E lá vamos nós…

RIO DE JANEIRO – Muito bem: é hora da bandeira quadriculada para o A Mil Por Hora.

Não… o blog NÃO encerrou sua trajetória. Muito pelo contrário: estamos iniciando, a partir de hoje, 9 de maio, uma nova fase.

O blog passa a fazer parte do leque de opções do Grande Prêmio, para o qual já escrevo colunas desde março. Será um prazer e uma honra fazer parte também com o blog do timaço comandado pelo Flavinho Gomes e pelo Victor Martins.

Conto com a valiosa audiência de todos vocês para alavancar ainda mais um espaço que, em menos de dois anos, somou 1,7 milhão de pageviews, sem estar vinculado a nenhum portal. A força de vocês foi fundamental para essa marca expressiva. E isso não tem preço.

Então, convido todos vocês a acessar o novo A Mil Por Hora, clicando neste link. O conteúdo que aqui estava, foi migrado para lá, na íntegra. Aos poucos, vamos afinando pequenos detalhes que ainda não foram corrigidos. Mas é questão de tempo.

Obrigado a todos, mais uma vez!

Retrô

2014581621686_temp_Penske_Castroneves_IIRIO DE JANEIRO – E aí está a pintura retrô do carro #3 de Hélio Castroneves para a disputa das 500 Milhas de Indianápolis pelo Team Penske. Além do piloto brasileiro, somente Johnny Rutherford e Rick Mears guiaram – e venceram – com esta pintura no mítico oval de 2,5 milhas em toda a história. Lembrei que Al Unser venceu também com um carro amarelo em 1987, mas o patrocínio era Holset/Cummins.

Eu achei sensacional essa ideia e, se vocês prestarem atenção, o capacete que está ali em cima do defletor lateral também remete ao “casco” de Rick Mears, o Rei dos Ovais.

Salut, Gilles

image1RIO DE JANEIRO – Lá se vão 32 anos desde o sábado, 8 de maio de 1982. Nesse dia, morreu o canadense Gilles Villeneuve, ídolo de toda uma geração que acompanhava automobilismo. Foi a primeira vez que chorei com a morte de um piloto – porque eu era fã do canadense – e não fui o único: meu pai, que estivera comigo no GP do Brasil em Jacarepaguá, naquele ano, não conseguiu conter as lágrimas de tristeza.

Em 2012, quando completou-se 30 anos da perda monumental, publiquei no meu ex-blog algumas frases ditas por ele e por outros sobre Gilles Villeneuve, que tomo a liberdade de republicar hoje, aqui e agora.

“O meu cheiro preferido é o da borracha queimada.”
(Gilles Villeneuve)

“Foi o piloto mais maluco que a Fórmula 1 já viu.”
(Niki Lauda)

“Saí da pista muitas vezes, mas me diverti muito.”
(Gilles Villeneuve)

“Ele era maluco, mas era um fenômeno. Conseguia fazer coisas que eram inalcançáveis para os demais.”
(Nelson Piquet)

“A minha estratégia? É andar o mais rápido possível o tempo todo.”
(Gilles Villeneuve)

“Penso que temos em Gilles um piloto maravilhoso.”
(Enzo Ferrari)

“Ele sempre arriscou mais do que qualquer outro piloto. Foi assim que construiu sua carreira.”
(Eddie Cheever Jr.)

“O homem é uma ameaça pública.”
(Ronnie Peterson)

“Enquanto eu queria me manter vivo, Gilles queria ser o mais rápido sempre – mesmo nos testes.”
(Jody Scheckter)

“O comendador, em pessoa, me telefonou e perguntou: ‘Você está pronto para guiar para nós?’ E eu respondi: ‘É claro que estou’”
(Gilles Villeneuve)

“Gilles foi o homem mais genuíno que conheci.”
(Jody Scheckter)

“Não se esqueçam que Nuvolari ganhou uma corrida só com três rodas.”
(Enzo Ferrari)

“Disse para mim mesmo: ‘Este é o Scheckter, este é o Andretti e eu consigo andar com eles.’ Fiquei muito satisfeito.”
(Gilles Villeneuve)

“Estava à espera de que uma Renault pudesse aparecer durante a largada, mas do nada veio uma Ferrari. Fui pego de surpresa e pensei: ‘De onde raios veio Villeneuve?’”
(Alan Jones)

“Ele é diferente de nós.”
(Jacques Laffite)

“Conheci apenas um piloto com a mesma capacidade que Villeneuve demonstrava ao controlar um carro: Jim Clark.”
(Chris Amon)

“Somente duas pessoas poderiam ter feito aquilo – Villeneuve e eu. Para mim, aquilo é a melhor memória de Gilles. Ele era uma ótima pessoa tanto fora, quanto dentro da pista. Gostava dele porque era natural. Ele era muito popular porque dizia exatamente o que estava na sua cabeça. Aquilo era muito importante para mim.”
(René Arnoux)

“Não penso em morrer. Mas aceito o fato de que a morte faz parte do jogo.”
(Gilles Villeneuve)

“Pensei que ele talvez fosse um pouco maluco.”
(Joanna Villeneuve)

Sua Majestade, Jair Rodrigues

Aperte o Play! Jair RodriguesRIO DE JANEIRO – Jair Rodrigues de Oliveira era daquelas pessoas que a gente achava que iria ficar por muito tempo neste plano, nesta vida. Pelo menos era a minha impressão, pois sempre percebi nele uma alegria infinita de viver. O “Cachorrão”, como era conhecido, transpirava simpatia e sorrisos, com quem quer que fosse.

Mas hoje, qual não é a nossa surpresa ao saber que o Jair Rodrigues se foi.

Setenta e cinco anos de idade, mais de cinquenta de carreira. Dois filhos – Luciana Mello e Jairzinho – que seguiram os passos do pai, orgulhosos do ídolo e referência. Um artista avant la lettre: foi o nosso primeiro rapper – alguém tem dúvidas disso? – com o clássico “Deixa isso pra lá”, aquele das mãozinhas pra cima e pra baixo. Ele foi também um grande intérprete de sambas, que na verdade pontuaram mais a sua carreira nos palcos e nos discos, mas como bom sujeito nascido em Igarapava, no interior de São Paulo, foi amamentado pelas modas de viola – que cantava com a alma, com o coração.

Por ser um intérprete versátil, carismático e sobretudo divertido, Jair foi requisitado para participar do histórico programa O Fino da Bossa com Elis Regina e os não menos históricos discos Dois na Bossa, que o alavancaram para o patamar das grandes estrelas da MPB. Embora Ronaldo Bôscoli tivesse sérias restrições ao jeitão de Jair, que era um tanto quanto espalhafatoso, a dupla fazia sucesso – até que as circunstâncias os separaram.

