Outsiders: Stefan Bellof, aquele que poderia ter sido… e não foi

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RIO DE JANEIRO – Enquanto o mundo do automobilismo relembra Ayrton Senna e os 20 anos da perda monumental do brasileiro, no próximo ano os alemães certamente terão motivos para recordar um piloto que tinha tudo para ser o primeiro daquele país a brilhar na Fórmula 1. Não é falácia: é fato. Stefan Bellof era um talento nato e estava na mira de grandes equipes, antes do acidente que o levou com menos de 30 anos de idade.

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Nascido em 20 de novembro de 1957 em Giessen, na então Alemanha Ocidental, Bellof começou seguindo os passos do irmão mais velho, Geörg, logicamente nos karts, praticamente na mesma época que Ayrton Senna, que era pouco menos de três anos mais jovem, em 1973. Logo em seu primeiro ano, foi 4º colocado no Campeonato Alemão. Em 1976, Bellof levou o primeiro título internacional, com o troféu do International Karting Championship, no Grão-Ducado de Luxemburgo. O piloto disputou também o Mundial em Hägen, na Alemanha, e terminou na 13ª posição.

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Geörg foi campeão alemão de Kart em 1978 e dois anos mais tarde, era Stefan quem repetia o feito do mano mais velho. Porém, sua carreira nos monopostos já estava a todo vapor, na Fórmula Ford. Bellof estreara nessa categoria em 1979 com um 2º lugar em Hockenheim e no ano seguinte, o mesmo do título de Campeão Alemão de Kart, ele se consagraria Campeão Alemão de FF1600, com um total de oito vitórias e nove pódios em 12 etapas. Avassalador.

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No ano seguinte, seguiu na FF1600 na defesa do seu título, mas não foi feliz. Fez algumas provas de FF2000 e ainda em 1981 já estava na Fórmula 3, pela equipe de Bertram Schäfer. Mesmo sem disputar as duas primeiras provas daquela temporada, chegou à última etapa com sete pontos de vantagem sobre Frank Jelinski e Franz Konrad, seus rivais na briga pelo título. Fracassou na prova decisiva em Nürburgring e ainda terminou o campeonato em 3º lugar, atrás do campeão Jelinski e do vice Konrad, derrotado por onze pontos.

Para fechar o ano, Stefan voltou à Fórmula Ford e fez uma aparição polêmica no Festival Mundial de Brands Hatch. Acabou excluído de uma das baterias de quartas-de-final, na qual terminara em 6º lugar por “excesso de arrojo”. O piloto fez uma promessa, logo após a desclassificação, ao chefe dos comissários.

“Acompanhe melhor a minha carreira. Estarei aqui de volta à Inglaterra, no ano que vem. E vou vencer minha primeira prova de Fórmula 2”.

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Tanta confiança veio quando Eje Elgh, 3º colocado da Fórmula 2 Europeia em 1981, ficou impressionado com Stefan após o primeiro teste do piloto alemão com um carro da categoria. Em Paul Ricard, na França, Bellof tivera a chance de experimentar um modelo Maurer-BMW em confronto com Alain Ferté e Mike Thackwell. Willy Maurer gostou do que viu e ouviu. Tanto que fechou um contrato com Bellof para que o alemão integrasse sua equipe na Fórmula 2 e também mais um compromisso: Maurer seria, também, o empresário do piloto por um período de oito anos.

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A abertura do Europeu de F-2 em 1982 foi mesmo na Inglaterra, no circuito de Silverstone. Mesmo largando da 9ª posição do grid, Stefan cumpriu a promessa ao comissário de Brands e venceu com 21 segundos de margem para Satoru Nakajima, este a bordo de um March-Honda da equipe de Tetsu Ikuzawa. Não satisfeito, Bellof ganhou também a 2ª etapa, o Jim Clark Memorial Trophy, diante de uma legião de torcedores em Hockenheim, por apenas quatro segundos sobre o belga Thierry Boutsen, com um Spirit-Honda.

Em Thruxton, o piloto bateu logo na primeira volta, envolvido numa colisão com Thierry Tassin e Roberto Del Castello. Foi 5º colocado em Nürburgring, sétimo em Mugello, abandonou em Vallelunga, chegou em nono no circuito francês de Pau e bateu em Spa. Tudo isso antes de voltar ao pódio com um 3º lugar em Hockenheim, na 9ª etapa do campeonato.

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O piloto ainda seria sexto em Donington, na Grã-Bretanha, abandonando em Mantorp Park. Com um 2º lugar em Enna-Pergusa e a quinta posição em Misano Adriático, Bellof somou um total de 33 pontos e acabou o campeonato em quarto lugar. Uma excelente temporada para um estreante como ele.

Em paralelo com a F-2, o jovem piloto, então com 24 anos, estreou no World Sportscar Championship, o Mundial de Carros Esporte. Com um Kremer CK5, o piloto disputou os 1000 km de Spa-Francorchamps. A dupla andou bem até abandonar na 51ª volta com problemas no motor de arranque do protótipo. Na semana anterior, o piloto disputara a Hessen Cup em Hockenheim pelo DRM, certame que tornou-se o embrião do DTM.

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Na temporada de 1983, Stefan seguiu com a Maurer para mais uma temporada de 1982, ao mesmo tempo em que se consolidava como uma das apostas da Porsche para o World Sportscar Championship. Em sua primeira corrida com um Rothmans Porsche 956C, venceu em dupla com Derek Bell os 1000 km de Silverstone – com mais de um minuto de vantagem para Stefan Johansson/Bob Wollek.

Cabe, aliás, uma curiosidade: o tempo da pole de Bellof – 1’13″15, teria classificado o piloto alemão no 12º lugar no grid do GP da Inglaterra de Fórmula 1 em 1981, lá mesmo em Silverstone. Logo depois, o piloto registraria outra marca histórica: no circuito de Nürburgring, em pleno Nordscheleife, Stefan detonou os cronômetros e registrou a volta mais rápida da história da pista – 6’11″13, sendo o primeiro a obter a média horária acima dos 200 km/h no desafiador circuito de 183 curvas e quase 23 km de extensão. Em ritmo de prova, o tempo de 6’25″91 é também o recorde absoluto do Ring. Mas na corrida, Bellof se estatelou na curva Pflanzgarten, abandonando a prova.

O piloto venceu também em Kyalami e em Fuji, no Japão, resultados que deixaram-no em 4º lugar ao fim do campeonato do WSC em 1983.

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Na Fórmula 2, os resultados de Bellof não foram tão brilhantes: chegou em 4º em Silverstone e em segundo no circuito de Jarama, na Espanha. Na prova de rua realizada em Pau, acabou em 3º lugar, mas foi desclassificado. Aliás, ele e seu companheiro de equipe Alain Ferté: os dois Maurer-BMW estavam fora do regulamento, abaixo do peso mínimo limite. Bellof acabou num modesto 9º lugar, com nove pontos.

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O fim do ano de 1983 representou o primeiro contato do piloto com um Fórmula 1. Na verdade, a estreia dele vinha sendo ‘ensaiada’ com constantes boatos da aparição do nome de Bellof na lista de inscritos de várias provas. ATS e McLaren cogitaram oferecer cockpits ao jovem piloto e nesta última, pelas ligações de Stefan com a Porsche, teoricamente as chances eram melhores para o futuro.

Tanto ele quanto campeão e vice da Fórmula 3 inglesa – Ayrton Senna e Martin Brundle – foram agraciados com um teste a bordo de um McLaren MP4/1C-Cosworth. Senna fez seu papel e Bellof, que veio logo depois do brasileiro, quebrou o câmbio do carro, antes que Martin Brundle efetuasse suas primeiras voltas.

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No entanto, a equipe que oferecia a Bellof a chance de estrear na F-1 seria a Tyrrell. O time britânico experimentava um lento processo de decadência e em 1984, a equipe era uma das únicas que ainda apostava nos motores Cosworth V-8, que tinham cerca de 150 HP a menos em relação às unidades com turbocompressores.

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A temporada não começou bem para o piloto alemão, com abandonos nos GPs do Brasil e da África do Sul. Apesar da deficiência do equipamento e do chassi 012, defasadíssimo em relação aos adversários, Bellof conseguiu chegar em 5º lugar no GP da Bélgica, em Zolder. Após mais um abandono em Dijon, no GP da França, veio Mônaco.

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Último no grid, ele passou em décimo-primeiro ao fim da primeira volta. É bem verdade que as duas Renault de Patrick Tambay e Derek Warwick bateram e outros pilotos tiraram o pé. Mas nada exclui os méritos de Bellof, que fez uma corrida tão extraordinária quanto a de Ayrton Senna.

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Na fatídica 31ª volta em que a corrida foi encerrada, o piloto da Tyrrell estava a 21 segundos do líder Alain Prost e a 13.7 de Ayrton Senna. O 3º lugar deu a Bellof mais dois pontos, porque os mesmos foram computados pela metade, uma vez que a prova não chegou a 75% de sua distância para pontuação integral.

Após dois abandonos consecutivos na perna da América do Norte e o 2º lugar de Brundle em Detroit, Bellof acabou vítima de uma falcatrua da equipe Tyrrell: o uso de lastro no tanque de combustível, que fazia o carro ter, na verdade, 80 kg a menos que o permitido no regulamento. Com o tanque vazio, o modelo 012 ficava mais veloz e consequentemente mais estável. E já desde o GP do Brasil havia desconfianças acerca da legalidade dos carros do time, pois Brundle, em determinado momento da prova, parou para reabastecer o carro com… água.

A Tyrrell apelou da eliminação do campeonato e conseguiu dar sequência à temporada: participou normalmente nos GPs de Dallas, Inglaterra e Alemanha, no qual Bellof ausentou-se por um compromisso com a Porsche no World Sportscar Championship em Mosport, no Canadá. Na Áustria, Bellof não conseguiu a classificação e em Zandvoort, o piloto e a equipe disputaram sua última prova em 1984: no intervalo entre o GP da Holanda e a etapa da Itália, a Corte de Apelação da FIA anunciou a exclusão definitiva da Tyrrell do Mundial de Construtores, do restante do campeonato e a cassação dos 12 pontos somados por seus pilotos – oito por Brundle e quatro por Bellof.

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Se na F-1 Bellof acabou prejudicado, no WSC ele foi o melhor piloto do ano. Revezando-se a bordo dos carros da Rothmans Porsche e da Brun Motorsport, o alemão consagrou-se campeão mundial de pilotos do World Sportscar Championship. Venceu em Monza sob grande controvérsia (o carro dele e de Derek Bell estaria fora do peso na vistoria) e também em Nürburgring, Spa-Francorchamps, Mosport e Sandown Park. Levou o título por oito pontos sobre o compatriota Jochen Mass e ajudou na conquista da Porsche entre os construtores.

Não satisfeito, Bellof fechou o ano com mais um caneco: levou o título do DRM com três vitórias e duas pole positions. Também venceu em sua única aparição no Campeonato Japonês de Esporte-Protótipo. Ao todo, foram 16 corridas fora da Fórmula 1 e nada menos que nove vitórias no currículo.

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Bellof renovou com a Tyrrell para o Mundial de 1985 e manteve o vínculo com a Porsche para o WSC, através da Brun Motorsport. A despeito de não competir no GP do Brasil, em Jacarepaguá, fez uma grande corrida no Estoril, mais uma vez mostrando suas qualidades em condições adversas. No toró da prova portuguesa, o alemão largou de 21º e terminou em sexto, somando enfim o primeiro ponto dele para valer na Fórmula 1.

