Um minuto em Cascavel

image_w625_pos_center_centerRIO DE JANEIRO – Começaram hoje com 17 carros na pista os treinos para a penúltima rodada do Brasileiro de Gran Turismo, que vai acontecer no Autódromo Zilmar Beux, em Cascavel. E a julgar pelos tempos registrados hoje, amanhã veremos os carros da categoria quebrando a barreira de um minuto nas sessões classificatórias que definirão o grid para as corridas – uma amanhã e outra domingo.

Com médias horárias superiores a 180 km/h, a BMW de Cacá Bueno/Cláudio Dahruj liderou a folha de tempos hoje com a marca de 1’00″193, um décimo abaixo de Constantino Jr./Valdeno Brito e de Rafael Derani/Cláudio Ricci. Seis carros, aliás, ficaram dentro do mesmo segundo durante a segunda sessão de treinos livres desta sexta-feira.

Aliás, os carros do construtor de Munique ganharam potência e mais velocidade. Tinham 520 HP e subiram para 540 HP. Mas o lastro de graduação dos pilotos está mantido. Outro carro com novidades em Cascavel é o Audi R8 LMS de Fábio e Wagner Ebrahim. O modelo alemão também está mais rápido, especialmente em contorno de curva. Mas em velocidade final, perde feio na comparação com os outros bólidos da classe.

Na classe GT Premium, a Ferrari F430 de Felipe Tozzo/Raijan Mascarello, recuperada do incêndio sofrido em Campo Grande, superou o Lamborghini dos rivais Andersom Toso/Carlos Kray. A BMW também fez o melhor tempo na categoria GT4, com o carro guiado por Matheus Stumpf/Patrick Gonçalves.

Os treinos classificatórios começam às 9h05 pelo horário de Brasília, com meia hora de duração para GT4/GT Premium e também para a GT3. Na sequência da primeira sessão, definindo o grid de sábado, haverá a definição das posições de largada para a corrida do domingo.

Amanhã a largada da primeira corrida é às 15h43 pelo horário de Brasília. Domingo, os carros partem para 50 minutos de corrida a partir do meio-dia. Tudo com transmissão no site Portal GT e a narração ótima do Luc Monteiro.

WEC 2013 – Silly Season (atualizado)

wec2012bahreinlargadafotodivulgacaoaudiRIO DE JANEIRO – Com a confirmação do programa da Porsche com o Team Manthey para 2013 na classe LMGTE-Pro do World Endurance Championship, cabe aqui uma atualização da situação das escuderias para o próximo ano.

EQUIPES LMP1

Audi Sport Team Joest 

É praticamente certo que o Audi Sport Team Joest regressa em 2013 para uma campanha completa no WEC, com dois protótipos R18 e-tron quattro na classe LMP1. Deverão ter três carros nas três primeiras provas do ano – Silverstone, Spa e Le Mans.

Toyota Racing

Seguirão no WEC com um programa ampliado na próxima temporada. Dois carros é possibilidade 100% garantida. Três nas 24 Horas de Le Mans é algo a se cogitar. Time deve contar com os mesmos pilotos que correram em Sarthe neste ano.

Rebellion Racing

Pelo menos até Le Mans, deram certeza de seguir no WEC com dois carros. Depois, a participação do time está posta em dúvida. Os resultados até Sarthe e o confronto com os times privados vão fazer a diferença neste sentido.

OAK Racing

Atrapalhada por uma temporada difícil, onde o potencial primeiro piloto, o francês Guillaume Moreau, foi tirado de combate do resto do ano por fraturas em vértebras lombares, a OAK Racing também se viu às voltas com problemas técnicos. Forçada a abandonar os propulsores Judd, a equipe de Jacques Nicolet conseguiu um contrato com a Honda Performance Development (HPD), que terá continuidade em 2013. Provavelmente seguirão com apenas um carro.

Strakka Racing

A equipe britânica manterá seu programa no WEC, com atualizações de aerodinâmica e de pneus, que deverão fazer evoluir o protótipo HPD ARX-03a. Vão ficar com um carro só e os mesmos pilotos deste ano

JRM Racing

A equipe britânica chefiada por James Rumsey deixou excelente impressão no WEC e deve permanecer em 2013 com seu programa de LMP1, beneficiando-se dos novos pneus e da nova aerodinâmica prevista para o HPD ARX-03a para torná-lo mais competitivo. O time também planeja a expansão gradual para dois carros se houver financiamento suficiente para tanto. Por enquanto, entrarão em 2013 com um carro só.

EQUIPES LMP2

Starworks Motorsports

Sem Enzo Potolicchio, que montou sua própria equipe e Stéphane Sarrazin, que vai provavelmente para a Toyota, Peter Baron conta com Ryan Dalziel enquanto negocia com outros pilotos. Devem alinhar um HPD ARX-03b.

ADR-Delta

Vão para a temporada completa do WEC mais uma vez, por enquanto restringindo sua atuação a um carro. Poderão construir e alinhar um segundo Oreca, mas isso certamente acontecerá na European Le Mans Series.