Jair foi também figura de proa na Era de Ouro dos Festivais de MPB. No de 1966, imortalizou a “Disparada” de Théo de Barros e Geraldo Vandré, tornando-a um clássico, talvez a maior música sertaneja da história. Também foi protagonista involuntário da confusão envolvendo a canção “O combatente” (cuja torcida organizada vaiou a desclassificação da música, provocando uma quizumba no Teatro Paramount), no ano seguinte e defendeu “A família”, música escrita por Ary Toledo e Chico Anysio, junto aos Golden Boys em 1968 – ano em que também participou de forma brilhante na interpretação de “Canto chorado” (Billy Blanco), com os Originais do Samba.

Ao todo, foram 43 discos lançados como intérprete, incluindo a série Dois na Bossa. Em muitos deles, Jair imortalizou com sua voz sambas lendários como “Tristeza”, “Foi um rio que passou em minha vida”, “Festa para um rei negro”, “Orgulho de um sambista”, “Diz que eu fui por aí”, “Saudosa maloca”, “Sou da madrugada”, “As quatro estações do ano”, “Lendas do Abaeté” e por aí afora.

Mas as modas de viola, vez ou outra, eram lembradas e igualmente imortalizadas na sua voz. Quem há de esquecer d’ele cantando “A majestade, o sabiá” e “Menino da porteira”? Difícil… muito difícil.

A voz de Jair Rodrigues se cala, infelizmente, neste 8 de maio de 2014. A música brasileira fica, a cada dia, mais triste e mais pobre.

Ficarão para sempre as canções e a saudade.

Dê um beijo na Elis e um abraço no Vina, “Cachorrão”. E avise para eles que a coisa tá cada vez mais preta. Mas a gente vai levando…

Surpresa

RIO DE JANEIRO – O artigo foi escrito em 24 de abril mas só hoje, dando uma fuçada no Google, terminei por descobrir que um blog de uma disciplina da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), cidade do interior do Paraná, teceu os mais rasgados elogios ao A Mil Por Hora.

O texto escrito por Daniel Schneider diz que o blog é uma ótima opção para acompanhar e conhecer novas séries de corridas. Não à toa, o total de pageviews ultrapassou a casa de 1,7 milhão nesta quarta-feira e com certeza os números chegarão a 2 milhões ainda antes do fim do ano.

Fico surpreso, agradecido e envaidecido porque o A Mil Por Hora virou alvo da matéria Crítica de Mídia, do 2º ano do curso de jornalismo da UEPG. São situações como esta que fazem valer a pena manter esse espaço.

A volta

RIO DE JANEIRO – O confrade de Fox Sports Paulo Lima foi o portador da melhor notícia que eu podia ter no mês de maio: John Pizzarelli, um dos maiores guitarristas de jazz contemporâneo, que prestou tributos sensacionais aos Beatles, Frank Sinatra e a Nat King Cole, volta ao Brasil para uma temporada e o Rio de Janeiro fará parte das apresentações do músico, que também se apresenta em São Paulo, no lendário Bourbon Street e também em Natal, Recife e Porto Alegre.

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O show de Pizzarelli no Rio será em 15 de maio, uma quinta-feira, no Teatro Bradesco Rio, na Av. das Américas, 3.900, no shopping Village Mall. O guitarrista de 54 anos, completados no último dia 6 de abril, é um habitué dos palcos brasileiros. Tive a oportunidade de assistir ao vivo a um de seus shows no finado Mistura Fina da Lagoa, em 2005. Além de um tremendo músico e de uma ótima banda de apoio, com Tony Tudesco na bateria, Martin Pizzarelli (seu irmão mais novo) no contrabaixo e Larry Fuller no piano, ele tem uma simpatia e um carisma inexcedíveis. Recebeu o público com o maior carinho no intervalo entre o primeiro e o segundo shows naquela oportunidade. Ele autografou todos os CDs que levei e tirou uma foto comigo, que reproduzo aqui acima.

Pizzarelli tem, além do mérito das grandes homenagens – considero excepcionais os discos em que ele recria os clássicos dos Beatles e de Nat King Cole – um bom humor nos palcos que é fora de série. Um de seus mais divertidos números é “I like Jersey best”. Nessa canção, ele faz imitações de Bob Dylan, Lou Reed, Beach Boys, Mel Tormé, Billie Holliday e, recentemente, incorporou à sua performance Bee Gees e Roy Orbison. As risadas da plateia são inevitáveis!

Por conta de seu regresso ao Brasil, “I like Jersey best”, com John Pizzarelli e banda é o clip da semana.

WTCC: Citroën segue com 60 kg extras na Eslováquia

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RIO DE JANEIRO – O Mundial de Carros de Turismo segue em ritmo frenético na temporada 2014. No próximo domingo, teremos a quarta rodada dupla, marcada para o circuito Slovakia Ring, em Orechová Potôň, lugarejo de menos de 3 mil habitantes a 40 km da capital do país, Bratislava.

A corrida terá o maior número de carros inscritos na temporada: serão 21 autos no circuito de 5,922 km de extensão, por conta do retorno de Petr Fulín, da República Tcheca, a bordo de um segundo Seat da escuderia Campos Racing. Serão cinco os competidores na TC2 – além dele, estão inscritos Pasquale Di Sabatino, Franz Engstler, John Filippi e Yukinori Taniguchi.

O público da região dos Balcãs deve comparecer em bom número ao circuito, por conta da presença do sérvio Dusan Borkovic, atual campeão europeu de Turismo. Outro que pode arrastar uma legião de fãs é o húngaro Norbert Michelisz. Curioso notar que a etnia de Orechová Potôň é composta de 93% de descendentes de húngaros e pouco menos de 6% de eslovacos.

Na parte técnica, a Citroën continua com os mesmos 60 kg extras que carregou na rodada dupla da Hungria, por conta da diferença de performance aferida nas três primeiras provas do certame. Apesar deste lastro suplementar, quem chega à Eslováquia comandando o campeonato é José María López, com dez pontos de vantagem para Yvan Muller. O multicampeão do Rali Sébastien Loeb está em 3º lugar, a 31 pontos da liderança.