Àquela altura, seu nome começava a ganhar força como o novo piloto da Ferrari para a temporada de 1986. Nas provas seguintes, abandonou em San Marino, não correu em Mônaco e foi 11º colocado no Canadá. No GP dos EUA, em Detroit, mesmo com o carro danificado, Bellof deu um show e chegou em quarto. Nas últimas oportunidades em que competiu com o Tyrrell-Cosworth, ainda foi o 13º na França e 11º na Inglaterra.

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A Tyrrell costurou um acordo com a Renault e na segunda metade do campeonato, seus carros teriam motores turbo. O modelo 012 foi reformulado, recebendo um reforço no chassi para suportar a potência monstruosa dos motores franceses, especialmente em classificação. No GP da Alemanha, Bellof estreou a Tyrrell-Renault em Nürburgring, chegando em oitavo. E foi sétimo no GP da Áustria, antes de abandonar no GP da Holanda, em Zandvoort.

O piloto não podia imaginar que aquela seria sua última corrida de Fórmula 1.

FIA World Endurance Championship

Nos finais de semana em que as provas não coincidiam, Bellof se juntava a Thierry Boutsen na condução do Brun Porsche 956C durante a temporada de 1985 do World Sportscar Championship. Os 1000 km de Spa-Francorchamps, em 1º de setembro de 1985, seriam a quarta aparição do piloto na competição.

A dupla largara da 3ª posição, oito décimos atrás do Lancia LC2 pole position e na altura da 78ª volta, Bellof, que assumira a pilotagem no lugar de Boutsen, lutava contra o ídolo local e lenda da Endurance Jacky Ickx pela liderança da corrida. Os dois seguiram da La Source em direção à reta que leva ao complexo Eau Rouge-Raidillon, com Ickx à frente de Bellof. O piloto tentou a ultrapassagem num dos pontos mais perigosos da pista e o belga não cedeu. O resultado…

Após o acidente, houve incêndio no Porsche de Bellof e os comissários e a equipe de resgate trataram de entrar em ação. Mas não havia nada que pudesse ser feito: aos 27 anos, em decorrência de inúmeras lesões internas, Stefan Bellof morrera. Em respeito ao ocorrido, a prova foi encerrada com 150 km por percorrer.

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A morte prematura de Bellof não foi a única daquele ano no WSC: Manfred Winkelhock fora vítima de um estouro de pneu a alta velocidade no circuito de Mosport, perdendo o controle do carro e também a vida, igualmente a bordo de um Porsche 956. Após estas tragédias, cada vez menos pilotos de Fórmula 1 continuaram se revezando entre os monopostos e os protótipos.

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Foi uma pena que uma carreira tão promissora tenha se encerrado de forma tão abrupta, tão trágica. E pensar que Bellof era o ídolo de infância de um certo Michael Schumacher que, talvez inspirado por seus feitos nas pistas, ficou então com o posto de maior promessa alemã – tornado realidade com sete títulos e anos de serviços prestados à Ferrari.

Podia ter sido diferente…

Toyota domina e vence mais uma no FIA WEC

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RIO DE JANEIRO – Aos que tinham dúvidas acerca do potencial do TS040 Hybrid da Toyota, principalmente depois do Prólogo em Paul Ricard – quando o desempenho dos dois protótipos foi muito questionado, pela diferença em relação às rivais, os japoneses vieram não só com a resposta da vitória das 6 Horas de Silverstone como também repetiram a dose neste sábado. Mais uma vez, a trinca do carro #8 guiado por Sébastien Buemi/Nicolas Lapierre/Anthony Davidson chegou na frente, fazendo a tripulação disparar na liderança do Mundial de Pilotos da classe LMP1 com 50 pontos. E tudo isso antes das 24 Horas de Le Mans, que dão pontuação dobrada para os vitoriosos.

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O triunfo enfático da Toyota, segundo consecutivo em 2014, coloca uma enorme pulga atrás da orelha dos germânicos. Audi e Porsche vão juntar os cacos e dimensionar o tamanho da sova que levaram na pista. A turma de Stuttgart até que mostrou serviço e o #14 de Romain Dumas/Marc Lieb/Neel Jani liderou a corrida partindo da pole, por um bom período. Após alguns problemas técnicos, perderam uma volta e acabaram na 4ª posição. Já a corrida do #20 foi muito mais atribulada, cheia de percalços, desde o início. Primeiro tiveram problemas com a suspensão e depois, várias falhas mecânicas. Acabaram em 23º lugar, vinte e três voltas atrasados.

Novamente a Audi tornou-se a maior derrotada no início do FIA WEC. Fica claro que a mudança de regulamento foi um tiro no pé da turma de Ingolstadt e a opção pela categoria 2MJ na Equivalência de Tecnologia é um retrocesso de desempenho dos R18 e-tron quattro. Mesmo assim, o Audi #1 fez uma boa corrida dentro das limitações do protótipo e o brasileiro Lucas Di Grassi salvou um importante 2º lugar, ao lado dos parceiros Tom Kristensen e Loïc Duval.

O carro #2 de Marcel Fässler/Bénoit Tréluyer/Andre Lotterer também não foi páreo na briga pela vitória, encerrando a disputa em 5º lugar, à frente do R18 e-tron quattro longtail de Filipe Albuquerque/Marco Bonanomi. Mau sinal? Cedo para dizer. Le Mans é território Audi nos últimos anos e não se pode dizer que os “quatrargólicos”, para usar uma expressão comum no blog do Flavinho Gomes, são carta fora do baralho.

A Rebellion Racing usou a prova de Spa como teste dinâmico do novo R-One. O carro parece ter potencial, mas precisa de desenvolvimento. Cinco dias de testes não representaram nada: o carro ganhou muita quilometragem neste fim de semana e, mesmo com 10 voltas de atraso, o #12 de Nick Heidfeld/Mathias Beche/Nicolas Prost completou a prova na sétima colocação. O #13 teve um sem fim de problemas e foi o único carro que abandonou a disputa na Bélgica.

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Na LMP2, a KCMG começou bem e na frente, mas o protótipo Oreca Nissan do time de Hong Kong foi perdendo terreno no correr da disputa e a vitória, pela segunda prova consecutiva, foi do #26 de Roman Rusinov/Julien Canal/Olivier Pla, que também disparam na liderança do campeonato com duas vitórias e os mesmos 50 pontos da turma da Toyota na LMP1. Em segundo ficou o trio da Jota Sport, com Marc Gené/Simon Dolan/Harry Tincknell, seguidos por Richard Bradley/Matthew Howson/Alexandre Imperatori. A SMP Racing ficou longe da briga pelo pódio: o carro #27 de Nicolas Minassian/Sergey Zlobin/Maurizio Mediani, inclusive, pagou um stop & go por queima de largada e não conseguiu mais se recuperar.

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Como sempre, na LMGTE-PRO as brigas por posição garantiram a emoção ao longo das 6 horas de disputa. Os Aston Martin Vantage começaram fortes e em dado momento, chegaram à dobradinha, com Stefan Mücke e o brasileiro Fernando Rees andando muito. Porém, prevaleceu a maior coesão da dupla da AF Corse no carro #51: vitória de Toni Vilander/Gimmi Bruni, seguidos por Patrick Pilet/Jörg Bergmeister, que conquistaram o segundo lugar após uma luta sensacional com a outra Ferrari do time italiano, guiada pela dupla James Calado/Davide Rigon.

O carro #97 de Bruno Senna/Darren Turner/Stefan Mücke completou em quarto, seguido por Fernando Rees/Alex MacDowall/Darryl O’Young, num bom fim de semana da tripulação do #99.

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A disputa na LMGTE-AM foi menos intensa e a vitória também pertenceu aos italianos da AF Corse, com a Ferrari de Mirko Venturi/Marco Cioci/Luis Perez-Companc levando a melhor após completar 149 voltas na pista belga. A Aston Martin levou as posições seguintes de pódio com Richie Stanaway/Kristian Poulsen/David Heinemeier-Hänsson e Pedro Lamy/Paul Dalla Lana/Christoffer Nygaard.

Agora é esperar pela cereja do bolo: a edição 2014 das 24 Horas de Le Mans, a 82ª da história da prova francesa. E do jeito que a coisa vai, melhor a Audi pôr de uma vez por todas as barbas de molho. Duvido muito, no entanto, que a Toyota chegue a Sarthe achando que pode “chutar cachorro morto” na França, porque, repito, a prova francesa é território alemão há mais de 10 anos.

FIA WEC: momento histórico em Spa; pole do 919 Hybrid!

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RIO DE JANEIRO – Um treino simplesmente espetacular para as 6 Horas de Spa-Francorchamps não poderia ter tido um final histórico: a Porsche conquistou a pole position para a 2ª etapa do Campeonato Mundial de Endurance, com largada prevista para este sábado às 9h30, pelo horário de Brasília. O carro #14 guiado por Neel Jani e Marc Lieb (que tem também Romain Dumas a bordo) roubou da Toyota uma pole que parecia certa e fez explodir de alegria os boxes do time de Stuttgart.

Com uma condução impecável, especialmente de Lieb, no chamado “apagar das luzes”, o 919 Hybrid ficou com a posição de honra no treino, cravando a média de voltas em 2’01″198, numa sessão que começou em condições adversas: choveu após o segundo treino livre, a pista ficou úmida e, mesmo com o frio (temperatura perto de 10ºC na pista), os tempos baixaram progressivamente.

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Em alguns momentos, as imagens mostravam o que, para os mais desavisados, parecia briga por posição numa corrida, tamanha a fome dos pilotos em busca do melhor tempo. E desta vez a Porsche saiu-se melhor, com o #8 partilhado no treino por Sébastien Buemi e Anthony Davidson em 2º lugar – na média, ficaram a 0″638 da pole.

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A Audi foi mais uma vez derrotada – e foi uma derrota feia: o #2 de Andre Lotterer e Marcel Fässler ficou em terceiro a 1″301 da pole e o #1, que teve o brasileiro Lucas Di Grassi a bordo, não passou da 6ª posição, a 2″683 do melhor tempo. Pior mesmo foi o #3: mesmo com o kit de aerodinâmica de Le Mans, na versão longtail, o carro de Marco Bonanomi/Filipe Albuquerque ficou apenas em sétimo lugar.

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Como previsto, os dois Rebellion R-One estiveram longe de ser competitivos: o #12 foi o único que efetivamente marcou tempo na qualificação e o carro guiado primeiro por Mathias Beche e depois por Nicolas Prost ficou a longos 13″736 da pole. O #13 quase não treinou: cheio de problemas desde o primeiro treino livre, Dominik Kraihamer ficou sem completar uma única volta. Vão largar no fim do pelotão, junto com o #37 da SMP Racing, vítima de uma batida na segunda sessão.

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Aliás, entre os LMP2, uma surpresa: a KCMG Racing fez um ótimo trabalho graças a Richard Bradley e Matt Howson, desbancando o #27 da SMP Racing conduzido por Nicolas Minassian e Maurizio Mediani e o Morgan #26 da G-Drive Racing vencedor das 6 Horas de Silverstone. Pole e 8º posto geral para a equipe de Hong Kong, portanto.

Nas classes LMGTE, domínio da AF Corse: os italianos ficaram com a pole não só na LMGTE-PRO como também na LMGTE-AM. Nesta última, Mirko Venturi e Marco Cioci conseguiram superar o Porsche da Prospeed Competition, equipe da casa e que tem um ótimo acerto para a pista. Aliás, destaque para o jovem (19 anos) Mathieu Vaxivière, muito bem a bordo do carro #75.