Pecom Racing

Terceira colocada entre as equipes do WEC na LMP2, a organização ítalo-argentina deve continuar com o mesmo conjunto de chassi e motor usado neste ano. Luis Perez Companc, que financia o projeto, deve ficar. Os outros pilotos são dúvida. Vão com um carro apenas.

Signatech

Procuram mais patrocínio para poder alinhar dois carros em 2013 no WEC. Por enquanto, só garantem um para o campeonato completo e dois para Le Mans.

Greaves Motorsports

Anunciaram planos de alinhar dois carros para 2013, mas estão em sérias dificuldades financeiras e sem pilotos, já que os três titulares neste ano não têm intenção de seguir no campeonato ano que vem.

OAK Racing

Jacques Nicolet anunciou que sua equipe segue em 2013 com o protótipo Morgan Zytek Nissan. Um segundo bólido é cogitado na classe LMP2, desde que haja potenciais compradores junto à sua empresa de comercialização de chassis, a Onroak Automotive.

Lotus

A Lotus (leia-se Kodewa) entra na LMP2 em 2013 com projeto 100% próprio de motor e chassis, após usar um bloco Judd BMW com o logo da tradicional marca fundada por Colin Chapman e chassis Lola B12/80. O desenvolvimento do T128, o novo carro da marca, está em andamento e os primeiros testes acontecerão breve. Pelo menos dois carros estarão na pista. Kevin Weeda é o primeiro piloto confirmado.

Gulf Racing Middle East

O time com bandeira dos Emirados Árabes Unidos começou o ano de 2012 de forma bastante ambiciosa, com dois carros até Le Mans. Depois, devido a dificuldades com peças de reposição, partiram do Brasil até a última corrida em Xangai dando prioridade a apenas um protótipo Lola B12/80 Zytek Nissan. Voltarão, mesmo assim, com dois bólidos  no próximo ano – um deles, em Sarthe, será um Art Car.

8Star Motorsports

A nova organização capitaneada por Enzo Potolicchio, com sede na antiga oficina de Dave Maraj (Champion Racing) em Pompano Beach, na Flórida (EUA), vai participar do Mundial de Endurance em 2013 com o HPD ARX-03b, que terá novas atualizações mecânicas.

HVM Racing

O time de Keith Wiggins é um terceiro potencial competidor oriundo dos EUA na classe LMP2. A equipe da Fórmula Indy cogita a mudança de ares pela questão dos custos e pela competitividade do campeonato, além do rompimento com a suíça Simona de Silvestro, que trocou a HVM pela KV Racing Technology, onde será parceira do brasileiro Tony Kanaan. As opções de chassi são várias: Oreca, HPD e Lola, esta última com boas possibilidades – pois Wiggins já foi dirigente do construtor britânico.

Status Grand Prix

A equipe de bandeira irlandesa, chefiada pelo filho do folclórico Teddy Yip, da extinta Theodore Racing de Fórmula 1, é outra que cogita a entrada no WEC a tempo inteiro em 2013. A Status teve raras aparições na Endurance este ano, mas seu desempenho foi considerado promissor e positivo, especialmente na abertura da fracassada temporada do ELMS em Paul Ricard e até nas 24 Horas de Le Mans. Cliente da Lola, a equipe deve trocar o motor Judd BMW pela nova unidade Mazda Skyactiv-D com turbodiesel, desenvolvida para a LMP2 – tornando-se assim a pioneira no uso destes propulsores no WEC.

Team Jota

Proprietária do melhor entre os Zytek Z11SN vistos nas pistas em 2012, como provado no triunfo na classe durante as 6 Horas de Spa, em maio, o Team Jota perdeu Sam Hancock, que rompeu o vínculo com o time. O chefe de equipe Sam Highnett cogita a participação da organização britânica no WEC, mas podem acabar no ELMS se não houver o orçamento necessário. Se não correrem no Mundial, pelo menos estarão presentes em Le Mans e talvez em Spa.

TDS Racing

Campeã da ELMS em 2012, a equipe de Xavier Combet já garantiu pelo menos uma vaga fixa para as 24 Horas de Le Mans. A dúvida do time francês é que competição disputar: ELMS ou WEC. Enquanto se discute a prioridade para os pilotos Pierre Thiriet e Mathias Beche, que ganharão e companhia de um terceiro nome, a equipe confirma a permanência do conjunto técnico deste ano: chassis Oreca 03 e motores Zytek Nissan.

Murphy Prototypes

Outra equipe com bandeira irlandesa, a Murphy Prototypes está avaliando todas as opções possíveis para 2013, passando desde a ALMS até, logicamente, o WEC – sem esquecer da ELMS, que foi a prioridade do time neste ano. Rumores indicam para um potencial programa nos EUA, com o chassis Oreca 03 e motores Zytek Nissan. A aguardar.

EQUIPES LMGTE-PRO

AF Corse

Campeã entre os times da LMGTE-Pro em 2012, a AF Corse deve manter seu programa no WEC na próxima temporada, com duas Ferrari F458 e o mesmo grupo de pilotos que ajudou o time italiano, formado por Giancarlo Fisichella, Gimmi Bruni, Olivier Beretta e Andrea Bertolini. O finlandês Toni Vilander certamente colaborará em alguns eventos importantes como Le Mans e um sexto piloto ainda será indicado.