Acompanhe a lista de inscritos:

#1 CITROËN TOTAL WTCC FRA
Citroën C-Elysée WTCC
Yvan Muller

#2 CASTROL HONDA WTC TEAM ITA
Honda Civic WTCC
Gabriele Tarquini

#3 ROAL MOTORSPORT ITA
Chevrolet RML Cruze TC1
Tom Chilton

#4 ROAL MOTORSPORT ITA
Chevrolet RML Cruze TC1
Tom Coronel

#5 ZENGÖ MOTORSPORT HUN
Honda Civic WTCC
Norbert Michelisz

#6 LIQUI MOLY TEAM ENGSTLER DEU
BMW 320 E90 TC
Franz Engstler

#7 CAMPOS RACING SPA
Chevrolet RML Cruze TC1
Hugo Valente

#8 LIQUI MOLY TEAM ENGSTLER DEU
BMW 320 E90 TC
Pasquale Di Sabatino

#9 CITROËN TOTAL WTCC FRA
Citroën C-Elysée
Sébastien Loeb

#10 CAMOZZI MÜNNICH MOTORSPORT DEU
Chevrolet RML Cruze TC1
Gianni Morbidelli

#11 LADA SPORT LUKOIL RUS
Lada Granta 1.6T
James Thompson

#12 LADA SPORT LUKOIL RUS
Lada Granta 1.6T
Rob Huff

#14 LADA SPORT LUKOIL RUS
Lada Granta 1.6T
Mikhail Kozlovskiy

#18 CASTROL HONDA WTC TEAM ITA
Honda Civic WTCC
Tiago Monteiro

#22 CAMPOS RACING SPA
Seat Leon WTCC
Petr Fulín

#25 PROTEAM RACING ITA
Honda Civic WTCC
Mehdi Bennani

#27 CAMPOS RACING SPA
Seat Leon WTCC
John Filippi

#37 CITROËN TOTAL WTCC
Citroën C-Elysée WTCC
José María López

#77 ALL-INKL.COM MÜNNICH MOTORSPORT DEU
Chevrolet RML Cruze TC1
René Münnich

#98 NIS PETROL BY CAMPOS RACING SPA
Chevrolet RML Cruze TC1
Dusan Borkovic

#99 NIKA RACING SWE
Honda Civic WTCC
Yukinori Taniguchi

Outsiders: Stefan Bellof, aquele que poderia ter sido… e não foi

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RIO DE JANEIRO – Enquanto o mundo do automobilismo relembra Ayrton Senna e os 20 anos da perda monumental do brasileiro, no próximo ano os alemães certamente terão motivos para recordar um piloto que tinha tudo para ser o primeiro daquele país a brilhar na Fórmula 1. Não é falácia: é fato. Stefan Bellof era um talento nato e estava na mira de grandes equipes, antes do acidente que o levou com menos de 30 anos de idade.

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Nascido em 20 de novembro de 1957 em Giessen, na então Alemanha Ocidental, Bellof começou seguindo os passos do irmão mais velho, Geörg, logicamente nos karts, praticamente na mesma época que Ayrton Senna, que era pouco menos de três anos mais jovem, em 1973. Logo em seu primeiro ano, foi 4º colocado no Campeonato Alemão. Em 1976, Bellof levou o primeiro título internacional, com o troféu do International Karting Championship, no Grão-Ducado de Luxemburgo. O piloto disputou também o Mundial em Hägen, na Alemanha, e terminou na 13ª posição.

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Geörg foi campeão alemão de Kart em 1978 e dois anos mais tarde, era Stefan quem repetia o feito do mano mais velho. Porém, sua carreira nos monopostos já estava a todo vapor, na Fórmula Ford. Bellof estreara nessa categoria em 1979 com um 2º lugar em Hockenheim e no ano seguinte, o mesmo do título de Campeão Alemão de Kart, ele se consagraria Campeão Alemão de FF1600, com um total de oito vitórias e nove pódios em 12 etapas. Avassalador.

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No ano seguinte, seguiu na FF1600 na defesa do seu título, mas não foi feliz. Fez algumas provas de FF2000 e ainda em 1981 já estava na Fórmula 3, pela equipe de Bertram Schäfer. Mesmo sem disputar as duas primeiras provas daquela temporada, chegou à última etapa com sete pontos de vantagem sobre Frank Jelinski e Franz Konrad, seus rivais na briga pelo título. Fracassou na prova decisiva em Nürburgring e ainda terminou o campeonato em 3º lugar, atrás do campeão Jelinski e do vice Konrad, derrotado por onze pontos.

Para fechar o ano, Stefan voltou à Fórmula Ford e fez uma aparição polêmica no Festival Mundial de Brands Hatch. Acabou excluído de uma das baterias de quartas-de-final, na qual terminara em 6º lugar por “excesso de arrojo”. O piloto fez uma promessa, logo após a desclassificação, ao chefe dos comissários.

“Acompanhe melhor a minha carreira. Estarei aqui de volta à Inglaterra, no ano que vem. E vou vencer minha primeira prova de Fórmula 2”.

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Tanta confiança veio quando Eje Elgh, 3º colocado da Fórmula 2 Europeia em 1981, ficou impressionado com Stefan após o primeiro teste do piloto alemão com um carro da categoria. Em Paul Ricard, na França, Bellof tivera a chance de experimentar um modelo Maurer-BMW em confronto com Alain Ferté e Mike Thackwell. Willy Maurer gostou do que viu e ouviu. Tanto que fechou um contrato com Bellof para que o alemão integrasse sua equipe na Fórmula 2 e também mais um compromisso: Maurer seria, também, o empresário do piloto por um período de oito anos.

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A abertura do Europeu de F-2 em 1982 foi mesmo na Inglaterra, no circuito de Silverstone. Mesmo largando da 9ª posição do grid, Stefan cumpriu a promessa ao comissário de Brands e venceu com 21 segundos de margem para Satoru Nakajima, este a bordo de um March-Honda da equipe de Tetsu Ikuzawa. Não satisfeito, Bellof ganhou também a 2ª etapa, o Jim Clark Memorial Trophy, diante de uma legião de torcedores em Hockenheim, por apenas quatro segundos sobre o belga Thierry Boutsen, com um Spirit-Honda.

Em Thruxton, o piloto bateu logo na primeira volta, envolvido numa colisão com Thierry Tassin e Roberto Del Castello. Foi 5º colocado em Nürburgring, sétimo em Mugello, abandonou em Vallelunga, chegou em nono no circuito francês de Pau e bateu em Spa. Tudo isso antes de voltar ao pódio com um 3º lugar em Hockenheim, na 9ª etapa do campeonato.

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O piloto ainda seria sexto em Donington, na Grã-Bretanha, abandonando em Mantorp Park. Com um 2º lugar em Enna-Pergusa e a quinta posição em Misano Adriático, Bellof somou um total de 33 pontos e acabou o campeonato em quarto lugar. Uma excelente temporada para um estreante como ele.

Em paralelo com a F-2, o jovem piloto, então com 24 anos, estreou no World Sportscar Championship, o Mundial de Carros Esporte. Com um Kremer CK5, o piloto disputou os 1000 km de Spa-Francorchamps. A dupla andou bem até abandonar na 51ª volta com problemas no motor de arranque do protótipo. Na semana anterior, o piloto disputara a Hessen Cup em Hockenheim pelo DRM, certame que tornou-se o embrião do DTM.