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Na divisão principal, Gimmi Bruni/Toni Vilander marcaram a média de voltas em 2’32″338, 0″167 abaixo do Aston Martin #97 partilhado por Stefan Mücke e Darren Turner na qualificação. Esse será o carro em que Bruno Senna vai participar da prova belga. O Porsche #92 de Fréderic Makowiecki/Marco Holzer ficou em terceiro. Já o Aston #99 de Fernando Rees/Darryl O’Young/Alex MacDowall foi razoavelmente bem, com a quinta posição no grupo e a 17ª média geral – 2’33″070.

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A AF Corse, que tem três Ferrari inscritas na LMGTE-AM e ainda dá assistência ao carro da 8Star Motorsports, ainda abiscoitou o 3º posto na divisão com Michele Rugolo e Andrea Bertolini no #81. O #90 de Enzo Potolicchio e Paolo Ruberti foi o quinto e a seguir veio o #60 de Lorenzo Casé e Raffaele Gianmaria, mais rápido que os dois Aston Martin que fecharam a raia nesta classe.

 Vale a dica: o site do FIA WEC – link aqui ao lado, no blog – transmite a corrida em live streaming ao vivo e na íntegra. Embora o acesso esteja sendo cobrado (€ 19.99 pela temporada completa, exceto Le Mans e € 4.99 corrida por corrida, exceto Le Mans também) a partir deste ano, basta ao usuário cadastrar nome, e-mail e senha, não concluir a transação, abrir uma nova janela (members.fiawec.com) e voilà: a transmissão se materializa. O narrador é o sempre excelente John Hindnaugh, com os comentários de Nick Daman.

Outsiders: o versátil Gijs Van Lennep

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RIO DE JANEIRO – A carreira deste piloto, quando vista do ângulo da Fórmula 1, pode não ter sido das melhores. Mas a coisa muda de figura se analisadas as performances dele quando disputou provas de longa duração. O holandês Johnkeer Gijsbert Van Lennep, ou melhor, Gijs Van Lennep, merece a distinção de um dos mais versáteis competidores do automobilismo em todos os tempos.

Nascido em Aerdenhout, no dia 16 de março de 1942, Van Lennep iniciou sua carreira na Fórmula Vê, passando à Fórmula 3, como piloto da DAF, que chegou a fabricar monopostos de competição e hoje é mais conhecida pelos caminhões monstruosos que disputam o Rali Dakar.

Em 1966, tornou-se integrante do Racing Team Holland, participando com o irmão David de provas como os 1000 km de Spa-Francorchamps e Nürburgring. A dupla fraterna venceu ambas as provas na categoria Esporte até 2 litros, com um Porsche 906. .

Em 1967, disputou as 12 Horas de Sebring, dividindo um Porsche 906 E com Udo Schütz e Rolf Stommelen. O trio não chegou ao fim da disputa em decorrência de um acidente. Naquele mesmo ano, fez diversas outras corridas com os modelos da marca alemã, sem conseguir resultados de vulto.

Nos 1000 km BOAC de 1968, em Brands Hatch, disputados no mesmo dia da morte de Jim Clark, ocorrida em Hockenheim, Van Lennep dividia um Porsche 910 com o compatriota Ben Pon. O carro foi inteiramente destruído num forte acidente e Gijs voltaria às provas longas somente um ano mais tarde, a bordo de um Abarth em parceria com o também holandês Toine Hezemans. Acabaram em 23º lugar, com o motor do carro quebrado.

Em maio de 1969, experimentou um Alpine A220 durante os 1000 km de Spa (17º colocado, em dupla com Jean-Claude Andruet) e fez os 1000 km de Nürburgring num Abarth-Osella 2 litros. No fim do ano, voltou a andar de Porsche: a Racing Team Holland adquirira um novo 908/02 K e ele foi escalado junto a Toine Hezemans para competir nos 1000 km de Paris.

Com o carro alaranjado, a dupla marcou a pole position, mas acabou a prova na 4ª colocação. O resultado fez surgir um convite para Gijs ingressar no Racing Team AAW para a disputa do World Sportscar Championship de 1970.

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O começo não foi animador: abandonos em Daytona e Sebring. Mas vieram os 1000 km BOAC em Brands Hatch, um 4º lugar na geral e a vitória na categoria Esporte até 3 litros. Em 17 de maio, Van Lennep e seu parceiro Hans Laine estrearam o poderoso Porsche 917 K com motor 5 litros. Com ele, terminaram num honroso 5º lugar nos 1000 km de Spa-Francorchamps.

Van Lennep ainda correria pelo Racing Team AAW em duas provas da Intersérie: venceu uma bateria disputada no circuito citadino de Norisring, na Alemanha e foi segundo na outra. Acabou em 2º lugar na classificação geral. No circuito de Höckenheim, fechou em terceiro.

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Antes do fim do ano, o holandês assinou com uma nova equipe e ganhou um novo parceiro: Gérard Larrousse, competente piloto francês, estreou com Van Lennep a bordo nas 6 Horas de Watkins Glen, num fim de semana que tinha também uma prova da Can-Am, série estadunidense de protótipos.

Com o mesmo Porsche 917K da equipe Martini International, a dupla chegou em nono na prova do Mundial de Carros-Esporte e Van Lennep ainda seria 6º colocado no dia seguinte, na corrida da Can-Am. O cara era mesmo versátil…

Para fechar o ano, o holandês emendou participações numa prova de Esporte-Protótipo na Suécia, disputou os 1000 km de Paris e as 9 Horas de Kyalami, esta com um Porsche 908/02K, terminando em quarto lugar.

O ano de 1971 seria um dos mais movimentados da carreira de Gijs Van Lennep. Com um contrato para acelerar os Porsches da equipe Martini International, ele ainda encontrou fôlego para estrear na Fórmula 1 e andar de carros de Turismo.

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Em janeiro, lá estava o holandês em Daytona para competir ao lado de Vic Elford, outro dos mais versáteis pilotos de todos os tempos. A dupla largou em 11º nas 24 Horas, mas acabou vítima de um acidente. Com Larrousse, o holandês chegou em 9º lugar nos 1000 km BOAC em Brands Hatch e com Helmut Marko (sim, ele mesmo), abandonou em Monza, com um problema de cabo de acelerador.

Após um motor quebrado em Spa-Francorchamps, Van Lennep deu uma pausa com os Porsches e foi correr de Alfa Romeo T33/3 na lendária Targa Florio, nas estradas da Sicília. Chegou em 2º, correndo em dupla com Andrea de Adamich, outro que já foi visto na série dos Outsiders.

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Em 30 de maio, a bordo do novo 908/03 da Martini International, veio o primeiro pódio – 3º lugar nos 1000 km de Nürburgring. E no dia 13 de junho de 1971, a maior vitória da carreira de Gijs Van Lennep: a conquista das 24 Horas de Le Mans.

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A bordo do Porsche 917 K número #22 da lendária equipe do vermute italiano, Van Lennep e Helmut Marko foram absolutos: completaram mais de 5,3 mil km ao longo de um dia – distância que foi recorde absoluto em Sarthe por mais de quatro décadas. Não satisfeitos, completaram a prova na média horária de 222,304 km/h, que também foi recorde por longo período.

O holandês não parava e na semana seguinte, diante de seu público, encarou o desafio da estreia na Fórmula 1. Com um Surtees TS7 pintado de laranja, Gijs Van Lennep faria sua primeira prova na categoria máxima do automobilismo.

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Chovia no dia da corrida e o piloto largou da 21ª posição. A experiência em provas longas ajudou-o a encarar o rigor da disputa e Van Lennep, sem um equipamento competitivo, fez uma corrida excelente. Terminou em 8º lugar, muito próximo da zona de pontuação.

Após uma rápida experiência com a Alfa Romeo GTAm, que rendeu a ele e a Toine Hezemans um 2º lugar numa prova de Turismo disputada em Nürburgring, Van Lennep fez sua estreia na equipe John Wyer com a lendária pintura Gulf em seu carro.

Sucedendo Pedro Rodriguez, morto numa prova de Intersérie em Norisring semanas antes, o holandês dividiu a pilotagem com Jo Siffert nas 6 Horas de Watkins Glen. A dupla chegou em 2º lugar. Van Lennep fez ainda mais uma incursão na Can-Am, terminando em nono. Ele chegou a ser cotado para disputar o GP dos EUA de Fórmula 1, mas o Surtees reservado a ele ficou com Sam Posey. Nada mais importava: o ano de 1971 tinha sido excelente em todos os sentidos.

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O fim dos poderosos protótipos 5 litros dentro do regulamento do World Sportscar Championship provocou mudanças radicais e a Gulf-John Wyer, sem Pedro Rodriguez e também sem Jo Siffert, que morreu numa prova extracampeonato de F-1 em Brands Hatch, trocou tudo: veio o protótipo Gulf-Mirage MR6 com motor Ford Cosworth DFV e Van Lennep teria como novo colega de esquadra o britânico Derek Bell.

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Num ano amplamente dominado pela Ferrari, tudo o que eles conseguiram foi um 4º lugar nos 1000 km de Spa-Francorchamps. Mas Van Lennep não guiou apenas para John Wyer: voltou a colaborar com a Autodelta, competindo – e abandonando – na Targa Florio junto com Vic Elford e fez as 24 Horas de Le Mans com um Lola T280 da Écurie Bonnier Switzerland, do antigo piloto de Fórmula 1 Joakim Bonnier.

Infelizmente, a corrida terminaria de forma trágica para ele e seu outro parceiro, Gérard Larrousse. Quando Jo Bonnier estava a bordo do carro número #8, na 18ª hora de corrida, houve uma colisão com a Ferrari 365 GTB/4 do piloto Florian Vetsch. Na batida, Bonnier varou o guard-rail e o Lola T280, destruído, tinha o corpo do piloto sueco inerte e muito ferido. Bonnier morrera, aos 42 anos de idade.

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Campeão europeu de Fórmula 5000, categoria de monopostos que ganhava bastante popularidade pelo seu custo baixo e potência próxima dos Fórmula 1, Van Lennep voltou a guiar um Porsche com as cores da Martini International. Com um 911 Carrera RSR, venceu a Targa Florio em dupla com o suíço Herbert Müller e foi 4º colocado nas 24 Horas de Le Mans.

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O holandês voltou a sentar num Fórmula 1 para três corridas a bordo dos Iso-Rivolta IR patrocinados pela Marlboro e alinhados pela equipe de Frank Williams. Em seu retorno às pistas da categoria, cravou logo um 6º lugar em Zandvoort, numa corrida tristíssima – a da morte de Roger Williamson. Foi nono no GP da Áustria e abandonou no GP da Itália, por problemas de superaquecimento no motor Cosworth de seu carro.

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A temporada seguinte marcou a continuidade do binômio Porsche-Van Lennep nas provas de Endurance. Desta vez, a Martini Racing Team tinha um novo “brinquedinho”: um Porsche 911 Carrera RSR Turbo, com motor 2,1 litro equipado com turbina KKK, capaz de fazer o carro atingir mais de 500 HP de potência. Com ele, Van Lennep e Herbert Müller chegaram em 5º nos 1000 km de Monza e em Brands Hatch, 3º em Spa, 6º em Nürburgring, 2º nas 24 Horas de Le Mans e nas 6 Horas de Watkins Glen.

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Em paralelo, o holandês fez mais uma aparição na Fórmula 1, novamente pela Iso de Frank Williams. Ele foi chamado para disputar o GP da Bélgica, no circuito de Nivelles-Baulers, substituindo o antigo titular, Richard Robarts. Mesmo partindo da penúltima posição de um grid de 31 carros, Van Lennep conseguiu um razoável 14º lugar. Convocado de novo para guiar em casa, no GP da Holanda, desta vez o piloto não conseguiu um lugar no grid e ficou fora daquela corrida.