Aston Martin Racing

A volta às origens no Grã-Turismo fez a Aston Martin se motivar a desenvolver com sucesso o modelo Vantage V8, que fechou a temporada de forma positiva, com a vitória nas 6 Horas de Xangai na classe. David Richards e seu braço-direito George Howard-Chappell consideram a hipótese de ampliar o programa no WEC para dois carros na categoria LMGTE-Pro. Darren Turner e Stefan Mücke devem continuar e a AMR precisará se socorrer de pilotos velozes para um segundo e competitivo equipamento em 2013.

Team Felbermayr-Proton

Perderam o status de equipe cliente da Porsche na LMGTE-Pro. Poderão continuar no próximo ano na classe, mas aliados com outro construtor e com novos pilotos. Vamos ver…

Porsche AG Team Manthey

Confirmada a participação dos alemães na próxima temporada com dois Porsche 911 (991) GT3 RSR, alinhados pelo Team Manthey. Vão com força máxima em matéria de pilotos: provavelmente com Jörg Bergmeister, Patrick Long, Marc Lieb e Richard Lietz, ligados à fábrica de Stuttgart há alguns anos.

McLaren

O modelo MP4-12C que apareceu no Blancpain Endurance Series neste ano e em diversos campeonatos de Grã-Turismo pela Europa, pode ganhar um upgrade e se tornar um LMGT2 para poder pelo menos aparecer em Le Mans na classe LMGTE-Pro em 2013. Não está claro, entretanto, que a McLaren vai ter um time 100% oficial de fábrica ou se o desenvolvimento do carro será feito por escuderias semi-oficiais. Enquanto não existe nenhum anúncio oficial a respeito, muitos rumores apontam para uma presença do MP4-12C no WEC em 2013.

Corvette

A Corvette, no último ano do C6-R ZR1 nas pistas, já que o modelo será trocado pelo novo C7-R em 2014, quer participar do WEC a tempo inteiro em 2013 na classe LMGTE-Pro. Existem conversas no sentido de que a Larbre Competition seja a representante oficial da marca na modalidade, mas não está descartada a inscrição do trovão por um outro time.

EQUIPES LMGTE-AM

Larbre Competition

O time de Jack Lecomte fechou o ano de 2012 em alta, apesar das desclassificações sofridas em Silverstone e Interlagos. Mesmo com esses contratempos, os franceses comemoraram o título de campeões da divisão LMGTE-Am, na qual devem permanecer em 2013 com pelo menos um modelo C6-R ZR1. Goradas as tentativas da Larbre de passar à LMGTE-Pro como representante oficial da Pratt & Miller, devem manter o mesmo esquema deste ano, com dois carros.

AF Corse

A equipe italiana deve expandir seu programa de Grã-Turismo no WEC e consequentemente na LMGTE-Am. Com uma Ferrari F458 garantida, o time de Amato Ferrari tem a possibilidade de inscrever um segundo bólido ornamentado pelo Cavallino Rampante. A associação com o dono de equipe e eventual piloto da Nascar Michael Waltrip deve ter continuidade em 2013.

Krohn Racing

O bilionário estadunidense Tracy Krohn seguirá no WEC em 2013 com o mesmo esquema sediado nos EUA com uma base na Inglaterra, para a manutenção da Ferrari F458 Italia. A tripulação do carro seguirá a mesma, com Tracy Krohn, Michele Rugolo e Nic Jönsson. Mas não está descartada a possibilidade de expansão da estrutura para o próximo campeonato, com um carro só para pilotos dos EUA. Jeff Hazell deve estar por trás das negociações em torno deste segundo bólido. A ver.

Team Felbermayr-Proton

Não é impossível contar com uma presença a tempo pleno do Team Felbermayr-Proton na classe LMGTE-Am, com pelo menos um carro. O time capitaneado por Horst Felbermayr Sr. e Christian Ried considera, na pior das hipóteses, deixar o WEC de lado e partir para o ELMS em 2013.

Aston Martin Racing

Devido à competitividade do Vantage V8 na segunda metade do ano, a Aston Martin Racing considera fortemente a opção de ceder dois carros a equipes-clientes na LMGTE-Am, tal como ocorrido nas 6 Horas de Silverstone. As perspectivas são boas e há interessados, como o milionário alemão Roald Goethe e a Beechdean Motorsport. Tudo indica que a AMR conseguirá seu intento para 2013, expandindo seu programa de Endurance.

JWA-Avila

A equipe de Paul Daniels, que competiu na LMGTE-Am com Porsche, parece não ter fôlego financeiro para voltar no WEC em 2013. O desempenho do carro com pneus Pirelli foi sempre um degrau mais abaixo dos principais competidores da classe e mesmo com a possibilidade de continuidade dos modelos 997 GT3 RSR para a divisão, dificilmente veremos a JWA-Avila na próxima temporada.

Habemus Porsche no WEC!

Barcelone_MantheyRIO DE JANEIRO – Notícia aguardada e hoje confirmada para a temporada 2013 do Mundial de Endurance da FIA (WEC): a Porsche vai sim disputar o campeonato com dois modelos 911 GT3 RSR na nova versão, a 991.