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Na temporada de 1983, Stefan seguiu com a Maurer para mais uma temporada de 1982, ao mesmo tempo em que se consolidava como uma das apostas da Porsche para o World Sportscar Championship. Em sua primeira corrida com um Rothmans Porsche 956C, venceu em dupla com Derek Bell os 1000 km de Silverstone – com mais de um minuto de vantagem para Stefan Johansson/Bob Wollek.

Cabe, aliás, uma curiosidade: o tempo da pole de Bellof – 1’13″15, teria classificado o piloto alemão no 12º lugar no grid do GP da Inglaterra de Fórmula 1 em 1981, lá mesmo em Silverstone. Logo depois, o piloto registraria outra marca histórica: no circuito de Nürburgring, em pleno Nordscheleife, Stefan detonou os cronômetros e registrou a volta mais rápida da história da pista – 6’11″13, sendo o primeiro a obter a média horária acima dos 200 km/h no desafiador circuito de 183 curvas e quase 23 km de extensão. Em ritmo de prova, o tempo de 6’25″91 é também o recorde absoluto do Ring. Mas na corrida, Bellof se estatelou na curva Pflanzgarten, abandonando a prova.

O piloto venceu também em Kyalami e em Fuji, no Japão, resultados que deixaram-no em 4º lugar ao fim do campeonato do WSC em 1983.

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Na Fórmula 2, os resultados de Bellof não foram tão brilhantes: chegou em 4º em Silverstone e em segundo no circuito de Jarama, na Espanha. Na prova de rua realizada em Pau, acabou em 3º lugar, mas foi desclassificado. Aliás, ele e seu companheiro de equipe Alain Ferté: os dois Maurer-BMW estavam fora do regulamento, abaixo do peso mínimo limite. Bellof acabou num modesto 9º lugar, com nove pontos.

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O fim do ano de 1983 representou o primeiro contato do piloto com um Fórmula 1. Na verdade, a estreia dele vinha sendo ‘ensaiada’ com constantes boatos da aparição do nome de Bellof na lista de inscritos de várias provas. ATS e McLaren cogitaram oferecer cockpits ao jovem piloto e nesta última, pelas ligações de Stefan com a Porsche, teoricamente as chances eram melhores para o futuro.

Tanto ele quanto campeão e vice da Fórmula 3 inglesa – Ayrton Senna e Martin Brundle – foram agraciados com um teste a bordo de um McLaren MP4/1C-Cosworth. Senna fez seu papel e Bellof, que veio logo depois do brasileiro, quebrou o câmbio do carro, antes que Martin Brundle efetuasse suas primeiras voltas.

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No entanto, a equipe que oferecia a Bellof a chance de estrear na F-1 seria a Tyrrell. O time britânico experimentava um lento processo de decadência e em 1984, a equipe era uma das únicas que ainda apostava nos motores Cosworth V-8, que tinham cerca de 150 HP a menos em relação às unidades com turbocompressores.

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A temporada não começou bem para o piloto alemão, com abandonos nos GPs do Brasil e da África do Sul. Apesar da deficiência do equipamento e do chassi 012, defasadíssimo em relação aos adversários, Bellof conseguiu chegar em 5º lugar no GP da Bélgica, em Zolder. Após mais um abandono em Dijon, no GP da França, veio Mônaco.

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Último no grid, ele passou em décimo-primeiro ao fim da primeira volta. É bem verdade que as duas Renault de Patrick Tambay e Derek Warwick bateram e outros pilotos tiraram o pé. Mas nada exclui os méritos de Bellof, que fez uma corrida tão extraordinária quanto a de Ayrton Senna.

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Na fatídica 31ª volta em que a corrida foi encerrada, o piloto da Tyrrell estava a 21 segundos do líder Alain Prost e a 13.7 de Ayrton Senna. O 3º lugar deu a Bellof mais dois pontos, porque os mesmos foram computados pela metade, uma vez que a prova não chegou a 75% de sua distância para pontuação integral.

Após dois abandonos consecutivos na perna da América do Norte e o 2º lugar de Brundle em Detroit, Bellof acabou vítima de uma falcatrua da equipe Tyrrell: o uso de lastro no tanque de combustível, que fazia o carro ter, na verdade, 80 kg a menos que o permitido no regulamento. Com o tanque vazio, o modelo 012 ficava mais veloz e consequentemente mais estável. E já desde o GP do Brasil havia desconfianças acerca da legalidade dos carros do time, pois Brundle, em determinado momento da prova, parou para reabastecer o carro com… água.

A Tyrrell apelou da eliminação do campeonato e conseguiu dar sequência à temporada: participou normalmente nos GPs de Dallas, Inglaterra e Alemanha, no qual Bellof ausentou-se por um compromisso com a Porsche no World Sportscar Championship em Mosport, no Canadá. Na Áustria, Bellof não conseguiu a classificação e em Zandvoort, o piloto e a equipe disputaram sua última prova em 1984: no intervalo entre o GP da Holanda e a etapa da Itália, a Corte de Apelação da FIA anunciou a exclusão definitiva da Tyrrell do Mundial de Construtores, do restante do campeonato e a cassação dos 12 pontos somados por seus pilotos – oito por Brundle e quatro por Bellof.

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Se na F-1 Bellof acabou prejudicado, no WSC ele foi o melhor piloto do ano. Revezando-se a bordo dos carros da Rothmans Porsche e da Brun Motorsport, o alemão consagrou-se campeão mundial de pilotos do World Sportscar Championship. Venceu em Monza sob grande controvérsia (o carro dele e de Derek Bell estaria fora do peso na vistoria) e também em Nürburgring, Spa-Francorchamps, Mosport e Sandown Park. Levou o título por oito pontos sobre o compatriota Jochen Mass e ajudou na conquista da Porsche entre os construtores.

Não satisfeito, Bellof fechou o ano com mais um caneco: levou o título do DRM com três vitórias e duas pole positions. Também venceu em sua única aparição no Campeonato Japonês de Esporte-Protótipo. Ao todo, foram 16 corridas fora da Fórmula 1 e nada menos que nove vitórias no currículo.

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Bellof renovou com a Tyrrell para o Mundial de 1985 e manteve o vínculo com a Porsche para o WSC, através da Brun Motorsport. A despeito de não competir no GP do Brasil, em Jacarepaguá, fez uma grande corrida no Estoril, mais uma vez mostrando suas qualidades em condições adversas. No toró da prova portuguesa, o alemão largou de 21º e terminou em sexto, somando enfim o primeiro ponto dele para valer na Fórmula 1.

Àquela altura, seu nome começava a ganhar força como o novo piloto da Ferrari para a temporada de 1986. Nas provas seguintes, abandonou em San Marino, não correu em Mônaco e foi 11º colocado no Canadá. No GP dos EUA, em Detroit, mesmo com o carro danificado, Bellof deu um show e chegou em quarto. Nas últimas oportunidades em que competiu com o Tyrrell-Cosworth, ainda foi o 13º na França e 11º na Inglaterra.