O ano de 1975 seria menos profícuo para o piloto nas provas de Endurance: o Porsche 908/03 com motor turbo, embora muito possante, não era ainda confiável e competitivo para derrotar as Alfa Romeo do time de Willi Kauhsen, que levaram de vencida o World Sportscar Championship daquele ano. O jeito, então, foi concentrar um pouco mais as atenções na Fórmula 1.

Naquela temporada, uma empresa holandesa, a HB Bewaking, fabricante de sistemas de alarme, patrocinava a pequena escuderia inglesa Ensign, do antigo piloto e então engenheiro Morris Nunn, que construía seus próprios carros. Era um time de estrutura precária, mas com muita garra e vontade de progredir na categoria máxima. O problema era que o piloto contratado para o Mundial, o também holandês Roelof Wunderink, era muito lento e muito inexperiente.

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Van Lennep, com sua experiência, foi chamado para ajudar e, mesmo sem nenhum treino a bordo do modelo N174, fez o que pôde no GP da Holanda, para o qual a presença do carro com as cores da HB era fundamental – assim o patrocínio poderia permanecer até o resto do campeonato.

Mais uma vez, foi uma corrida com chuva em Zandvoort, pelo menos no início e o piloto chegou a andar em 11º no início, antes da pista secar totalmente e os carros trocarem para pneus slicks. Van Lennep completou num razoável 10º lugar.

Em Paul Ricard, o piloto estreou o novo carro, o N175. Projeto de Dave Baldwin, tinha linhas mais harmoniosas que o antecessor e frente em cunha. A falta de treinos fez Van Lennep chegar em 15º no GP da França. Após não correr em Silverstone, lá foi o holandês para a disputa do GP da Alemanha, em Nürburgring.

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Largando de 24º (penúltimo) no grid, o holandês fez o que lhe foi possível nas primeiras voltas, guiando com máxima prudência e poupando o carro. Em meio à quebradeira geral, após a metade da prova Van Lennep já estava em sétimo. Quando o Hesketh de James Hunt, que vinha em segundo, desistiu, espanto geral: o Ensign N175 estava na zona de pontuação!

Van Lennep levou o carro com o máximo de cuidado. Cinco minutos após a passagem do vencedor Carlos Reutemann, ele cruzou a linha de chegada, conquistando o 6º lugar e entrando para a história como o primeiro piloto do Team Ensign a pontuar na Fórmula 1.

Embora tenha alcançado um feito importante para o time, Morris Nunn optou por não precisar mais dos serviços de Van Lennep. De mais a mais, com 33 anos, o piloto holandês não tinha pretensão de seguir carreira na categoria máxima. E ele também sentiu que seu tempo no automobilismo estava chegando ao fim.

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Assim foi: em 1976, aos 34 anos, Johnkeer Gijsbert Van Lennep despediu-se das pistas de forma clássica: a bordo de um Porsche 936 Turbo, venceu as 24 Horas de Le Mans pela segunda vez na carreira, ao lado da lenda Jacky Ickx. Missão mais do que cumprida.

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Hoje, aos 72 anos, Van Lennep curte uma merecida aposentadoria. Em 1999, mereceu do Real Automóvel Clube Holandês a distinção de “Maior Piloto Holandês” do Século XX, superando os compatriotas Carel Godin de Beaufort, Jan Lammers, Toine Hezemans e Jos Verstappen, entre outros.

Chuva e dobradinha da Toyota na abertura do WEC

RIO DE JANEIRO – A chuva deu o ar de sua graça nas 6 Horas de Silverstone, prova inaugural do Campeonato Mundial de Endurance (FIA WEC). Misturada à temperatura baixa, ela provocou uma reviravolta nas disputas que prometiam muito – e acabaram não acontecendo como todos nós gostaríamos de ver. E foi a água que caía em proporções bíblicas no correr da tarde inglesa que fez interromper a disputa antes do seu final.

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Para a Toyota, isto pouco importou. O construtor japonês conquistou uma vitória importante, para marcar território. É uma pequena amostra do quanto não será fácil a vida de Audi e Porsche e foi um triunfo que justificou o investimento: vitória em dobradinha, cabendo o primeiro posto ao novo Toyota TS040 Hybrid guiado por Anthony Davidson/Nicolas Lapierre/Sébastien Buemi e o segundo ao carro de Alex Wurz/Kazuki Nakajima/Stéphane Sarrazin.

Presente em Silverstone durante todo o fim de semana, o mau tempo foi o responsável direto pelos desígnios da sorte – e do azar – dos japoneses e das rivais Audi e Porsche na classe LMP1. O brasileiro Lucas Di Grassi, escalado para o primeiro turno no Audi #1 junto aos campeões mundiais Loïc Duval e Tom Kristensen, pareceu nervoso no começo. Depois de cometer alguns pequenos erros, o piloto se acalmou e vinha razoavelmente bem até a 24ª volta.

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Naquela altura, já chovia em vários pontos do traçado e a pista, com quase 6 km de extensão, fica traiçoeira. A Audi sabia disto e o piloto também. O erro de avaliação das condições do asfalto custou caro: Di Grassi perdeu o controle após o protótipo entrar em aquaplaning e bateu forte numa barreira de proteção, danificando toda a seção dianteira do R18 e-tron quattro.

A muito custo, Lucas levou o carro aos boxes, mas os mecânicos e engenheiros constataram um dano irremediável no monocoque, que inclusive poderá acarretar na troca do chassi para a próxima prova, as 6 Horas de Spa-Francorchamps, que se realizam em menos de duas semanas. Fim prematuro de corrida para o #1.

O dia não era mesmo da Audi pois, mais tarde, o outro R18 da equipe oficial, guiado por Bénoit Tréluyer, também saiu da pista e se chocou com a barreira de proteção. O esforço comovente do francês em regressar para o conserto foi em vão e algo jamais visto no WEC aconteceu. Os bicampeões mundiais de Construtores terminaram uma corrida sem um único ponto marcado.

Entre os LMP1, só a Toyota teve uma corrida livre de contratempos, pois a Porsche também enfrentou os seus. O 919 Hybrid #14 do trio Romain Dumas/Neel Jani/Marc Lieb fez uma longa parada de 16 minutos em decorrência da perda de uma roda e da consequente quebra da suspensão dianteira esquerda e, não obstante, o protótipo do construtor de Stuttgart seria alijado da disputa por um problema hidráulico com a transmissão.

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Menos mal que o outro carro, o #20 de Mark Webber/Timo Bernhard/Brendon Hartley teve boa atuação e cumpriu uma boa prova. Foi uma excelente estreia do ex-piloto da Red Bull na Fórmula 1, logo com um pódio numa corrida cheia de percalços.

Os muitos abandonos ajudaram o velho Lola B12/60 Toyota de Nicolas Prost/Nick Heidfeld/Mathias Beche a terminar em quarto lugar. A despedida – agora parece que definitiva – do carro foi bastante honrosa. Já o outro bólido da Rebellion Racing, guiado por Fabio Leimer/Dominik Kraihamer/Andrea Belicchi, ficou pelo caminho.

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Na LMP2, a luta pela vitória foi polarizada entre o Morgan da G-Drive Racing guiado por Olivier Pla/Julien Canal/Roman Rusinov e o Oreca da KCMG conduzido por Matthew Howson/Richard Bradley/Tsugio Matsuda. Pla teve, como de hábito, uma prestação fortíssima no início, mas a trinca do time de Hong Kong mostrou qualidades e com Howson a bordo, o carro #47 chegou a liderar com uma volta de vantagem.

Porém, a bandeira amarela e a entrada do Safety Car em decorrência da batida de Tréluyer beneficiaram a tripulação da G-Drive, que descontou a volta perdida e retomou a chance de vitória. Após um pit stop, o Oreca foi punido com um stop & go por excesso de velocidade nos boxes e a situação se resolveu em favor do #26.

A estreia da SMP Racing no WEC foi bastante atribulada. Os dois carros do time russo tiveram vários problemas mecânicos no correr da disputa e o #37 acabou nocauteado com menos de 2h30 de competição. O #27 de Nicolas Minassian/Sergey Zlobin/Maurizio Mediani, mesmo após alguns contratempos, foi até o fim, mesmo nove voltas atrás da trinca vencedora da LMP2.

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A LMGTE-PRO assistiu no início a uma luta titânica entre a Ferrari de Gianmaria Bruni/Toni Vilander contra os Porsches do Team Manthey. O carro #51 da AF Corse não resistiu muito tempo e os carros do fabricante alemão dominaram a disputa até o seu final. A vitória foi do trio do #92, formado por Fred Makowiecki/Marco Holzer/Richard Lietz, tendo Nick Tandy/Patrick Pilet/Jörg Bergmeister em segundo.

Após um treino modesto, Darren Turner/Stefan Mücke fizeram uma boa corrida e terminaram em 3º, superando Bruni/Vilander e também Davide Rigon/James Calado, na outra Ferrari da AF Corse. O brasileiro Fernando Rees e seus parceiros Alex MacDowall e Darryl O’Young pelo menos conseguiram concluir a disputa, embora um pouco atrasados em relação aos primeiros colocados. Acabaram em 7º na classe e em 14º na geral, com 144 voltas completadas.

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A Aston Martin bisou o triunfo na LMGTE-AM, subclasse na qual vencera ano passado. O #95 de Nicki Thiim/David Heinemeier-Hänsson/Kristian Poulsen faturou a prova em dobradinha com o #98 de Paul Dalla Lana/Pedro Lamy/Christoffer Nygaard. O pódio foi completado por Sam Bird/Steve Wyatt/Michele Rugolo.

 

FIA WEC: Toyota na pole em Silverstone

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RIO DE JANEIRO – Nem Porsche, nem Audi. As marcas alemãs foram batidas no treino de classificação da prova de abertura do Mundial de Endurance (FIA WEC). As 6 Horas de Silverstone começam com o novo Toyota TS040 Hybrid na frente do pelotão de 27 carros que largarão neste domingo. O carro #7 de Alex Wurz/Kazuki Nakajima/Stéphane Sarrazin foi o mais eficiente na média das quatro melhores voltas de dois dentre os três pilotos escalados e conquistou a posição de honra – 1’42″774, apenas 0″005 melhor que o Audi R18 e-tron quattro #1 revezado pelo mito Tom Kristensen e pelo francês Loïc Duval, e que terá também o brasileiro Lucas Di Grassi na pilotagem.

Dona do melhor tempo dos testes da Pré-Temporada em Paul Ricard, a Porsche acabou em terceiro com o melhor dos seus 919 Hybrid. O carro #14 guiado por Romain Dumas e Neel Jani ficou a 0″313 da pole e menos de um décimo à frente do Audi #2 guiado por Bénoit Tréluyer e Andre Lotterer.

O Toyota #8 partilhado por Anthony Davidson e Nicolas Lapierre ficou com a quinta posição, a 0″415 apenas da pole, seguido do Porsche #20 de Mark Webber e Timo Bernhard. Seis carros dentro de menos de meio segundo, antevendo um enorme equilíbrio à vista na corrida deste domingo.

Únicos carros sem ERS dentro da LMP1, os dois velhos Lola B12/60 Toyota da Rebellion Racing até que não comprometeram. Na média de voltas dos dois carros, o #13 de Kraihamer/Belicchi/Leimer fez um ótimo trabalho, ficando a apenas 1″511 da pole e batendo o #12 de Heidfeld/Prost/Beche na briga doméstica dos dois carros helvéticos.