Será inclusive a primeira vez em quinze anos que um time vai representar a marca de Stuttgart em caráter oficial numa competição de longa duração. A última vez em que isto aconteceu foi em 1998, quando com o modelo 911 GT1-98, os alemães venceram as 24 Horas de Le Mans.

O time escolhido como factory para o próximo ano é a Manthey Racing, de propriedade do ex-piloto Olaf Manthey, que disputou neste ano o International GT Open, o VLN e as 24 Horas de Nürburgring, afora outras provas longas.

Os dois 911 (991) GT3 RSR vão competir na classe LMGTE-Pro contra as Ferrari da AF Corse e os Aston Martin. Talvez tenhamos um Corvette C6-R nesta divisão, mas nada definido ainda.

Bom para o WEC que a Porsche entra de sola no campeonato de 2013. O carro vem sendo exaustivamente testado pelos pilotos de fábrica para ficar “no ponto” a tempo de disputar as 6 Horas de Silverstone, em abril.

Joelmir Beting (1936-2012)

RIO DE JANEIRO – Trabalho há mais de dez anos como jornalista. Não tive nesse período, que é um pouco maior do que isso, um convívio com Joelmir Beting. Mas, como todo mundo que milita na profissão, conhecia seu trabalho e sua ligação com os esportes. Afinal, foi como repórter esportivo que ele começou sua longa carreira, e foi ele quem deu a ideia de pôr uma placa no Maracanã louvando um golaço de Pelé pelo Santos contra o Fluminense em 1961, no Torneio Rio-São Paulo.

Joelmir tornou-se um respeitado articulista de economia e com fina ironia e muita inteligência, fazia comentários que o povão entendia. Por muito tempo trabalhou nos grandes veículos brasileiros de comunicação. Pai do Mauro Beting, o conhecido analista de futebol, Joelmir morreu na madrugada de quarta para quinta-feira, aos 75 anos.

O apaixonado palmeirense também era um ardente defensor, em plenos anos oitenta, dos carros grandes. Lembro que naqueles tempos bicudos, de racionamento de combustíveis no país e ditadura militar, ter um Dojão, um Maveco, um Landau ou qualquer coisa que o valha, era sinônimo de suicídio.

Pois o Joelmir, com a categoria que Deus lhe deu, se ofereceu para o suicídio. Não só escreveu um belo artigo para a revista Quatro Rodas, em sua edição de junho de 1981, como fez uma candente defesa do seu Dodge Dart 1972, com o qual posou para a foto ilustrativa da matéria.

Grande Joelmir. Esse vai fazer falta…

154480_565149236832136_340241210_n

É para 2014…

Bentley_GT3_LAAS_01RIO DE JANEIRO – O carro da foto deve estrear nas pistas internacionais em 2014 a tempo pleno. É o Bentley Continental GT3, exposto nesta semana no Los Angeles Auto Show, o salão do automóvel da Califórnia. A marca é mais uma pertencente ao Volkswagen Auto Group (VAG), que continua tomando de assalto o automobilismo. Não custa nada lembrar que Porsche, Audi e Lamborghini são controladas pela turma de Wolfsburg – cada uma com sua equipe de desenvolvimento de carros de competição.

É o mesmo caso da Bentley. A marca britânica vem preparando a aparição do novo carro para até o fim deste ano numa ou outra corrida, para aí sim entrar de vez nas pistas no ano seguinte. Para o mercado estadunidense, o objetivo é entrar de sola no futuro certame unificado entre ALMS e Grand-Am, que deve ainda preservar uma classe GT para os modelos GT3, uma vez que há uma grande variedade de marcas desenvolvendo carros para esta categoria.

Vamos aguardar…

Pequenas maravilhas – G-Force Indy de Tony Stewart

RIO DE JANEIRO – Os leitores do blog começam a compartilhar as preciosidades que possuem em suas coleções. O primeiro a me mandar fotos foi o Wilson Carpini e é com uma das miniaturas que ele mandou por e-mail que damos sequência aos posts sobre as pequenas maravilhas.

Esse carro da foto é o G-Force da equipe de John Menard, guiado em 1998 por Tony Stewart, na Indy Racing League, no tempo em que a IRL só corria em circuitos ovais. O bólido andava com motor Oldsmobile Aurora. Reparem que o monoposto, cuja fabricação depois seria absorvida pela Panoz, lá mesmo dos EUA, tinha uma barbatana aerodinâmica na parte de trás do cofre do motor, onde inclusive ficava pintado o número do carro.

Com esse G-Force, Stewart disputou apenas três provas naquele ano: Walt Disney World (onde venceu), Phoenix e Dover Downs. A Menard alinhou nas demais provas o chassi Dallara. O piloto terminou a temporada em 3º lugar, atrás do campeão Kenny Brack e do vice Davey Hamilton.

