de Le Mans daquele ano com Allan McNish/Stéphane Ortelli/Laurent Aiello a bordo de um dos carros oficiais, naquela que é, até hoje, a última vitória da Porsche em Sarthe na geral. Com um 911 GT1-98, inclusive, Yannick Dalmas seria protagonista de um assustador backflip na edição inaugural da Petit Le Mans, um acidente parecido com o das Mercedes CLR em Sarthe (1999) e com o protótipo BMW V12 LMR de Bill Auberlen, também na Petit Le Mans, só que em 2000.

7º lugar, com 17 votos
Audi R18 TDi

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Acredito que o Audi R18 TDi tenha conquistado muitos votos não só por ser hoje o carro icônico das provas de Endurance como também por ser diferenciado em sua tecnologia, pelo menos atualmente: o protótipo do construtor alemão tem motor diesel e um sistema híbrido original chamado flywheel, que atua dando tração nas rodas dianteiras do carro a velocidades superiores a 120 km/h – praticamente um 4 x 4, bem ao gosto do que a turma de Ingolstadt sempre soube fazer. Mestres em matéria de engenharia, os alemães fazem do R18 TDi um carro vencedor. Ganharam duas vezes consecutivas as 24 Horas de Le Mans com o modelo e-tron quattro e mais outra em 2011, derrotando o esquadrão Peugeot. E já faturaram dois títulos mundiais no recém-implantado World Endurance Championship (WEC). Eles não são fracos…

6º lugar, com 18 votos
Mazda 787B

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Mais um Esporte-Protótipo que fez história: o Mazda 787B provocou espanto no mundo inteiro ao vencer a edição de 1991 das 24 Horas de Le Mans, claramente beneficiado por uma brecha no regulamento que fez do modelo nipônico, concebido com motor de pistões rotativos (Wankel), talvez o mais surpreendente vencedor da história da prova nos últimos 40 anos – tanto quanto o triunfo do Rondeau M379C. Projeto de Nigel Stroud, engenheiro que trabalhou inclusive na Fórmula 1, o carro tinha 830 kg de peso e motor de 2,6 litros naturalmente aspirado, com câmbio Mazda-Porsche de cinco marchas. Há 22 anos, Johnny Herbert/Volker Weidler/Bertrand Gachot derrotaram Jaguar, Mercedes-Benz, Toyota e Porsche em Sarthe porque o ACO não ofereceu restrições de consumo de combustível aos protótipos japoneses. Com melhor autonomia, triunfaram espetacularmente, mesmo com a trinca vencedora largando da 19ª posição num grid de 38 carros.

5º lugar, com 20 votos
Bentley EXP Speed 8

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Os detratores e até os mais ranzinzas poderão dizer que este carro é um Audi disfarçado. De fato, o construtor alemão tinha desenvolvido um projeto de protótipo Coupé, o R8C, que fracassou na disputa das 24 Horas de Le Mans de 1999 e nunca mais foi visto. Só que Bentley e Audi estão na asa da Volkswagen, proprietária de ambas as marcas. E por isso foi fácil equipar o protótipo da marca britânica com um motor alemão V8 biturbo nos anos em que o EXP Speed 8 apareceu nas pistas, em 2002 e 2003. O carro começou sua trajetória calçado com pneus Dunlop, mas no ano seguinte foram montados os compostos Michelin e o desempenho melhorou. Naquela época, a Audi estava fora de Sarthe com a equipe oficial e a Bentley conquistou uma vitória histórica – a primeira em 73 anos, desde o triunfo do lendário modelo Speed Six em 1930. Os condutores do carro projetado por Peter Elleray para a volta triunfal foram Tom Kristensen/Guy Smith/Dindo Capello.

4º lugar, com 22 votos
Porsche 956

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Sucessor do bem-sucedido modelo 936 e antecessor do 962, o Porsche 956 deu sequência à trajetória de vitórias da marca alemã em corridas de longa duração. O carro estreou em 1982 e 28 unidades foram construídas ao longo de três anos. Derek Bell/Jacky Ickx chegaram a vencer em Le Mans sem perder a ponta em nenhum momento da corrida, na segunda aparição do 956 nas competições. Com ele, Stefan Bellof, que perderia a vida a bordo de um dos chassis construídos pelo fabricante de Stuttgart, durante a disputa dos 1000 km de Spa-Francorchamps, estabeleceu o recorde absoluto – até hoje – do Inferno Verde de Nürburgring, marcando 6’11″13, média horária superior a 202 km/h.