Com apenas quatro dos sete carros previstos para o WEC, a LMP2 foi dominada pelo Morgan #26 da G-Drive Racing. O carro de Olivier Pla/Roman Rusinov/Julien Canal conseguiu a média de 1’49″156 nas quatro melhores voltas da qualificação. Como curiosidade, esse carro foi mais lento que os cinco melhores do grid do ELMS, nessa mesma pista.

O Oreca #47 da KCMG conseguiu o segundo tempo no grupo e o 10º posto geral no grid, superando os dois carros da SMP Racing, com o #37 dos russos Viktor Shaitar/Anton Ladygin/Kyrill Ladygin surpreendendo ao ficar à frente do #27 de Sergey Zlobin/Nicolas Minassian/Maurizio Mediani.

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Na LMGTE-PRO e na LMGTE-AM, ótima performance da AF Corse. Duas poles para o time de Amato Ferrari, com o #51 de Gimmi Bruni/Toni Vilander se impondo na classe principal e o #81 de Steve Wyatt/Michele Rugolo/Sam Bird alcançando não só o melhor tempo da LMGTE-AM como também superando três dos sete carros inscritos na LMGTE-PRO.

Ao contrário do ano passado, a Aston Martin não foi bem na classe principal: o #97 de Darren Turner/Stefan Mücke ficou em quinto no grupo e em 18º na geral, superado também pelo pole da LMGTE-AM. Já o #99 de Alex MacDowall/Darryl O’Young/Fernando Rees foi o carro de pior desempenho da LMGTE-PRO, ficando atrás também dos dois carros do construtor inglês inscritos na LMGTE-AM. O trio do piloto brasileiro larga da 23ª posição entre 27 carros.

As 6 Horas de Silverstone têm largada programada para 8h da manhã, pelo horário de Brasília. O site do FIA WEC transmite a corrida em live streaming ao vivo e na íntegra. Embora o acesso esteja sendo cobrado (€ 19.99 pela temporada completa, exceto Le Mans e € 4.99 corrida por corrida, exceto Le Mans também) a partir deste ano, basta ao usuário cadastrar nome, e-mail e senha, não concluir a transação, abrir uma nova janela (members.fiawec.com) e voilà: a transmissão se materializa.

Quem é quem – Mundial de Endurance 2014: classe LMP1

RIO DE JANEIRO – A cereja do bolo do Mundial de Endurance (WEC) não podia faltar. Faltando poucas horas para os primeiros treinos livres das 6 Horas de Silverstone, o blog traz a apresentação das equipes que tomam parte da principal categoria, a LMP1.

Neste ano, os principais protótipos estão divididos em duas subcategorias dentro da mesma competição. Os LMP1-H (Hybrid) são os carros oficiais de fábrica dotados de ERS (Energy Recovering System). E desta vez, Audi e Toyota não estão sozinhas. A Porsche chega com um modelo dotado de motor 2 litros e quatro cilindros em linha, com turbocompressor – prometendo incomodar muito os compatriotas e aos japoneses. Os resultados do The Prologue, em Paul Ricard, mostram isso.

Em contrapartida, os carros sem ligação com times oficias de fábrica e/ou sem sistemas híbridos formam a LMP1-L (Light). Basicamente, a disputa acontecerá entre a Rebellion Racing e a Lotus, mas pelo menos em Silverstone esse confronto não vai acontecer. Além do Lotus T129 não estar ainda pronto, a Rebellion sequer estreará o novo carro, o R-One, o que acontecerá apenas em Spa, na 2ª etapa.

Fiquem de olho no carro #1 da Audi. Nele estará o brasileiro Lucas Di Grassi, que sonha em repetir o feito de Raul Boesel, até hoje o único brasileiro campeão mundial de Endurance, há 27 anos. Capacidade e condições para tanto, Lucas tem. Afinal de contas, ele será o substituto de Allan McNish, que se aposentou ao fim da última temporada.

Eis as equipes da LMP1:

AUDI SPORT TEAM JOEST
Sede: Wald-Michelbach, Alemanha
Chefe de equipe: Ralf Jüttner
Diretor técnico: Christian Reinke
Carro: Audi R18 e-tron quattro
Motor: Audi 4 litros V6 turbodiesel
Transmissão: Audi sequencial de 7 marchas
Pneus: Michelin
Pilotos: Tom Kristensen/Loïc Duval/Lucas Di Grassi (#1) e Marcel Fässler/Bénoit Tréluyer/Andre Lotterer (#2)

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O nome do carro continua o mesmo. Mas este Audi R18 e-tron quattro é muito diferente do modelo de 2013. Uma série de mudanças foram implementadas para o protótipo do construtor alemão se encaixar dentro do novo regulamento técnico. Com 45 kg a menos, o novo e-tron quattro recebeu incrementos de aerodinâmica e mecânica, agora com um motor de 4 litros de capacidade cúbica. Entretanto, os alemães tiveram problemas com o ERS-H (Energy Recovery System-Heat), que aproveitaria a energia térmica dos exaustores internos para acionar uma espécie de turboelétrico, oferecendo mais potência e o projeto teve que ser abortado. Apenas o sistema flywheel que dá tração às rodas dianteiras continua a bordo deste carro.

Por ter um modelo movido a diesel, a Audi preferiu começar na categoria 2MJ de equivalência de tecnologia, o que pode lhe custar caro no começo. Vamos ver quais serão as consequências desta decisão. No mais, a equipe tem como única novidade entre os pilotos a estreia do brasileiro Lucas Di Grassi – e logo no carro #1 dos campeões Tom Kristensen e Loïc Duval.

TOYOTA RACING
Sede: Colônia, Alemanha
Chefe de equipe: Pascal Vasselon
Diretor técnico: John Litjens
Carro: Toyota TS040
Motor: Toyota THS-R 3,7 litros V8
Transmissão: Toyota-ZF sequencial de 7 marchas
Pneus: Michelin
Pilotos: Alex Wurz/Stéphane Sarrazin/Kazuki Nakajima (#7) e Nicolas Lapierre/Anthony Davidson/Sébastien Buemi (#8)

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Em menos de duas temporadas, a Toyota conseguiu algumas vitórias no WEC, mas ainda não incomodou totalmente o poderio da Audi. Para este ano, os japoneses apostam pesado num novo projeto: o chassis TS040 Hybrid atende às especificações do regulamento para a LMP1 em 2014, com um reestudo de aerodinâmica e grandes novidades mecânicas. A adoção de um sistema híbrido capaz de gerar 480 HP extras, aliado ao motor de aspiração normal com 3,7 litros V8 de 520 HP pode fazer o protótipo alcançar 1000 HP de potência – o que para os dias de hoje é um número absurdo.

Entre os pilotos, nenhuma mudança de vulto, a não ser na formação dos trios. Alex Wurz e Kazuki Nakajima agora trabalham com Stéphane Sarrazin no carro #7. O antigo parceiro deles, Nicolas Lapierre, mudou para o #8 com Anthony Davidson e Sébastien Buemi. Será interessante ver a questão do entrosamento entre as novas formações.

PORSCHE TEAM
Sede: Weissach, Alemanha
Chefe de equipe: Andreas Seidl
Diretor técnico: Alexander Hitzinger
Carro: Porsche 919 Hybrid
Motor: Porsche 2 litros V4 turbo
Transmissão: Porsche sequencial de 6 marchas
Pneus: Michelin
Pilotos: Romain Dumas/Neel Jani/Marc Lieb (#14) e Timo Bernhard/Mark Webber/Brendon Hartley (#20)

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A Porsche volta às competições de protótipos em grande estilo. Fazendo barulho, “metendo o pé na porta” e assustando as rivais Audi e Toyota. Os vários quilômetros de teste em diversas pistas, a partir do momento em que o projeto tomou forma, pelo visto não foram em vão e o novo 919 Hybrid parece ter muito mais potencial que o esperado – apesar da solução mecânica utilizada, com um propulsor de quatro cilindros em V e apenas 2 litros.

Tal opção se baseia no fato de que a Porsche introduziu dois sistemas híbridos no seu novo carro e a acoplagem não daria certo se fosse um motor com outra configuração. O desempenho na pré-temporada foi muito bom e os tempos no The Prologue, excelentes e animadores. O plantel de pilotos mescla gente da casa e algumas novidades. A grande atração é a estreia de Mark Webber no WEC, após mais de uma década na Fórmula 1. Outras boas aquisições foram o velocíssimo Brendon Hartley e o eficiente Neel Jani. É uma equipe que, contando ainda com Romain Dumas, Timo Bernhard e Marc Lieb, promete dar muito trabalho.

LOTUS
Sede: Grëding, Alemanha
Chefe de equipe: Romulus Kolles
Diretor técnico: Paul White
Carro: Lotus T129
Motor: AER P60 V6 Biturbo
Transmissão: Ricardo sequencial de 6 marchas
Pneus: Michelin
Pilotos: Christijan Albers/James Rossiter/Thomas Holzer (#9)

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A associação Lotus-Kodewa permanece viva no WEC em 2014 apesar dos problemas envolvendo a equipe e o escritório de tecnologia ADESS AG, que pararam na justiça. Não obstante, a equipe sediada em Grëding buscou um acordo com a Audi para o uso dos motores 4 litros V8 do DTM, mas a indefinição persistiu até o fim do ano passado e o projeto do novo protótipo T129 desenhado por Paul White atrasou substancialmente por conta desta situação, contornada com um acordo costurado com a Advanced Engines Research (AER), que lançou em novembro último um motor biturbo V6 para a classe LMP1.

Como consequência, o T129 não fez nenhum teste de pré-temporada e só percorrerá suas primeiras voltas após as 6 Horas de Silverstone, buscando quilometragem para a estreia em Spa-Francorchamps. Quando entrar na pista, o carro preto terá a bordo o holandês Christijan Albers, aquele mesmo ex-Fórmula 1, ao lado de James Rossiter e Thomas Holzer.

REBELLION RACING
Sede: Derbyshire, Oriental Midlands (Inglaterra)
Chefe de equipe: Barth Hayden
Diretor técnico: Ian Smith
Carro: Rebellion R-One (Lola B12/60 em Silverstone)
Motor: Toyota RV8K 3,4 litros V8
Transmissão: Xtrac sequencial de 6 marchas
Pneus: Michelin
Pilotos: Nicolas Prost/Nick Heidfeld/Mathias Beche (#12) e Fabio Leimer/Dominik Kraihamer/Andrea Belicchi (#13)

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Para não ficar de fora da festa, a Rebellion Racing – também sem carro ainda pronto a tempo da estreia – vai para Silverstone na abertura do WEC para uma honrosa despedida do Lola B12/60 com motor Toyota. O carro, utilizado pelo time de bandeira helvética e de sede britânica, recebeu autorização especial para fazer sua despedida das pistas. Já em Spa estreia o novo carro, de visual bem mais agressivo que seu antecessor.

Sem concorrência na LMP1-L em Silverstone, a Rebellion vai aproveitar a corrida deste fim de semana para entrosar a tripulação do carro #13, na qual estarão os estreantes Fabio Leimer, Dominik Kraihamer e Andrea Belicchi. O protótipo principal do time reúne Nicolas Prost ao lado de Nick Heidfeld e Mathias Beche.