Direto do túnel do tempo (8)

Jacarepaguá, 1985. À esquerda da foto, mais destacado, Giancarlo Minardi, chefe de equipe, fundador e proprietário. Em pé, os onze mecânicos da equipe italiana. No cockpit do M185, que correu aqui no Brasil com motor Ford Cosworth V8, o estreante Pier Luigi Martini. Quem sente saudade da Minardi na Fórmula 1 aí levanta a mão! Há 27 anos, direto do túnel do tempo…

Triste (e original) lembrança

RIO DE JANEIRO – Olha só a maneira original que o João Scalabrin, piloto do Corsa #30 que disputou o Campeonato Carioca de Turismo em 2012, encontrou para deixar de lembrança o Autódromo de Jacarepaguá, inteiramente destruído pelo sr. prefeito Eduardo Paes.

Além da miniatura do Corsinha e de uma plaqueta indicando nascimento e morte do traçado carioca, o João guardou como recordação um pedaço do asfalto do circuito.

“Tenho uns 10 desses aqui em casa”, disse o piloto via facebook, que foi de onde surrupiei a foto com a permissão do próprio João Scalabrin.

É uma maneira bonita, porém muito triste (opinião minha, que fique claro), de recordar Jacarepaguá. Mas o João foi muito feliz na sua homenagem. Para quem, como ele, teve bons momentos ali, ele tem toda razão de querer guardar isso na memória e no coração.

E só para não fugir à regra, aquela frase de sempre: “parabéns aos envolvidos”.

Terra pra que te quero!

RIO DE JANEIRO – Quando a gente pensa que já viu de tudo na vida, tem sempre alguma coisa que acontece para nos surpreender. A Camping World Truck Series, divisão de picapes da Nascar, divulgou hoje a versão 2013 do calendário da categoria, que terá 22 datas tal como neste ano, com largada em Daytona, como já é costumeiro e encerramento em Homestead, no mesmo fim de semana da decisão da Nationwide Series e da Sprint Cup.

A novidade absoluta é a inclusão de uma pista oval de… terra, entre os circuitos indicados para o próximo campeonato. O traçado do Eldora Speedway, localizado em Rossburg, no estado de Ohio, tem apenas meia milha de extensão (aproximadamente 800 metros) e a corrida acontecerá numa quarta-feira, assim como a prova marcada para Bristol, no Tennessee.

Não deixa de ser interessante essa adição de um oval de terra a uma categoria profissional. Aliás, ainda existem muitos circuitos ovais como o de Eldora – que, aliás, é de propriedade de Tony Stewart, três vezes campeão da Nascar, pavimentados com terra e que são a gênese da própria Nascar, das competições de Midget e até mesmo da Fórmula Indy. Devo dizer que o próprio oval de Indianápolis, antes de ser pavimentado com tijolos e merecer o apelido de Brickyard, que ficou pra sempre no mítico circuito, foi pavimentado em seus primórdios com brita e alcatrão. Nada de asfalto.

Uma corrida da CTWS como essa em Eldora merece ser vista, pelo inusitado de ser um dirt oval track e pelo que os pilotos terão de fazer constantemente para manter seus carros na pista. Diversão garantida é o que deveremos ver e ter no dia 24 de julho de 2013.

TRG fecha parceria com Aston Martin nos EUA

RIO DE JANEIRO – Boa notícia para a temporada 2013 da American Le Mans Series, que se avizinhava complicada com a saída da Porsche e seu programa cliente, afora outras marcas que ainda podem desfalcar os grids do certame estadunidense: a The Racers Group (TRG) e a Aston Martin fecharam acordo para uma parceria tecnológica, comercial e desportiva, a vigorar a partir do ano que vem, na American Le Mans Series e na Grand-Am. Por força do novo contrato, a equipe passa a se chamar TRG-Aston Martin Racing North America.

Até hoje, havia apenas um rumor de que esse acordo seria concretizado, mas agora é oficial. Kevin Buckler alinhará pelo menos três carros nas pistas na próxima temporada. Um é o Aston Martin Vantage V8, na divisão LMGT da American Le Mans Series. O segundo, para a divisão GT da Rolex Sports Car Series da Grand-Am, é o Vantage V12 GT3. E haverá ainda um modelo Vantage GT4 para a competição Continental Tire Challenge, também da Grand-Am, que deve ir para as pistas até janeiro do próximo ano.

Dentro do acordo fechado entre TRG e Aston Martin Racing, Kevin Buckler passa a ser o representante oficial da marca britânica no território ianque, cabendo à sua escuderia o desenvolvimento de 10 carros de competição, para diferentes campeonatos nos EUA. “Nós vamos ter a responsabilidade sobre a venda dos carros de corrida, da parte técnica e de engenharia, com o apoio da Aston Martin Racing North America para todas as equipes de nossos clientes. Desejamos acolher e ajudar estas equipes com o máximo de profissionalismo em todas as séries na América do Norte.”

“Com a TRG, nós temos um parceiro que tem provado um grande potencial nas categorias que disputou  e a equipe sabe como vencer corridas. Eles certamente ajudarão a Aston Martin Racing a atingir o sucesso que desejamos nos EUA”, afirmou o diretor comercial da AMR, John Gaw.

Desta forma, com a confirmação dessa joint venture entre TRG e Aston Martin, temos até agora seis marcas diferentes confirmadas para a LMGT na American Le Mans Series em 2013: Corvette, SRT Viper, Lotus, Ferrari, Porsche e, agora, Aston Martin.