3º lugar, com 24 votos
Ford GT40

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Poucas palavras são capazes de descrever o fascínio que este carro exerce nos fãs de automobilismo. E pensar que ele foi construído por conta de uma discussão de Enzo Ferrari com a turma da Ford, que queria assumir o Riparto Corse da marca de Maranello. Após o acontecido, a missão foi construir um carro para “passar como trator” em cima dos italianos e as ordens foram cumpridas à risca. O GT40 venceu quatro edições consecutivas das 24 Horas de Le Mans entre 1966 e 1969, as duas primeiras com a equipe de Carroll Shelby (Bruce McLaren/Chris Amon e Dan Gurney/AJ Foyt) e as demais com a John Wyer Engineering e a lendária pintura Gulf, com Pedro Rodriguez/Lucien Bianchi e Jackie Oliver/Jacky Ickx, na ocasião em que a Ford evitou por 20 metros aquela que seria a primeira vitória geral da Porsche em Sarthe. O GT40 é um carro que deixou saudades.

2º lugar, com 25 votos
Sauber-Mercedes C9

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A combinação entre a organização suíça e a tecnologia alemã só podia dar no que deu: enquanto contribuíram juntas, a Sauber Racing e a Mercedes-Benz conceberam alguns dos mais espetaculares modelos de Esporte-Protótipos entre todos. Projeto de Peter Sauber com contribuição de Heini Mader, foi construído com motor 5 litros V8 Turbo e foi um dos poucos até hoje a conseguir superar a barreira dos 400 km/h numa speed trap em Sarthe. Eram tempos em que a reta Mulsanne ainda não era cortada por chicanes e o protótipo prateado com a estrela de três pontas ultrapassou 402 km/h de final. O Sauber-Mercedes C9 venceu as 24 Horas de Le Mans em 1989 com Jochen Mass/Manuel Reuter/Stanley Dickens e deixou seu nome gravado na história.

1º lugar, com 35 votos
Porsche 917

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Desde o início da votação, ficou claro que este protótipo seria o escolhido pelos leitores como o mais bonito de todos os tempos. E não há como negar: o Porsche 917 é mesmo sensacional. É o carro que todo mundo associa a Le Mans e às corridas de Endurance, muito por conta do filme estrelado por Steve McQueen em 1971, como também pelas sensacionais performances dos grandes pilotos que estiveram a bordo desse modelo no início dos anos 70. O 917, com diferentes variações de mecânica e estética, chegava fácil aos 390 km/h – mesmo sem pneus adequados para tanto – graças à potência do motor Type 912, outro ícone da Porsche. O 917 nasceu vitorioso desde o início e mesmo quando o modelo original deixou as competições de Endurance, as vitórias seguiram na série estadunidense Can-Am, com o lendário 917/30 cuja potência de motor chegou a ultrapassar 1.100 HP em dinamômetro.

UM ANO!

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RIO DE JANEIRO – Chegou o novo dia de um novo tempo que começou em 16 de novembro do ano passado e teve prosseguimento no dia seguinte.

Foi quando, num sábado, com uma ajuda inestimável do camarada Ivan Capelli, que fez o oferecimento do cabeçalho com a linda imagem do Porsche da Gulf, nasceu o novo A Mil Por Hora. Uma atitude para marcar território, mostrar que eu não jogara a toalha e simbolicamente fazer a transição entre o passado, o presente e o futuro.

O que aconteceu há um ano atrás só deixou este espaço mais forte, mais completo, mais prestigiado do que antes – até porque a independência de opiniões e comentários, além da liberdade que sempre tive para postar e escrever o que quisesse – são as marcas registradas do blog.

Não posso deixar de ter orgulho do que fiz ao longo dos últimos 365 dias aqui. São 1.935 postagens – quase mil delas até maio, no período de entressafra de trabalho. Consegui não deixar a peteca cair e com a ajuda inestimável dos leitores e amigos, o blog atingiu, até o momento em que escrevo este post, mais de 1,1 milhão de pageviews. Precisamente 1,126,211.

Vida longa ao A Mil Por Hora. E obrigado, como sempre, a todos vocês! O que aconteceu a partir de fevereiro, culminando em maio, compensou todos os momentos chatos que passei e ainda sobrou troco.

Um novo tempo

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RIO DE JANEIRO – Um ano. Como passou rápido… e como as coisas mudam. Para melhor, de preferência.

Porque, pior do que estavam em 16 de novembro do ano passado, não dava para ficar.

Quando deixei 13 anos de trabalho numa mesma empresa para trás, numa sexta-feira de fim de tarde nebuloso, melancólico, frio e chuvoso, não chorei. Mas fiquei sem chão e sem norte, por um bom tempo.

Página virada, uma nova história começou a ser escrita em fevereiro e em maio, novos capítulos vieram para incrementar uma nova fase na carreira profissional desse blogueiro. Vieram mais de 1,1 milhão de pageviews no novo A Mil Por Hora – uma marca respeitável. E as participações nas transmissões do Fox Sports – Nascar, Rolex Sports Car Series, American Le Mans Series e até Motocross.