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A Tyrrell costurou um acordo com a Renault e na segunda metade do campeonato, seus carros teriam motores turbo. O modelo 012 foi reformulado, recebendo um reforço no chassi para suportar a potência monstruosa dos motores franceses, especialmente em classificação. No GP da Alemanha, Bellof estreou a Tyrrell-Renault em Nürburgring, chegando em oitavo. E foi sétimo no GP da Áustria, antes de abandonar no GP da Holanda, em Zandvoort.

O piloto não podia imaginar que aquela seria sua última corrida de Fórmula 1.

FIA World Endurance Championship

Nos finais de semana em que as provas não coincidiam, Bellof se juntava a Thierry Boutsen na condução do Brun Porsche 956C durante a temporada de 1985 do World Sportscar Championship. Os 1000 km de Spa-Francorchamps, em 1º de setembro de 1985, seriam a quarta aparição do piloto na competição.

A dupla largara da 3ª posição, oito décimos atrás do Lancia LC2 pole position e na altura da 78ª volta, Bellof, que assumira a pilotagem no lugar de Boutsen, lutava contra o ídolo local e lenda da Endurance Jacky Ickx pela liderança da corrida. Os dois seguiram da La Source em direção à reta que leva ao complexo Eau Rouge-Raidillon, com Ickx à frente de Bellof. O piloto tentou a ultrapassagem num dos pontos mais perigosos da pista e o belga não cedeu. O resultado…

Após o acidente, houve incêndio no Porsche de Bellof e os comissários e a equipe de resgate trataram de entrar em ação. Mas não havia nada que pudesse ser feito: aos 27 anos, em decorrência de inúmeras lesões internas, Stefan Bellof morrera. Em respeito ao ocorrido, a prova foi encerrada com 150 km por percorrer.

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A morte prematura de Bellof não foi a única daquele ano no WSC: Manfred Winkelhock fora vítima de um estouro de pneu a alta velocidade no circuito de Mosport, perdendo o controle do carro e também a vida, igualmente a bordo de um Porsche 956. Após estas tragédias, cada vez menos pilotos de Fórmula 1 continuaram se revezando entre os monopostos e os protótipos.

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Foi uma pena que uma carreira tão promissora tenha se encerrado de forma tão abrupta, tão trágica. E pensar que Bellof era o ídolo de infância de um certo Michael Schumacher que, talvez inspirado por seus feitos nas pistas, ficou então com o posto de maior promessa alemã – tornado realidade com sete títulos e anos de serviços prestados à Ferrari.

Podia ter sido diferente…

Direto do túnel do tempo (190)

tommy_byrne__1982__by_f1_history-d6iuf5lRIO DE JANEIRO – O piloto a bordo do Theodore TY02, carro da equipe de Teddy Yip, é um dos aniversariantes de hoje, 6 de maio. O taurino Tommy Byrne completa 56 anos de idade.

Irlandês de Drogheda, o piloto tinha 24 anos quando fez suas únicas aparições na Fórmula 1 em 1982. Disputava em paralelo a Fórmula 3 inglesa, da qual foi campeão. E foi atirado às feras numa temporada das mais traumáticas da categoria, num carro pouco competitivo e que fora revezado, desde o início daquele ano, por Derek Daly, Geoff Lees e Jan Lammers.

A primeira aparição de Byrne foi no GP da Alemanha, em Hockenheim. Com um tempo mais de 11 segundos pior que a pole position, não se qualificou na ocasião. Em Zeltweg, fez sua primeira prova: largou de último, apenas um milésimo mais lento que a ATS de Manfred Winkelhock. Abandonou na 28ª volta, após uma rodada, quando vinha em 12º.

Após novos dois insucessos para os GPs da Suíça, disputado em Dijon-Prenois e da Itália – e já campeão de F-3 – Byrne reapareceu no GP de Las Vegas, última etapa do campeonato, entre os que alinharam. A bem da verdade, o irlandês era o primeiro reserva, mas foi repescado porque Jean-Pierre Jarier, da Osella, fez forfait. E novamente sua corrida acabou numa rodada, desta vez na 39ª volta, quando era 15º no circuito do estacionamento do hotel Caesars Palace.

Apesar do título na categoria de base, Byrne jamais teve uma nova chance na Fórmula 1. Como prêmio pela conquista na F-3, teve um teste a bordo de um McLaren, ao lado de Stefan Johansson e Thierry Boutsen. Após um breve retorno à categoria em que foi vitorioso, o irlandês se transferiu para a American Racing Series, o embrião da categoria que hoje conhecemos como Indy Lights. Em 55 corridas, venceu 10 e foi vice-campeão duas vezes, em 1988 e 1989. Retirou-se das pistas em 1992, aos 34 anos de idade.

Há 32 anos, direto do túnel do tempo.

Feliz Ano Novo

943257_3117459153455_325242005_nRIO DE JANEIRO – A foto acima é do dia que marcou um turning point na minha vida.

Era 6 de maio de 2013, uma segunda-feira. Cinco meses e meio depois de ser mandado embora do antigo emprego, assim fui para o primeiro dia de Fox Sports. O primeiro dia do resto de uma vida que, creiam, é muito melhor em qualidade do que antes.

365 dias passaram rápido, até demais. O tempo é sábio e, embora algumas mágoas ainda permaneçam, tenho certeza que o melhor ainda está por vir. Fico feliz por saber que ainda existem pessoas que acreditam em mim e nesse período de um ano, soube corresponder à confiança dos meus colegas e dos meus superiores no meu novo desafio.

Agradeço de coração aos que torceram e, principalmente, ao pessoal do Fox Sports que me acolheu tão bem e me fez sentir em casa. E maio, um mês especial em muitos sentidos, marca também o 11º aniversário de minha trajetória como comentarista de automobilismo. Só tenho motivos para comemorar.

Feliz Ano Novo! Torcemos juntos!

Ponto de ônibus (40)

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RIO DE JANEIRO – Praça da Bandeira, 1976. Foto da coleção do Marcelo Almirante e aí está, em primeiro plano, o modelo Ciferal Urbano com o número de ordem #80507 da Transportes Choupal, que tinha a concessão da linha 455 (Méier-Copacabana). Essa linha, com o fim da Choupal, passou para a Verdun – que até hoje opera a linha dentro do “Consórcio Internorte” que a prefeitura de Eduardo Paes criou em circunstâncias estranhíssimas.

Atrás do “busão” da Choupal, podemos divisar o modelo monobloco da Mercedes-Benz, o O-362 da Rodoviária A. Matias com a pintura “Doriana” em seu coletivo, da linha 606 (Rodoviária-Engenho de Dentro). Já o 237, também com destino à Rodoviária Novo Rio, não consegui saber a que empresa pertencia. Peço, então, socorro aos busólogos de plantão.