Quem é quem: European Le Mans Series 2014 – equipes LMGTE

RIO DE JANEIRO – A classe LMGTE é a segunda em importância na temporada 2014 do European Le Mans Series, uma vez que os LMPC não darão o ar da graça e no próximo ano chega a nova subdivisão LMP3. Enquanto isso, a subclasse multimarcas de Grã-Turismo se reveste de importância, num ano de crescimento. O grid terá 13 carros inscritos e diversas equipes com passagem pelo WEC e outras séries internacionais. Aqui, ao contrário do Mundial de Endurance, não há distinção por categoria de pilotos. As diferentes graduações – platina, ouro, prata e bronze – se misturam no mesmo campeonato, tornando a disputa bem mais interessante.

Um estreante chama a atenção. Aos 42 anos de idade, o antigo goleiro da seleção francesa campeã em 1998, Fabién Barthez, faz sua estreia num certame internacional visando a primeira aparição nas 24 Horas de Le Mans.

Eis as equipes participantes:

AF CORSE
Sede: Piacenza, Itália
Chefe de equipe: Battistino Pregliasco
Diretor técnico: Luigi Urbinelli
Carro: Ferrari F458 Italia GTE
Motor: Ferrari F142 4,5 litros V8
Câmbio: Hewland sequencial de 6 marchas
Pneus: Michelin
Pilotos: Piergiuseppe Perazzini/Marco Cioci/Michael Lyons (#54) e Duncan Cameron/Matt Griffin/Michele Rugolo (#55)

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AT RACING
Sede: Viena, Áustria
Chefe de equipe: Aliaksandr Talkanitsa
Diretor técnico: (?)
Carro: Ferrari F458 Italia GTE
Motor: Ferrari F142 4,5 litros V8
Câmbio: Hewland sequencial de 6 marchas
Pneus: Michelin
Pilotos: Aliaksandr Talkanitsa/Aliaksandr Talkanitsa Jr./Pierre Kaffer (#56)

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TEAM SOFREV-ASP
Sede: Nogaro, França
Chefe de equipe: Jerôme Policand
Diretor técnico: Olivier Hebutème
Carro: Ferrari F458 Italia GTE
Motor: Ferrari F142 4,5 litros V8
Transmissão: Hewland sequencial de 6 marchas
Pneus: Michelin
Pilotos: Fabién Barthez/Anthony Pons/Soheil Ayari (#58)

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JMW MOTORSPORT
Sede: Colchester, Essex (Inglaterra)
Chefe de equipe: Jim McWhiter
Diretor técnico: Steve “Doc” Bunkhall
Carro: Ferrari F458 Italia GTE
Motor: Ferrari F142 4,5 litros V8
Transmissão: Hewland sequencial de 6 marchas
Pneus: Michelin
Pilotos: Daniel McKenzie/Daniel Zampieri/George Richardson (#66)

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IMSA PERFORMANCE MATMUT
Sede: St. Jean du Chardonnay, Haute-Normandie (França)
Chefe de equipe: Franck Rava
Diretor técnico: Arnaud Soudey
Carro: Porsche 911 (991) GT3 RSR
Motor: Porsche 4 litros Flat 6
Transmissão: Porsche sequencial de 6 marchas
Pneus: Michelin
Pilotos: Eric Hélary/Erik Maris/Jean-Marc Merlin (#67) e Raymond Narac/Nicolas Armindo/David Hallyday (#76)

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SMP RACING
Sede: Moscou, Rússia
Chefe de equipe: Boris Rotemberg
Diretor técnico: Benjamin Durand
Carro: Ferrari F458 Italia GTE
Motor: Ferrari F142 4,5 litros V8
Transmissão: Hewland sequencial de 6 marchas
Pneus: Michelin
Pilotos: Andrea Bertolini/Viktor Shaitar/Sergey Zlobin (#72)

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KESSEL RACING
Sede: Grancia-Lugano, Suíça
Chefe de equipe: Ronnie Kessel
Diretor técnico: Pier Deldon
Carro: Ferrari F458 Italia GTE
Motor: Ferrari F142 4,5 litros V8
Transmissão: Hewland sequencial de 6 marchas
Pneus: Michelin
Pilotos: Michael Broniszewski/Giacomo Piccini/Marco Frezza (#80) e Kolawuke Aluko/Thomas Kemenater/Matteo Cressoni (#81)

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CRUBILÉ SPORT
Sede: Bures-Sur-Yvette, França
Chefe de equipe: Sébastien Crubilé
Diretor técnico: Laurent Corric
Carro: Porsche 911 (997) GT3 RSR
Motor: Porsche 4 litros Flat 6
Transmissão: Porsche sequencial de 6 marchas
Pneus: Michelin
Pilotos: François Perrodo/Sébastien Crubilé/Emmanuel Collard (#82)

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GULF RACING UK
Sede: Milton Keynes, Inglaterra
Chefe de equipe: Matt Beers
Diretor técnico: Brad Fincham
Carros: Aston Martin Vantage V8 e Porsche 911 (997) GT3 RSR
Motores: Aston Martin 4,5 litros V8 e Porsche 4 litros Flat 6
Transmissões: Xtrac sequencial de 6 marchas e Porsche sequencial de 6 marchas
Pneus: Michelin
Pilotos: Roald Goethe/Stuart Hall/Dan Brown (#85) e Adam Carroll/Michael Wainwright/Ben Barker (#86)

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Quem é quem: European Le Mans Series 2014 – equipes LMGTC

RIO DE JANEIRO – O blog começa a partir de agora a apresentação de todos os times envolvidos na temporada 2014 do European Le Mans Series. Começamos pela divisão LMGTC, cujo regulamento é o FIA GT3 que rege também outras categorias feito o Blancpain Endurance Series e o International GT Open. Enquanto no BES os carros usam pneus Pirelli e no GT Open os compostos são os Dunlop, no certame europeu de Endurance todos usam os pneus franceses Michelin.

Vamos aos times, pois:

SÉBASTIEN LOEB RACING
Sede: Soultz Sous Forêrts, França
Chefe de equipe: Dominique Heintz
Diretor técnico: Léo Thomas
Carro: Audi R8 LMS Ultra
Motor: Audi 5,2 litros V10
Transmissão: Audi sequencial de 6 marchas
Pneus: Michelin
Pilotos: Olivier Lombard/Henry Hassid/Mike Parisy (#51)

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SMP RACING
Sede: Moscou, Rússia
Chefe de equipe: Boris Rotemberg
Diretor técnico: Benjamin Durand
Carro: Ferrari F458 Italia GT3
Motor: Ferrari F142 4,5 litros V8
Transmissão: Hewland sequencial de 6 marchas
Pneus: Michelin
Pilotos: Boris Rotemberg/Mika Salo/Maurizio Mediani (#57); Kirill Ladygin/Aleksej Basov/Luca Persiani (#71) e Olivier Beretta/Devi Markozov/Anton Ladygin (#73)

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TEAM SOFREV-ASP
Sede: Nogaro, França
Chefe de equipe: Jerôme Policand
Diretor técnico: Olivier Hebutème
Carro: Ferrari F458 Italia GT3
Motor: Ferrari F142 4,5 litros V8
Transmissão: Hewland sequencial de 6 marchas
Pneus: Michelin
Pilotos: Christophe Bourret/Pascal Gibon/Jean-Philippe Belloc (#59)

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FORMULA RACING
Sede: (?)
Chefe de equipe: (?)
Diretor técnico: (?)
Carro: Ferrari F458 Italia GT3
Motor: Ferrari F142 4,5 litros V8
Câmbio: Hewland sequencial de 6 marchas
Pneus: Michelin
Pilotos: Jan Magnussen/Johnny Laursen/Mikkel Mac Jensen (#60)

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AF CORSE
Sede: Piacenza, Itália
Chefe de equipe: Battistino Pregliasco
Diretor técnico: Luigi Urbinelli
Carro: Ferrari F458 Italia GT3
Motor: Ferrari F142 4,5 litros V8
Câmbio: Hewland sequencial de 6 marchas
Pneus: Michelin
Pilotos: Yannick Mallegol/Howard Blank/Jean-Marc Bachelier (#62); Mads Rasmussen/Dennis Lind (#63) e Cédric Sbirazzuoli/Adrien De Leener (#95)

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PROSPEED COMPETITION
Sede: Gräce-Hollogne, Bélgica
Chefe de equipe: Rudi Penders
Diretor técnico: Luc Goris
Carro: Porsche 911 (997) GT3-R
Motor: Porsche 4 litros Flat 6
Câmbio: Porsche sequencial de 6 marchas
Pneus: Michelin
Pilotos: Paul Van Splunteren/Maxime Soulet/Gilles Vannelet (#75)

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TEAM RUSSIA BY BARWELL
Sede: Great Bookham, Surrey (Inglaterra)
Chefe de equipe: Mark Lemmer
Diretor técnico: (?)
Carro: BMW Z4 GT3
Motor: BMW 4 litros V8
Câmbio: BMW sequencial de 6 marchas
Pneus: Michelin
Pilotos: Leo Machitski/Timur Sardarov/Jonathan Cocker (#78)

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PRO GT BY ALMERAS
Sede: Gigèan, França
Chefe de equipe: Philippe Almeras
Diretor técnico: (?)
Carro: Porsche 911 (997) GT3-R
Motor: Porsche 4 litros Flat 6
Transmissão: Porsche sequencial de 6 marchas
Pneus: Michelin
Pilotos: Franck Perera/Lucas Lasserre/Eric Dermont (#93)

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TEAM UKRAINE
Sede: Kiev, Ucrânia
Chefe de equipe: (?)
Diretor técnico: (?)
Carro: Ferrari F458 Italia GT3
Motor: Ferrari F142 4,5 litros V8
Transmissão: Hewland sequencial de 6 marchas
Pneus: Michelin
Pilotos: Andriy Krugik/Sergey Chukanov/Alessandro Pier Guidi (#96)dsc_5691

ART GRAND PRIX
Sede: Villeneuve-la-Guyard, França
Chefe de equipe: Fréderic Vasseur
Diretor técnico: Guillaume Capietto
Carro: McLaren MP4-12C GT3
Motor: McLaren M838T 3,8 litros V8 turbo
Transmissão: McLaren sequencial de 6 marchas
Pneus: Michelin
Pilotos: Kevin Korjus/Grégoire Demoustier/Yann Goudy (#98) e Ricardo Gonzalez/Karim Aljani/Alex Brundle (#99)

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Quem é quem – Mundial de Endurance 2014: equipes LMGTE-PRO

RIO DE JANEIRO – O blog volta a apresentar as equipes do Mundial de Endurance 2014. É a hora e a vez da turma da LMGTE-PRO, dos pilotos profissionais e dos carros que sofreram os últimos upgrades visando uma temporada que promete ser das mais equilibradas e disputadas.

Quatro equipes apresentam-se para a disputa – RAM Racing, Porsche AG Team Manthey, AF Corse e Aston Martin Racing. A novidade é a vinda do time campeão do ELMS, que se junta aos antigos participantes do WEC. Já quanto às marcas, nada muda: a briga será, mais uma vez, entre Ferrari, Porsche e Aston Martin. No prólogo, houve algum equilíbrio entre as duas primeiras. A Aston Martin apenas trabalhou com a trinca do carro #99, buscando entrosamento entre os novos pilotos.