Falta só a BMW. Será que os bávaros continuam? Isso é assunto pra depois…

Começou cedo, hein Latvala?

RIO DE JANEIRO – O amigo – e piloto de Rali – Marcos Tokarski compartilhou no facebook a notícia do primeiro teste de Jari-Matti Latvala ao volante do novo VW Polo WRC, visando a temporada 2013. E, como convém à ficha corrida do finlandês, ele estreou com… um acidente!

Não é brincadeira, não. Latvala começou a dar prejuízo ao time oficial Volkswagen mais cedo do que o esperado…

O acidente aconteceu ontem, por volta das 17h no México, entre León e San Felipe, nas proximidades de El Zauco. Segundo os relatos, Latvala pegou um veículo em sentido oposto na estrada. O finlandês conseguiu evitar o impacto frontal com o carro de passeio, mas não a batida, que foi de lado e fez o outro veículo rodar.

Os dois ocupantes do veículo, um adulto que o dirigia e uma criança, seu filho mais novo, não tiveram ferimentos graves e foram atendidos num hospital da região.

Contudo, apesar do acidente, os danos no VW Polo de Latvala não foram extensos e o piloto pôde dar sequência aos testes de pré-temporada.

Mas que sina do Latvala hein? Seria ele um parente distante de Vittorio Brambilla? Ou de Andrea de Cesaris? Ou, mais recentemente, Romain Grosjean? Quem sabe, até, Pastor Maldonado?

Vai bem o finlandês no WRC. Só que não…

Matra boys

RIO DE JANEIRO – Foto dos anos 60. Estes eram os pilotos da Matra. Dois deles são fáceis, bem fáceis de distinguir. O moço do fundo, capacete verde inconfundível, é monsieur Henri Pescarolo, antes de sofrer o acidente que desfigurou seu rosto e o fez usar barba para sempre. O da direita dispensa apresentações. Só o capacete com a faixa escocesa é seu cartão de visitas.

Pergunto eu: quem são os dois moços do meio?

Cartas para a redação.

Acelerar, antes de partir

RIO DE JANEIRO – Uma das partes boas – ou não – de estar desempregado é ter tempo para ver quantos filmes a gente quiser, no conforto do lar. É o que tenho feito com alguma constância, desde o último dia 16.

Hoje, peguei na minha DVDteca, que considero razoavelmente bem abastecida, um filme que não via faz muito tempo e que com certeza vai me emocionar quando chegar ao fim – como em todas as vezes que o assisti.

É “Antes de Partir” – a bonita história de Carter Chambers (Morgan Freeman) e Edward Cole (Jack Nicholson). Um, negro, mecânico por 45 anos na vida. O outro, branco, rico, milionário, filantrópico, dono de hospitais. Os dois se descobrem com câncer e vão, praticamente desenganados pelos médicos, curtir os últimos meses de vida que lhes restam.

Entre os desejos da chamada “Lista da Bota”, que é a tradução literal para os desejos que uma pessoa pode enumerar querer realizar entes de bater as botas, estava o de andar em carros possantes. E como este blog, na maioria dos posts, fala de carros e automobilismo, eis a cena do “pega” entre Carter e Edward no circuito californiano de Fontana. Morgan Freeman pegou o Ford Mustang Shelby e Jack Nicholson, o Chrysler Mopar. “Muscle Cars” para ninguém botar defeito.

Sozinho na floresta…

Mais um espetacular registro da Fórmula 1 e do “Inferno Verde” de Nürburgring, com o argentino Carlos Reutemann sozinho em meio à floresta, na região de Döttinger Höhe do Nordscheleife, com sua Brabham BT42 no GP da Alemanha de 1973.

Granado na Moto3 em 2013

RIO DE JANEIRO – A Federação Internacional de Motociclismo (FIM) divulgou nesta quarta-feira a primeira lista provisória de inscritos para o Mundial de Motovelocidade em 2013. E o brasileiro Eric Granado migra da Moto2, onde teve um ano atribulado de estreia, para a categoria Moto3, talvez a mais adequada para o seu crescimento dentro da modalidade a nível internacional com suas motos de 250cc e motores de quatro tempos.

O piloto paulista vai correr com uma Kalex de motor KTM na equipe chefiada por ninguém menos que Jorge ‘Aspar’ Martinez, várias vezes campeão como piloto nas categorias menores e que tem uma estrutura capaz de alinhar motos nas três classes em disputa hoje. O companheiro do brasileiro será o alemão Jonas Folger, um dos mais velozes durante a segunda metade do último campeonato da Moto3, vencido pelo também alemão, com ascendência italiana, Sandro Cortese.

Vamos fazer de conta, então, que a temporada de Granado na equipe italiana JiR valeu como ensaio. O real aprendizado será agora, numa categoria supercompetitiva, própria para jovens pilotos e onde as disputas são pauleira pura da primeira à última volta.

Estaremos todos na torcida por Eric Granado em sua temporada completa na Moto3 em 2013, com certeza.