Choveu na minha horta. Que bom.

Humildemente, só posso agradecer aos que tornaram tudo isso possível. Claro que parte de tudo de positivo que me aconteceu é fruto do meu trabalho, mas se não fossem as pessoas que torcem e gostam de mim, eu não teria ido tão longe e conseguido voltar a fazer o que mais gosto, nos últimos seis meses.

Obrigado pela força, pelo apoio e pelo incentivo.

Torcemos juntos!

Os mais belos Esporte-Protótipos, pelos leitores

jaguar_xjr8_16RIO DE JANEIRO – Na foto, um Jaguar XJR-8 Grupo C. Com um carro igualzinho a este, Raul Boesel comemorava há 26 anos um histórico e até hoje inédito título mundial de Endurance por um piloto brasileiro. A razão deste post é a seguinte: de hoje até o dia 15 de novembro, vocês leitores do blog vão ter a chance de eleger, assim como foi feito com os Fórmula 1, os dez mais belos Esporte-Protótipos de todos os tempos.

Cada leitor pode indicar dez carros de diferentes épocas, aproveitando a área de comentários deste post e os mais votados serão elencados no blog a partir do dia 17. Então, mãos à obra e mandem bala!

Lou Reed (1942-2013)

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RIO DE JANEIRO – A música mundial está de luto. Morreu hoje aos 71 anos, em decorrência de problemas no fígado, o cantor e guitarrista estadunidense Lou Reed. Ele tinha passado por um transplante do órgão em maio deste ano e fora internado com um quadro de desidratação há três meses, vindo a falecer neste 27 de outubro.

Nascido Lewis Allan Reed no bairro do Brooklyn, em Nova York, ele tornou-se conhecido quando fez parte de um dos grupos mais seminais de seu tempo: The Velvet Underground, uma ideia do multimídia Andy Warhol, que entre 1965 e 1970 rendeu quatro discos e vários sucessos, como “Heroin”. A banda, que tinha a chanteuse Nico e o violonista John Cale, desintegrou-se no começo da década de 70 e Lou iniciou carreira-solo em 1972.

Seus cinco primeiros discos, entre eles Transformer (1972), Berlin (1973) e Metal Machine Music (1975) estão no rol dos álbuns mais importantes da história do rock em qualquer tempo. Fã de escritores como Edgar Allan Poe, Raymond Chandler e James Joyce, transformou várias de suas músicas em poesia marginal. “Walking on the wild side” é desta safra e foi um dos maiores sucessos do cantor-guitarrista.

Entre 1972 e 2003, ele gravou 19 discos de estúdio e até 2004, lançou oito discos ao vivo. Um deles, gravado na Itália em 1984, é um dos melhores em que ele desfila seus hits, com a ótima banda de apoio que tinha na época, montada com o excelente Fernando Saunders no baixo, Robert Quine na guitarra e Fred Maher na bateria.

Além dos trabalhos individuais, Lou Reed teve a oportunidade de reviver com John Cale os grandes tempos do Velvet com o disco Songs for Drella, gravado em 1990 em homenagem a Andy Warhol. Catorze anos depois, voltou a fazer um disco com o violonista e Nico, chamado Le Bataclan ’72. Colaborou ainda com The Killers, Metric, Gorillaz e Metallica, com quem fez o pretensioso álbum Lulu, de péssima repercussão.

Considerado um dos principais artistas ainda em atividade além dos 70 anos e eleito pela Rolling Stone o 81º melhor guitarrista de todos os tempos, Lou Reed casou três vezes, com Betty Reed, Sylvia Morales e Laurie Anderson, também cantora, sua última companheira em vida.

Yamaha Senna

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RIO DE JANEIRO – Quem me chamou a atenção para o detalhe de uma Yamaha customizada em homenagem a Ayrton Senna foi o novo colega de Fox Sports Ricardo Zanirato, que trabalha para o site do canal. Ele mandou o link com uma matéria da revista Duas Rodas mostrando que antes da Ducati Senna – a 1199 Panigale, que terá 161 unidades somente e comercializadas de forma exclusiva no Brasil – um camarada dos EUA já fizera a Yamaha Senna.

Tony Ferri criou uma pintura para sua Yamaha YZF750R que evocava o capacete de Senna, criação lendária de Sid Mosca, com detalhes de patrocinadores de carros do piloto brasileiro – Marlboro, Elf, Renault, Hugo Boss e Banco Nacional. Residente em Miami, na Flórida, Tony Ferri é médico e era apaixonado por Ayrton.

“Assisti a corridas na Europa e consegui comprar um capacete original usado por ele no GP da Bélgica, leiloado para uma causa beneficente”, disse. Segundo a matéria da Duas Rodas, Tony tem inclusive o boné que Senna não largava de jeito nenhum, com o emblema do Banco Nacional.