Vamos às equipes participantes da LMGTE-PRO, portanto:

RAM RACING
Sede: Silverstone, Northamptonshire (Grã-Bretanha)
Chefe de equipe: Dan Shufflebottom
Diretor técnico: Mark Schomann
Carro: Ferrari F458 Italia
Motor: Ferrari F142 4,5 litros V8
Transmissão: Hewland sequencial de 6 marchas
Pneus: Michelin

4d5a8742Novidade na LMGTE-PRO em 2014, a RAM Racing entra como a segunda equipe representante da Ferrari no FIA WEC nesta divisão. O time de Dan Shufflebottom tem como principal trunfo, fora da pista, o trabalho do competente engenheiro Mark Schomann, que já serviu a diversas escuderias nos EUA. Matt Griffin, irlandês de 31 anos, permanece como titular do time. Seu parceiro neste fim de semana será o veloz português Álvaro Parente, de 29 anos. Com a anuência da McLaren, com quem o piloto tem um contrato de test driver, ele faz sua estreia no WEC neste fim de semana.

AF CORSE
Sede: Piacenza, Itália
Chefe de equipe: Amato Ferrari
Diretor técnico: Luigi Urbinelli
Carro: Ferrari F458 Italia
Motor: Ferrari F142 4,5 litros V8
Transmissão: Hewland sequencial de 6 marchas
Pneus: Michelin

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Campeã da última temporada graças a Gianmaria Bruni, a AF Corse segue como uma das principais equipes da LMGTE-PRO e, logicamente, é uma das favoritas ao título deste ano. O time italiano apresenta algumas mudanças substanciais em relação a 2013, no que diz respeito às formações de pilotos. Como Giancarlo Fisichella tomou o rumo dos EUA e Kamui Kobayashi optou por regressar à Fórmula 1, Amato Ferrari reorganizou suas duplas: trouxe o ótimo finlandês Toni Vilander para compor a dupla do #51 com Gianmaria Bruni e no carro #71, uma formação rejuvenescida: Davide Rigon, contratado do programa de pilotos da Ferrari, ascende à LMGTE-PRO ao lado do recém-chegado James Calado, antigo piloto da GP2 Series e que guiou várias vezes os carros da Force India na categoria máxima. É uma equipe com potencial para assustar Porsche e Aston Martin, mais uma vez.

PORSCHE AG TEAM MANTHEY
Sede: Meuspath, Alemanha
Chefe de equipe: Harmut Kristen
Diretor técnico: Olaf Manthey
Carro: Porsche 911 (991) GT3 RSR
Motor: Porsche 4 litros Flat 6
Transmissão: Porsche sequencial de 6 marchas
Pneus: Michelin

4d5a9250Em seu segundo ano na LMGTE-PRO, a Porsche vem com força total para impedir mais um título da Ferrari na divisão. O carro de 2014 estreou com as novas especificações no Bahrein ano passado e revelou-se competitivo de saída. Para a próxima temporada, que se inicia no domingo, o objetivo é conquistar bem mais do que a vitória nas 24 Horas de Le Mans. Para isso, a casa de Stuttgart confiará seus dois carros a um time muito forte de pilotos. Os titulares fixos do #91 serão Patrick Pilet e Jörg Bergmeister, enquanto Nick Tandy disputa as provas de Silverstone, Spa-Francorchamps e Le Mans. Já no #92, a pilotagem ficará a cargo de Marco Holzer e do recém-chegado Fred Makowiecki, que vem da Aston Martin. Richard Lietz completa a tripulação nas três primeiras provas do WEC.

ASTON MARTIN RACING
Sede: Banbury, Oxfordshire (Grã-Bretanha)
Chefe de equipe: John Gaw
Diretor técnico: Dan Sayers
Carro: Aston Martin Vantage GTE
Motor: Aston Martin 4,5 litros V8
Transmissão: Xtrac sequencial de 6 marchas
Pneus: Michelin

4d5a8750No bojo da última temporada, a Aston Martin acabou por ter mais dividendos do que lucros. Não obstante a morte trágica de Allan Simonsen no início das 24 Horas de Le Mans, a equipe perdeu o título mundial de construtores e não foi capaz de oferecer a qualquer um de seus pilotos a possibilidade de ganhar na LMGTE-PRO. Apesar dos revezes, os ânimos estão renovados para 2014. Para este ano, a AMR optou por uma separação de esquemas. O time do #97, de Darren Turner e Stefan Mücke segue assistido diretamente pela fábrica. Já o #99, que conta com uma tripulação 100% nova, formada pelo britânico Alex MacDowall, por Darryl O’Young e pelo brasileiro Fernando Rees, entra na temporada do WEC com assistência dividida entre a Bamboo Engineering e a Craft Racing, que solidificaram uma parceria tecnológica para este ano.

 

Passeio da Ganassi em Long Beach

2014 TUDOR United SportsCar Championship Long Beach

RIO DE JANEIRO – Foi um passeio nas ruas de Long Beach: a Ganassi venceu pela segunda vez consecutiva no Tudor United SportsCar Championship. A corrida do último sábado, terceira da série estadunidense de Protótipos e Grã-Turismo foi inteiramente dominada pelo #01 de Memo Rojas/Scott Pruett, que se aproximam da liderança da classificação do campeonato, ainda nas mãos de João Barbosa/Christian Fittipaldi, da Action Express Racing. A dupla do carro #5 terminou em 3º lugar e soma 98 pontos contra 93 dos rivais.

Race Start

Foi uma corrida atípica. A começar que somente duas das quatro subclasses do TUSC correram. Estavam presentes a Prototype e a GT Le Mans (GTLM), porque por ser um circuito de rua, não haveria espaço para acomodar mais de 36 carros. Com somente 21 inscritos, o GP de Long Beach foi tranquilo, sem incidentes graves e, por incrível que pareça, sem nenhum período de neutralização por bandeiras amarelas.

Apesar disso, ainda houve quem ficasse no prejuízo: a Michael Shank Racing, que conquistara graças a Oswaldo Negri um excelente 2º lugar no grid, viu a corrida ir por água abaixo logo na primeira curva, quando John Pew, ao volante do #60 com motor Ford EcoBoost, foi fechado na trajetória pelo controvertido colombiano Gustavo Yacaman, que não deu espaço ao rival. Pew parou na barreira de pneus e caiu para último. Um prejuízo irrecuperável.

Depois, quando já era retardatário, o piloto comprou pronta uma rodada do canadense Michael Valiante, da Spirit of Daytona. Não foi possível recuperar o tempo perdido e Oswaldo Negri, que ainda assumiu o carro, fez a volta mais rápida antes de abandonar definitivamente.

Christian Fittipaldi, que guiou o Corvette DP #5 durante a primeira metade da disputa, entregou o carro ao português João Barbosa. Beneficiado por um ótimo pit stop, o luso saiu à frente do #01 da Ganassi e do #10 da Wayne Taylor Racing, mas não “esquentou banco” nem por uma volta. Acabou ultrapassado numa curva do miolo por Scott Pruett e por Jordan Taylor, o que definiu o pódio.

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O melhor LMP2 na disputa foi o Morgan Nissan de Olivier Pla/Gustavo Yacaman, que chegou em quarto. Somente seis protótipos, aliás, chegaram na mesma volta. E entre os GTs, uma barbada: vitória do Corvette C7-R (primeira do novo carro da Chevrolet) guiado por Antonio Garcia/Jan Magnussen, com absoluta sobra sobre a BMW de Dirk Müller/John Edwards. Tommy Milner/Oliver Gavin completaram os três primeiros colocados.

#911 Porsche North America Porsche 911 RSR: Nick Tandy, Richard Lietz

Vencedora em Sebring e Daytona, a Porsche desta vez  chegou em 4º e 5º lugar, com Nick Tandy/Richard Lietz e Patrick Long/Michael Christensen, respectivamente. Mesmo terminando em 6º na divisão neste fim de semana, Bill Auberlen/Andy Priaulx assumiram a liderança da classe GTLM com 90 pontos, contra 88 de Lietz/Tandy e 86 de Christensen/Long. Magnussen/Garcia estão em quinto, com 82 pontos.

A próxima etapa será em 4 de maio no circuito californiano de Laguna Seca. Mais uma vez, haverá divisão – mas as quatro subclasses estarão presentes. Prototype Challenge e GT Daytona fazem uma corrida e de novo Prototype e GT Le Mans vão competir juntas. Serão duas provas com 2 horas de duração, cada.

ART Grand Prix brilha em Monza; Cesar Ramos chega em 4º

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RIO DE JANEIRO – A escuderia francesa ART Grand Prix teve um fim de semana de sonho na abertura do Blancpain Endurance Series em Monza, na Itália. O McLaren MP4-12C GT3 #98 guiado por Grégoire Demoustier/Alexandre Prémat/Álvaro Parente foi o grande dominador da corrida disputada neste domingo com 3 horas de duração.

Com 38 carros no grid – menos do que no início do campeonato ano passado – mesmo assim a etapa inaugural do BES em 2014 foi bastante movimentada. Parente, o grande nome do trio vencedor, guiou como nunca e outro destaque na pista foi o Audi da equipe Saintéloc Racing, que chegou em 2º graças à experiência do excelente piloto monegasco Stéphane Ortelli. Ele e os parceiros Grégory Gulivert e Edward Sändström deram show na pista italiana e puseram o carro do construtor alemão entre as duas McLaren da ART.

Não obstante o primeiro lugar do #98, o trio do #99 guiado por Kevin Korjus/Kévin Estre/Andy Soucek também teve ótima atuação, o que conduziu os pilotos ao terceiro lugar do pódio. Já o brasileiro Cesar Ramos, a bordo do Audi #1 da Belgian Audi Club WRT, teve boa atuação ao lado dos parceiros Laurens Vanthoor e Marc Basseng. O trio chegou em 4º lugar, numa pista que, com longas retas, não favorece o modelo R8 LMS Ultra.

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“Larguei em quarto e como era esperado perdi posições para a Ferrari e McLaren que vinham atrás de mim. Não arrisquei muito porque a corrida era longa. Fiz um bom turno, consegui economizar o combustível que era necessário para que não precisássemos fazer um splash and go no final da prova. O único problema é que no final do meu turno, algo entrou embaixo do carro e fiquei três curvas sem aderência nenhuma, com as rodas dianteiras praticamente no ar, o que me obrigou a tirar o pé e com isso perdi quatro posições, caindo para nono, e cinco segundos. Em função disso dei uma volta a mais e fiz minha parada. Entreguei o carro para o Marc (Basseng), que retornou para a pista em quinto”, descreveu Cesar, que foi prejudicado com um acidente que espalhou pedaços de carenagem pela pista. 

“O Marc também fez um ótimo trabalho. Entregou o carro na quarta posição para o (Laurens) Vanthoor, que recuperou 13 segundos para o terceiro colocado, mas não deu para passar porque realmente o nosso carro não acompanhava a McLaren nas retas, como já sabíamos: essa pista não favorece nosso Audi R8. Assim, foi muito bom esse quarto lugar em Monza, conquistamos ótimos pontos para o campeonato. A equipe fez um ótimo trabalho nos pits e durante toda a semana e fiquei muito feliz com a estreia, mesmo tendo ficado com aquele gostinho de quero mais”, concluiu Cesar.

Campeão do ano passado, o alemão Maximilian Buhk fez uma boa corrida de recuperação em parceria com Harold Primat e Nico Verdonck, que dividiram com ele a Mercedes SLS AMG GT3 da HTP Motorsport. A trinca largou de 10º para chegar em quinto lugar, logo à frente de uma das grandes atrações da prova – o novo Bentley Continental da M-Sport, sexto graças a Jerome d’Ambrosio/Antoine Lèclerc/Duncan Tappy. O outro carro da marca chegou em sétimo.

Em 8º, chegou a Ferrari do trio Danyliw/Knap/Sovernico, que venceram na subdivisão Pro-Am. O pódio desta classe também teve a BMW de Amos/Comandini/Colombo, alinhada pela ROAL Motorsport e também a dupla Dermont/Perera, da Pro GT by Almeras, com um Porsche.