Confira nos links abaixo as listas de inscritos para as três categorias:

Mundial de Motovelocidade 2013 – categoria Moto3 – lista de inscritos

Mundial de Motovelocidade 2013 – categoria Moto2 – lista de inscritos

Mundial de Motovelocidade 2013 – categoria MotoGP – lista de inscritos

Trio de brasileiros em Daytona

RIO DE JANEIRO – Três brasileiros vão correr juntos na 51ª edição das 24 Horas de Daytona, que abrirá a temporada 2013 da Grand-Am, na divisão Rolex Sports Car Series. A equipe Action Express Racing, que já fechara com Christian Fittipaldi para todo o próximo campeonato, anunciou hoje mais dois pilotos do nosso país ao volante de um dos Corvette DP da equipe.

Um já disputou a corrida neste ano – e foi muito bem – terminando em 3º na geral. Falo do brasiliense Felipe Nasr, que ganhou como prêmio pela campanha na Europa em 2011 um teste – pela própria Action Express – e foi tão bem que Mike Shank o convidou para disputar a corrida deste ano, mesmo usando um protótipo Riley geração II, enquanto o outro carro do time era o geração III.

O outro brasileiro conhece bem a pista de Daytona – só que no traçado oval. Entretanto, sua experiência em mistos é igualmente boa. Nelson Ângelo Piquet, eleito recentemente o piloto mais popular da Truck Series, categoria de picapes da Nascar, fará sua estreia nas 24 Horas do circuito da Flórida. Ele não é um neófito em corridas longas: fez Le Mans com um Aston Martin LMGT1 e ganhou as Mil Milhas Brasileiras em 2006, numa parceria com o pai Nelson Piquet, com Hélio Castroneves e Christophe Bouchut, num carro idêntico.

A tripulação será completada por outro piloto muito bom: o alemão Mike Rockenfeller, piloto oficial da Audi e que vira e mexe disputa provas da Grand-Am, também fechou contrato para ser o quarto integrante deste carro. O outro, por enquanto, tem os irmãos Brad e Burt Frisselle e o português João Barbosa, que já haviam assinado para toda a temporada 2013 da Grand-Am.

Cara nova na Williams

RIO DE JANEIRO – O que o jornalista Américo Teixeira Júnior já antecipara há algum tempo se confirmou nesta quarta-feira. Três dias após o término da temporada 2012, a Williams anunciou mudanças na sua equipe para o campeonato da Fórmula 1 no ano que vem. E sobrou para Bruno Senna, que não fica mesmo na equipe de Grove. O finlandês Valtteri Bottas, campeão da GP3 em 2011, recebe a chance de ouro de sua carreira e, aos 23 anos, se torna o segundo estreante do próximo campeonato – o primeiro confirmado é o mexicano Esteban Gutiérrez, que assinou com a Sauber.

A Finlândia é um daqueles fenômenos meio inexplicáveis do automobilismo. Com a confirmação de Bottas, são apenas nove pilotos na história da categoria – sendo que Leo Kinnunen só fez uma corrida e Mikko Kozarowitzky, nenhuma. Os outros seis proporcionaram quatro títulos mundiais (um de Keke Rosberg, que é nascido na Suécia, dois de Mika Häkkinen e um de Kimi Räikkönen) e um total de 45 vitórias. Proporcionalmente ao número baixo de pilotos que possui, a Finlândia é um dos países mais bem representados na Fórmula 1.

Fechando este parêntese, fica claro que a preferência por Bottas foi influenciada pela presença de seu empresário, o austríaco Christian “Toto” Wolff, que agora é um dos homens fortes da equipe Williams. Ele manobrou para pôr Bottas nos treinos livres de sexta-feira, quando os novatos na categoria podem andar, já que os testes ao longo do campeonato foram para o vinagre. Com um pouco mais de quilometragem no currículo, a equipe agora resolveu apostar nele – embora tivesse havido resistência à mudança. Alguns integrantes do time eram refratários quanto a uma saída de Bruno Senna.

Só que a temporada deste ano deixou claro algumas coisas: o venezuelano Pastor Maldonado, embora cometa burrices a três por quatro, “jantou” o brasileiro no confronto direto dentro da pista – em ritmo de qualificação. Os resultados da temporada não traduzem isso, exatamente em vista da inconstância demonstrada por Pastor, que só pontuou cinco vezes em vinte corridas. Senna, embora mais regular, tendo pontuado em metade das provas, se classificava quase sempre no meio do pelotão e só em duas oportunidades foi ao Q3. Para quem precisava mostrar serviço e permanecer na equipe em 2013, 31 pontos e o 16º lugar no campeonato foi pouco.

É claro que a Williams não vai voltar aos dias de glória com Maldonado e muito menos com Valtteri Bottas. Mas a Fórmula 1, hoje, para um time médio, é feita de resultados. Não adianta ter carisma, como é o caso de Kamui Kobayashi. Não adianta ter um sobrenome de peso, como Bruno Senna tem. É preciso primeiro ter fome para derrotar o companheiro de equipe dentro da pista. O resto é consequência de todo um trabalho. E quem garante que o mesmo que aconteceu ao brasileiro não pode ocorrer ao finlandês também?