Indy 500 já conta com 33 inscritos

RIO DE JANEIRO – A 98ª edição das 500 Milhas de Indianápolis, marcadas para o último domingo de maio, já contam com o tradicional total de carros que disputam a corrida mais tradicional da Fórmula Indy. Com a confirmação do australiano James Davison, de 27 anos, atingiu-se 33 pilotos inscritos para a prova. A informação veio através do jornalista Curt Cavin.

Davison, aliás, não poderia ter escolhido número mais sugestivo. Ele vai justamente com o carro #33, que é o bólido da Panther Racing presente nos testes da pré-temporada e que, com o fechamento da equipe de John Barnes estava disponível. O piloto, aliás, sabe que não pode errar naquela que pode ser sua 3ª aparição na Fórmula Indy. “Não tenho carro reserva”, confessou. “Preciso ser conservador nos treinos”. O budget também não permite que Davison participe de todas as sessões preparatórias de treinos antes dos dois dias de qualificação.

James será o quarto piloto da KV Racing Technology na Indy 500. Além dos titulares Sébastien Bourdais e Sebastián Saavedra, Townsend Bell também vai guiar para a equipe de Kevin Kalkhoven e Jimmy Vasser. A KV é a equipe atual campeã da prova, mas Tony Kanaan, que ganhou a corrida em 2013, tentará o bicampeonato agora defendendo a Ganassi.

Sete dos inscritos são rookies e a grande atração é Kurt Busch, inscrito num dos cinco carros da numerosa esquadra da Andretti Autosport. E entre os 33 pilotos, somente uma mulher. Com Bia Figueiredo na Stock Car brasileira, Simona de Silvestro contratada pela Sauber e Danica Patrick concentrada em tempo integral na Nascar, apenas Pippa Mann está inscrita, pela Dale Coyne Racing.

Os treinos oficiais da Indy 500 começam no domingo, 11 de maio. No dia anterior, será disputada uma inédita prova no circuito misto – e com largada parada.

A lista atual de inscritos das 500 Milhas de Indianápolis é esta:

#2 TEAM PENSKE
Dallara DW12 Chevrolet
Juan Pablo Montoya (W)

#3 TEAM PENSKE
Dallara DW12 Chevrolet
Hélio Castroneves (W)

#5 SCHMIDT PETERSON HAMILTON MOTORSPORTS
Dallara DW12 Honda
Jacques Villeneuve (W)

#6 KV RACING TECHNOLOGY
Dallara DW12 Chevrolet
Townsend Bell

#7 SCHMIDT PETERSON HAMILTON MOTORSPORTS WITH SMP RACING
Dallara DW12 Honda
Mikhail Aleshin (R)

#8 CHIP GANASSI RACING
Dallara DW12 Chevrolet
Ryan Briscoe

#9 CHIP GANASSI RACING
Dallara DW12 Chevrolet
Scott Dixon (W)

#10 CHIP GANASSI RACING
Dallara DW12 Chevrolet
Tony Kanaan (W)

#11 KV RACING TECHNOLGY
Dallara DW12 Chevrolet
Sébastien Bourdais

#12 TEAM PENSKE
Dallara DW12 Chevrolet
Will Power

#14 AJ FOYT ENTERPRISES
Dallara DW12 Honda
Takuma Sato

#15 RAHAL LETTERMAN LANIGAN RACING
Dallara DW12 Honda
Graham Rahal

#16 RAHAL LETTERMAN LANIGAN RACING
Dallara DW12 Honda
Oriol Serviá

#17 KV RACING TECHNOLOGY WITH AFS RACING
Dallara DW12 Chevrolet
Sebastián Saavedra

#18 DALE COYNE RACING
Dallara DW12 Honda
Carlos Huertas (R)

#19 DALE COYNE RACING
Dallara DW12 Honda
Justin Wilson

#20 ED CARPENTER RACING
Dallara DW12 Chevrolet
Ed Carpenter

#21 ED CARPENTER RACING
Dallara DW12 Chevrolet
JR Hildebrand

#22 DREYER & REINBOLD KINGDOM WITH CHIP GANASSI RACING
Dallara DW12 Chevrolet
Sage Karam (R)

#25 ANDRETTI AUTOSPORT
Dallara DW12 Honda
Marco Andretti

#26 ANDRETTI AUTOSPORT
Dallara DW12 Honda
Kurt Busch (R)

#27 ANDRETTI AUTOSPORT
Dallara DW12 Honda
James Hinchcliffe

#28 ANDRETTI AUTOSPORT
Dallara DW12 Honda
Ryan Hunter-Reay

#33 KV RACING TECHNOLOGY
Dallara DW12 Chevrolet
James Davison (R)

#34 ANDRETTI AUTOSPORT
Dallara DW12 Honda
Carlos Muñoz

#41 AJ FOYT ENTERPRISES
Dallara DW12 Honda
Martin Plowman (R)

#63 DALE COYNE RACING
Dallara DW12 Honda
Pippa Mann

#67 SARAH FISHER HARTMAN RACING
Dallara DW12 Honda
Josef Newgarden

#68 SARAH FISHER HARTMAN RACING
Dallara DW12 Honda
Alexandre Tagliani

#77 SCHMIDT PETERSON HAMILTON MOTORSPORTS
Dallara DW12 Honda
Simon Pagenaud

#83 CHIP GANASSI RACING
Dallara DW12 Chevrolet
Charlie Kimball

#91 LAZIER PARTNERS RACING
Dallara DW12 Chevrolet
Buddy Lazier (W)

#98 BRYAN HERTA AUTOSPORT
Dallara DW12 Honda
Jack Hawksworth (R)

Al Pease (1921-2014)

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RIO DE JANEIRO – Informa o sempre atento @Speeder76, o meu amigo Paulo Alexandre Teixeira, dono do excelente blog Continental Circus, que morreu Al Pease, aos 92 anos. O leitor há de perguntar: quem diabos é Al Pease?

E eu respondo: foi um dos pilotos de pior desempenho que se tem notícia na história da Fórmula 1.

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Nascido Victor Pease em 15 de outubro de 1921 em Darlington, na Inglaterra, radicou-se no Canadá. Fez sua estreia na categoria máxima aos 45 anos de idade, na primeira corrida realizada no circuito de Mosport, em Bowmanville, nas cercanias de Toronto. A bordo de um Eagle T1F com motor Climax de quatro cilindros em linha com cilindrada aumentada para 2,8 litros, qualificou-se em 16º na prova de estreia. Completou apenas 47 voltas das 90 previstas, prejudicado pela chuva, por problemas na bateria de seu carro e por um sem-fim de rodadas na pista molhada. E não foi classificado ao final da disputa.