Fora da Williams para 2013, Bruno Senna tem duas alternativas no horizonte: a Force India, com um carro bem melhor que o do time que defendeu neste ano e a Caterham, onde a vaga de companheiro do francês Charles Pic será disputada a tapa. O brasileiro tem uma experiência de dois anos e meio na categoria que não pode ser tão desprezada assim. Só que a segunda dispensa consecutiva de uma equipe coloca algumas incertezas sobre o seu futuro dentro da própria Fórmula 1.

Leitores, agora é com vocês. O que acharam da novidade? Opinem.

Discos eternos – Axis: Bold as Love (1968)

RIO DE JANEIRO – Como hoje, 27 de novembro, James Marshall Hendrix, ou melhor, Jimi Hendrix, se estivesse vivo, teria 70 anos de idade. Em homenagem ao maior guitarrista da história da música, reproduzo aqui um texto que escrevi no blog Saco de Gatos em 18 de março de 2008.

Nos anos 60, The Jimi Hendrix Experience só tinha paralelo com o Cream. Por dois motivos: um, porque ambos os grupos tinham a básica formação guitarra-baixo-bateria. E o segundo, muito simples – quase simultaneamente tanto uma banda quanto a outra lançaram discos absolutamente essenciais para o rock and roll contemporãneo.

O Experience e especialmente seu frontman Jimi Hendrix sofriam sem dúvida muito mais pressão, tamanha a responsabilidade de repetir em Axis: Bold as Love o que tinham feito no excelente Are You Experienced, o disco de estréia também lançado em 1967. Mesmo entre turnês massacrantes e viagens cansativas, Hendrix, Noel Redding e Mitch Mitchell se lançaram em estúdio para gravar mais um disco – com a produção sempre diligente de Chas Chandler.

Em pouco mais de 38 minutos e treze faixas, a banda transita entre a doçura de músicas como “Castles Made of Sand”, com a fúria de “Spanish Castle Magic”, a estrutura melódica vai-e-volta da sensacional “If 6 Was 9” – que entrou na trilha sonora do filme Sem Destino, a crueza de “She’s So Fine”, faixa composta e cantada por Noel Redding e também aquela música que é o grande clássico de Hendrix neste disco: “Little Wing”.

Com sua mistura perfeita entre as guitarras rítmica e principal – fruto de uma excelente mixagem de Alan Douglas, “Little Wing” cativa o ouvinte. E consagra seu autor como um grande compositor de blues e rock and roll. A música é tão boa que mereceu gravações de artistas de diversas vertentes, feito Metallica, Sting e o craque da guitarra Stevie Ray Vaughan.

Tal como Are You ExperiencedAxis: Bold as Love é mais um álbum essencial para a história da música. Mesmo que seja deixado de lado por alguns fãs e pela crítica, eis um trabalho honesto e que mostrava que o Cream tinha dedicados rivais à altura do seu imenso talento.

Ficha técnica de Axis: Bold as Love
Selo: Reprise / MCA
Produção: Chas Chandler
Gravado entre maio e junho de 1967 no Olympia Studios em Londres, Inglaterra
Tempo total: 38’49”

Músicas:

1. EXP (Hendrix)
2. Up From The Skies (Hendrix)
3. Spanish Castle Magic (Hendrix)
4. Wait Until Tomorrow (Hendrix)
5. Ain’t No Telling (Hendrix)
6. Little Wing (Hendrix)
7. If 6 Was 9 (Hendrix)
8. You Got Me Floatin’ (Hendrix)
9. Castles Made of Sand (Hendrix)
10. She’s So Fine (Redding)
11. One Rainy Wish (Hendrix)
12. Little Miss Lover (Hendrix)
13. Bold As Love (Hendrix)

Pequenas maravilhas – Honda NSR de Alex Barros

RIO DE JANEIRO – Não me recordo mais em que ano foi lançada uma coleção de motocicletas de competição nas bancas. Só sei que tenho 15 dos exemplares lançados na ocasião. Parei de colecionar porque não tinha como sustentar um luxo grande demais para um jornalista que nunca ganhou muito dinheiro mesmo.

Apesar de não ter completado a coleção, tenho um carinho enorme pelas minhas miniaturas. Até porque vi várias delas na pista e uma delas, em especial, é de um brasileiro. Falo da Honda NSR500 de Alexandre Barros, com que ele competiu na categoria 500cc em 2001 e em grande parte da temporada inicial da MotoGP em 2002.

A moto, decorada com as cores da West Honda Pons, atende às restrições da publicidade de tabaco, que foi proibida mundialmente no motorsport. Com ela, Barros foi 4º colocado nas temporadas a que me referi e também no GP do Brasil em ambas as corridas, disputadas em Jacarepaguá.

Será que um dia o Alex autografa essa miniatura? Tomara que sim. Gosto muito dele. Junto ao Walter “Tucano” Barchi, ao Denísio Casarini, ao Edmar Ferreira, a Antonio Jorge Neto e principalmente ao falecido Adu Celso, ele é um dos nomes da motovelocidade nacional que mais admiro, por tudo o que fez na carreira.

PS.: mandem fotos de suas miniaturas que eu publico aqui, leitores. O espaço é também de vocês!