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No ano seguinte, tentou a sorte com o mesmo carro, daquela vez com as cores da Castrol e na pista de Mont-Tremblant, em St. Jovite, com o objetivo de se classificar para o grid do GP do Canadá e assim disputar sua segunda prova na categoria máxima. Muito lento em todos os treinos, Pease ficou a quase dezesseis segundos da pole position obtida por Jochen Rindt. Culpa de uma chave de fenda que, incrivelmente, estava DENTRO do motor! É claro que o piloto canadense não foi autorizado a largar…

A gota d’água foi a corrida de 1969. Daquela vez, Pease conseguiu até uma façanha a bordo do seu defasado bólido: não foi o último no grid de 20 carros – já que seu tempo foi melhor que o dos compatriotas Bill Brack e John Cordts, além do suíço Silvio Moser. Só que ele foi 11 segundos mais lento que o pole e mais de cinco segundos pior que o estadunidense Pete Lovely, que corria num Lotus de Fórmula 2 adaptado.

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Pease caiu para último logo na terceira volta e resolveu cumprir à risca o papel de “chicane móvel” no GP do Canadá. Não satisfeito em atirar o Brabham de Silvio Moser para fora da pista ainda na primeira volta, o piloto (então com 47 anos, é bom lembrar) andava em ritmo demasiadamente lento não só nas retas como também nas curvas do circuito de Mosport.

Arrumou uma quizumba com o francês Jean-Pierre Beltoise, que tentava dar-lhe uma volta e prejudicou a corrida do piloto da Matra. Na altura da 22ª volta, quando Ken Tyrrell percebeu que a corrida de Jackie Stewart, que lutava palmo a palmo com Jacky Ickx pela liderança, corria o risco de ser atrapalhada pelo lento retardatário, a direção de prova interveio e exibiu bandeira preta para Al Pease.

Um caso inédito de desclassificação por deficiência técnica na história da Fórmula 1.

Pease ainda competiu de Fórmula 5000 em 1970 e depois, ao abandonar a carreira, dedicou-se a participar de eventos de carros clássicos no Canadá. Morava no Tennessee (EUA) e até o fim da vida cuidou da restauração de modelos antigos.

39 carros confirmados para Imola

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RIO DE JANEIRO – Após a ótima prova inaugural em Silverstone, o European Le Mans Series terá mais uma vez “casa cheia” no fim de semana da 2ª etapa do campeonato, marcada para o próximo dia 18 em Imola, no Autódromo Enzo e Dino Ferrari – para sempre na memória pelas tragédias do GP de San Marino de 1994.

Trinta e nove carros estão confirmados para a corrida que terá 4 horas de duração. São 10 protótipos LMP2, 14 inscritos da divisão LMGTE e os demais 15 bólidos são da LMGTC. Será a última prova do Morgan Nissan da Thiriet by TDS Racing – que venceu na abertura do campeonato – antes da estreia do Ligier JS P2 do time de Xavier Combet e Jacques Morello. A equipe é o alvo da vez e os demais times que corram atrás.

Como novidade, a única mudança em relação aos inscritos em Silverstone é a aparição de Tor Graves no #48 da Murphy Prototypes. O piloto tailandês, acometido de herpes zoster, não pôde correr na Inglaterra e desta vez fará sua estreia pelo time de Greg Murphy a bordo do Oreca Nissan. Na Sébastien Loeb Racing, Rene Rast fica impedido de competir em razão da coincidência de datas entre esta prova e o Blancpain Sprint Series. O #24 terá de novo Jan Charouz e Vincent Capillaire.

Na classe LMGTE, a novidade é a inscrição de uma terceira Ferrari F458 Italia GTE pela AF Corse, como preparação dos pilotos para o Journée Test das 24 Horas de Le Mans, no início de junho. Os pilotos Peter Ashley Mann, Raffaele Gianmaria e Lorenzo Casé já correram juntos nas 6 Horas de Spa-Francorchamps no último sábado e estarão juntos de novo em Imola. A observar que Mirko Venturi entra no #55 em lugar de Michele Rugolo, para fazer companhia a Matt Griffin e Duncan Cameron. A Kessel Racing terá apenas Michael Broniszewski e Andrea Piccini no carro #80.

Entre os inscritos da LMGTC, destaque para o regresso da Ferrari #57 de Boris Rotemberg/Mika Salo/Maurizio Mediani, que não correu em Silverstone. Os ausentes da vez serão Henry Hassid no #51 da Sébastien Loeb Racing e Jan Magnussen no #60 da Formula Racing.

A lista completa para as 4 Horas de Imola é esta:

LMP2

#24 SÉBASTIEN LOEB RACING FRA
Oreca 03 Nissan (M)
Vincent Capillaire/Jan Charouz

#29 PEGASUS RACING DEU
Morgan LMP2 Nissan (D)
Julien Schell/Niki Leutwiller/Jonathan Coleman

#34 RACE PERFORMANCE CHE
Oreca 03 Judd (D)
Michel Frey/Franck Mailleux

#36 SIGNATECH ALPINE FRA
Alpine A450 Nissan (M)
Paul-Loup Chatin/Nelson Panciatici/Oliver Webb

#38 TEAM JOTA SPORT GBR
Zytek Z11SN Nissan (M)
Simon Dolan/Harry Tincknell/Filipe Albuquerque

#41 GREAVES MOTORSPORT GBR
Zytek Z11SN Nissan (D)
Chris Dyson/Tom Kimber-Smith/Matt McMurry

#43 NEWBLOOD BY MORAND RACING CHE
Morgan LMP2 Judd (D)
Christian Klien/Gary Hirsch/Romain Brandela

#46 THIRIET BY TDS RACING FRA
Morgan LMP2 Nissan (D)
Pierre Thiriet/Ludo Badey/Tristan Gommendy

#48 MURPHY PROTOTYPES IRL
Oreca 03 Nissan (D)
Rodolfo Gonzalez/Karun Chandhok/Tor Graves

#50 LARBRE COMPETITION FRA
Morgan LMP2 Judd (D)
Keiko Ihara/Gustavo Yacaman

LMGTE

#54 AF CORSE ITA
Ferrari F458 Italia (M)
Piergiuseppe Perazzini/Marco Cioci/Michael Lyons

#55 AF CORSE ITA
Ferrari F458 Italia (M)
Duncan Cameron/Marco Cioci/Mirko Venturi

#56 AT RACING AUT
Ferrari F458 Italia (M)
Aliaksandr Talkanitsa/Aliaksandr Talkanitsa Jr./Pierre Kaffer

#58 TEAM SOFREV-ASP FRA
Ferrari F458 Italia (M)
Soheil Ayari/Fabien Barthez/Anthony Pons

#65 AF CORSE ITA
Ferrari F458 Italia (M)
Peter Ashley Mann/Lorenzo Casé/Raffaele Gianmaria

#66 JMW MOTORSPORT GBR
Ferrari F458 Italia (M)
Daniel MacKenzie/George Richardson/Daniel Zampieri

#67 IMSA PERFORMANCE MATMUT FRA
Porsche 911 (991) GT3 RSR (M)
Erik Maris/Eric Hélary/Jean-Marc Merlin

#72 SMP RACING RUS
Ferrari F458 Italia (M)
Andrea Bertolini/Viktor Shaitar/Sergey Zlobin

#76 IMSA PERFORMANCE MATMUT FRA
Porsche 911 (991) GT3 RSR (M)
Raymond Narac/Nicolas Armindo/David Hallyday

#80 KESSEL RACING CHE
Ferrari F458 Italia (M)
Michael Broniszewski/Giacomo Piccini

#81 KESSEL RACING CHE
Ferrari F458 Italia (M)
Kola Aluko/Thomas Kemenater/Matteo Cressoni

#82 CRUBILÉ SPORT FRA
Porsche 911 (997) GT3 RSR (M)
François Perrodo/Sébastien Crubilé/Emmanuel Collard

#85 GULF RACING UK GBR
Aston Martin Vantage GTE (M)
Roald Goethe/Stuart Hall/Daniel Brown

#86 GULF RACING UK GBR
Porsche 911 (997) GT3 RSR (M)
Michael Wainwright/Adam Carroll/Ben Barker

LMGTC

#51 SÉBASTIEN LOEB RACING FRA
Audi R8 LMS Ultra (M)
Olivier Lombard/Mike Parisy

#57 SMP RACING RUS
Ferrari F458 Italia GT3 (M)
Boris Rotemberg/Mika Salo/Maurizio Mediani

#59 TEAM SOFREV-ASP FRA
Ferrari F458 Italia GT3 (M)
Christophe Bourret/Pascal Gibon/Jean-Philippe Belloc

#60 FORMULA RACING DEN
Ferrari F458 Italia GT3 (M)
Johnny Laursen/Mikkel Mac Jensen

#62 AF CORSE ITA
Ferrari F458 Italia GT3 (M)
Yannick Mallegol/Jean-Marc Bachellier/Howard Blank

#63 AF CORSE ITA
Ferrari F458 Italia GT3 (M)
Mads Rasmussen/Dennis Lind

#71 SMP RACING RUS
Ferrari F458 Italia GT3 (M)
Aleksej Basov/Kyrill Ladygin/Luca Persiani

#73 SMP RACING RUS
Ferrari F458 Italia GT3 (M)
Olivier Beretta/Devi Markozov/Aleksandr Frolov

#75 PROSPEED COMPETITION BEL
Porsche 911 (997) GT3-R (M)
Paul Van Splunteren/Maxime Soulet/Gilles Vannelet

#78 TEAM RUSSIA BY BARWELL RUS
BMW Z4 GT3 (M)
Leo Machitski/Timur Sardarov/Jonathan Cocker

#93 PRO GT BY ALMERAS FRA
Porsche 911 (997) GT3-R (M)
Eric Dermont/Franck Perera/Lucas Lasserre

#95 AF CORSE ITA
Ferrari F458 Italia GT3 (M)
Adrien De Leener/Cédric Sbirrazzuoli

#96 TEAM UKRAINE UKR
Ferrari F458 Italia GT3 (M)
Sergey Chukanov/Alessandro Pier Guidi/Andriy Krugik

#98 ART GRAND PRIX FRA
McLaren MP4-12C GT3 (M)
Kevin Korjus/Grégoire Demoustier/Yann Goudy

#99 ART GRAND PRIX FRA
McLaren MP4-12C GT3 (M)
Ricardo Gonzalez/Karim Aljani/Alex Brundle

Mais duas para Pedro Piquet

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RIO DE JANEIRO – Pedro Piquet segue a deliciosa rotina de vitórias na Fórmula 3 Brasil. O piloto da Cesário Fórmula fez muito bem o dever de casa e ganhou as duas corridas da 3ª rodada dupla disputada em Brasília, numa pista em que o pai Nelson Piquet e os irmãos Geraldo e Nelsinho também venceram noutras ocasiões e categorias.

Pole position com média de quase 200 km/h, Pedro liderou as 35 voltas da prova do sábado de forma absoluta – quase 17 segundos de avanço sobre Lukas Moraes, da escuderia PropCar, chefiada pelo Dárcio dos Santos. Mesmo largando de 13º e último, Artur Fortunato fez uma corrida espetacular e chegou em terceiro, menos de um segundo atrás de Lukas. O argentino Bruno Etman completou em quarto, seguido por Vitor Baptista, vencedor da classe Light. Raphael Raucci foi o 6º colocado, enquanto Matheus Iorio e Victor Miranda completaram o pódio na categoria dos Dallara F301.

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No domingo, o herdeiro do clã Piquet largou em 6º lugar e agiu rápido para ganhar posições. Passou a primeira volta em quarto, superou Lukas Moraes na quarta volta, ganhou a 2ª posição na nona passagem e na 13ª já era líder, ao suplantar Bruno Etman, que seria um ótimo segundo – mas acabou tendo problemas na última volta e caiu para oitavo. Vitor Baptista herdou a posição e ganhou de novo na Fórmula 3 Light, o que representa 100% de aproveitamento do piloto da Cesário nesta divisão.

Lukas Moraes e Raphael Raucci chegaram em terceiro e quarto, respectivamente, seguidos por Mauro Auricchio e Victor Miranda, que completaram o pódio da Light. A boa notícia do fim de semana, a despeito dos problemas enfrentados por alguns pilotos – Francisco Alfaya e Pedro Fortes, por exemplo, não correram – Arthur Oliveira e Fernando Croce fizeram suas estreias em Brasília.

A próxima rodada dupla será em conjunto com o Brasileiro de Marcas e a estreia da Mercedes Cup, nos dias 24 e 25 de maio, no Autódromo José Carlos Pace, em Interlagos.

Classificação do campeonato após três rodadas e 6 corridas:

Classe A

1. Pedro Piquet – 90 pontos; 2. Bruno Etman – 56; 3. Raphael Raucci – 42; 4. Artur Fortunato – 37; 5. Lukas Moraes – 36; 6. Leonardo de Souza – 22; 7. Arthur Oliveira – 5; 8. Fernando Croce – 3 pontos.

Classe Light

1. Vitor Baptista – 90 pontos; 2. Matheus Iorio – 35; 3. Mauro Auricchio – 31; 4. Victor Miranda e Alexandre Doretto – 30; 6. Matheus Leist – 24; 7. Gabriel Kenji Sena – 12; 8. Francisco Alfaya – 5 pontos.

Fotos: Bruno Terena/Vicar