A próxima prova do Blancpain Endurance Series será em Silverstone, no dia 23 de maio.

Comitê de Endurance da FIA define fluxo de combustível e equivalência de tecnologia da LMP1

MOTORSPORT : FIA WEC PROLOGUE - LE CASTELLET (FRA) 03/27/2014

RIO DE JANEIRO – A complexa equação do fluxo de combustível dos protótipos LMP1-Hybrid do Mundial de Endurance (FIA WEC) e a equivalência de tecnologia entre os modelos Audi, Porsche e Toyota foi finalmente revelada pelo Comitê de Endurance da FIA nesta quinta-feira.

Após a coleta dos dados recolhidos pelos fabricantes no Prólogo da temporada 2014 em Paul Ricard, os homens da FIA concluíram o EoT entre os modelos diesel da Audi e os protótipos a gasolina de Porsche e Toyota. Em dezembro, foi publicada a primeira tabela, que acaba revista quatro meses depois, por conta dos testes coletivos. Toyota e Porsche serão fortemente beneficiados na tabela de energia dispendida por volta, com um incremento na capacidade de combustível dos bólidos.

Para a Audi, não é a melhor das situações. O construtor alemão, que optou por um sistema ERS (Energy Recovering System) na categoria 2MJ por volta, enfrentará redução na tabela de energia e também na capacidade de combustível do R18 e-tron quattro. Porsche e Toyota optaram pela categoria 6 MJ/volta.

Em números, isso significa o seguinte: a Audi trabalhará com 1.34 MJ de ERS nas 6 Horas de Silverstone, podendo ter um fluxo de combustível de 80,2 kg/hora de diesel. Porsche e Toyota virão com 4.02 MJ de ERS e 89,5 kg/hora no fluxo de gasolina. Em Spa-Francorchamps e Le Mans, os números voltam a sofrer modificações de acordo com o comprimento do traçado de ambas as pistas. E assim será até a 3ª etapa, porque o EoT volta a sofrer mudanças apenas para a corrida de Austin, em setembro.

Confira no link o boletim do Comitê de Endurance da FIA

Comitê de Endurance da FIA confirma ajustes no BoP dos Grã-Turismo e especificações do Lola-Toyota para Silverstone

RIO DE JANEIRO – A Comissão de Endurance da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) confirmou as alterações no chamado Balance of Performance (BoP) de alguns modelos Grã-Turismo para o início do WEC daqui a alguns dias em Silverstone. As mudanças serão mais profundas no Aston Martin Vantage GTE e no Porsches 911 GT3 RSR, tanto na versão 997 quanto na 991.

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Após o Prólogo em Paul Ricard, foi decidido que os Aston Martin spec 2014 da classe LMGTE-PRO e spec 2013 da LMGTE-AM vêm com um decréscimo de peso de 15 kg em relação aos valores do ano passado. A altura do carro em relação ao solo foi aumentada em 5mm, o que deixa os modelos do construtor britânico dentro do limite de 55mm exigido pelo regulamento. Ano passado não era assim (o carro andava fora da altura mínima), mas a FIA concedeu um beneplácito que trouxe muita discussão no correr do último campeonato.

Também para os modelos da LMGTE-AM da Aston Martin haverá um incremento de 0,3 mm no diâmetro do restritor de ar do motor V8 do bólido e cinco litros a mais no tanque de combustível.

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Entre os Porsches, os novos 991 correrão em Silverstone com a mesma configuração técnica já adotada nas 6 Horas do Bahrein, última corrida do ano passado. Já os 997 vão poder correr com uma restrição de ar 0,6 mm maior que em 2013.

O Comitê de Endurance também deliberou sobre o Lola B12/60 Toyota da Rebellion Racing, que ainda será visto na pista britânica enquanto o novo Rebellion R-One, desenvolvido pela Oreca, não fica pronto – o que acontecerá apenas para maio, nas 6 Horas de Spa-Francorchamps.4d5a9602

De acordo com a decisão da FIA, o protótipo LMP1-L do time anglo-helvético poderá correr com restrição de 44,4mm na entrada de ar do motor Toyota V-8 que equipa os carros do time. O peso mínimo do protótipo será de 890 kg e o tanque de combustível armazenará 83 litros de gasolina.

As equipes oficiais de fábrica da classe LMP1-H já sabem qual será a alocação do fluxo de combustível de seus carros para as primeiras provas da temporada, mas esses dados ainda não foram publicados, assim como possíveis mudanças no BoP da classe LMP2. Entre os protótipos da classe principal será adotado o princípio do EoT – Equivalence of Technology.

Super GT: 39 carros para a abertura do campeonato em Okayama

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RIO DE JANEIRO – Vai começar neste fim de semana a temporada 2014 do Super GT japonês, no circuito de Okayama, aquele mesmo que quando se chamava Aida teve duas corridas de Fórmula 1 nos anos 90. É uma corrida que marca uma nova fase da competição, especialmente na GT500. A divisão principal tem carros novos, com regulamento semelhante ao do DTM alemão.

Quase 40 carros compõem a lista de entradas para a rodada inaugural, que terá uma prova de 300 km de percurso pelos 3,703 km de extensão do circuito, localizado numa das zonas mais remotas do Japão. Apesar da longa viagem, as equipes gostam de competir na pista travada e o público aparece em bom número para acompanhar as provas do certame mais popular do país.

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A GT500, além das novidades técnicas, vem com diversos pilotos que farão sua primeira temporada no Super GT. A Honda foi quem mais investiu: trouxe de uma vez só o italiano Vitantonio Liuzzi, que já esteve na Fórmula 1; o francês Jean-Karl Vernay e o belga Bertrand Baguette. O brasileiro João Paulo de Oliveira continua no Calsonic Team Impul, equipe chefiada por Kazuyoshi Hoshino, com um Nissan GT-R – e desta vez com um novo parceiro: Hironobu Yasuda entra na vaga de Tsugio Matsuda, agora na equipe Motul Autech Nismo.

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Dez marcas diferentes figuram na sempre numerosa lista de inscritos da GT300. A subdivisão secundária do Super GT também tem suas atrações, como a estreia do espanhol Lucas Ordoñez com um Nissan GT-R GT3; a presença dos experientes Jörg Müller (BMW), Björn Wirdheim (Mercedes-Benz) e Richard Lyons (Audi); e a celebrada volta do alemão Tim Bergmeister, que passou praticamente dois anos fora das pistas, após um grave acidente sofrido nos 500 km de Fuji.

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Recuperado das fraturas de costelas, hemorragias e lesões pulmonares, o irmão de Jörg Bergmeister regressa com um Porsche do Porsche Team KTR, em dupla com Akihiro Tsuzuki. Esta equipe troca os pneus Hankook coreanos pelos Yokohama, fabricados no Japão. Além deste fabricante, Dunlop, Bridgestone e Michelin fornecem compostos não só para a GT300 como também para a GT500.

Vamos aos inscritos:

GT500

#1 LEXUS TEAM ZENT CERUMO
Lexus RC-F (B)
Yuji Tachikawa/Kohei Hirate

#6 LEXUS TEAM LE MANS ENEOS
Lexus RC-F (B)
Kazuya Oshima/Yuji Kunimoto

#8 AUTOBACS RACING TEAM AGURI
Honda NSX Concept GT (B)
Vitantonio Liuzzi/Kosuke Matsuura

#12 CALSONIC TEAM IMPUL
Nissan GT-R (B)
Hironobu Yasuda/João Paulo de Oliveira

#17 KEIHIN REAL RACING
Honda NSX Concept GT (B)
Koudai Tsukakoshi/Toshihiro Kaneishi

#18 WEIDER MODULO DOME RACING
Honda NSX Concept (M)
Naoki Yamamoto/Jean-Karl Vernay

#19 LEXUS TEAM WEDSPORT BANDOH
Lexus RC-F (Y)
Juichi Wakisaka/Yuhi Sekiguchi

#23 MOTUL AUTECH NISMO
Nissan GT-R (M)
Tsugio Matsuda/Ronnie Quintarelli

#24 D’STATION ADVAN KONDO RACING
Nissan GT-R (Y)
Michael Krumm/Daiki Sasaki

#32 EPSON NAKAJIMA RACING
Honda NSX Concept (D)
Daisuke Nakajima/Bertrand Baguette

#36 LEXUS TEAM PETRONAS TOM’S
Lexus RC-F (B)
Kazuki Nakajima/James Rossiter

#37 LEXUS TEAM KEEPER TOM’S
Lexus RC-F (B)
Daisuke Ito/Andrea Caldarelli

#39 DENSO KOBELCO LEXUS TEAM SARD
Lexus RC-F (B)
Hiroaki Ishiura/Oliver Jarvis

#46 S-ROAD MOLA
Nissan GT-R (M)
Satoshi Motoyama/Masataka Yanagida

#100 RAYBRIG TEAM KUNIMITSU
Honda NSX Concept (B)
Takashi Kogure/Hideki Mutoh

GT300

#0 TEAM MUGEN
Honda CR-Z (B)
Yukhi Nakayama/Tomoki Nojiri

#2 SYNTIUM APPLE CARS TOKÄI DREAM 28
McLaren MP4-12C GT3 (Y)
Kazuho Takahashi/Hiroki Katoh

#3 B-MAX NDDP RACING
Nissan GT-R GT3 (Y)
Kazuki Hoshino/Lucas Ordoñez

#4 GOODSMILE HATSUNEMIKU RACING & TEAM UKYO
BMW Z4 GT3 (Y)
Nobuteru Taniguchi/Tatsuya Kataoka

#5 MACH SYAKEN WITH TRANSFORMERS 30TH
Nissan GT-R GT3 (Y)
Tetsuji Tamanaka/Junichiro Yamashita

#7 BMW SPORTS TROPHY TEAM STUDIE
BMW Z4 (Y)
Jörg Müller/Seiji Ara

#9 OTONOKIZAKA HIGH NAC PACIFIC DIRECTION RACING
Porsche 911 (997) GT3-R (Y)
Takuya Shirasaka/Yuya Sakamoto

#10 GAINER RN-SPORTS
Mercedes-Benz SLS AMG GT3 (D)
Masayuki Ueda/Hideki Yamauchi

#11 GAINER DIXCEL
Mercedes-Benz SLS AMG GT3 (D)
Björn Wirdheim/Katsuyuki Hiranaka

#21 AUDI TEAM HITOTSUYAMA
Audi R8 LMS Ultra (Y)
Richard Lyons/Tomonobu Fujii

#22 GREENTEC R-Q’S MOTORSPORTS
Mercedes-Benz SLS AMG GT3 (Y)
Hisashi Wada/Masaki Jyonai

#30 IWASAKI APR
Nissan GT-R GT3 (Y)
Yuki Iwasaki/Masami Kageyama

#31 OGT PANASONIC APR
Toyota Prius (Y)
Morio Nitta/Koki Saga

#33 PUMA ARH PORSCHE TEAM KTR
Porsche 911 (997) GT3-R (Y)
Akihiro Tsuzuki/Tim Bergmeister

#48 SNAP-ON DIJON RACING
Nissan GT-R GT3 (Y)
Hiroshi Takamori/Masaki Tanaka

#50 WAKO’S EXE ARNAGE RACING
Aston Martin Vantage V12 GT3 (Y)
Masaki Kanou/Hideto Yasuoka

#55 AUTOBACS RACING TEAM AGURI
Honda CR-Z (B)
Shinichi Takagi/Takashi Kobayashi

#60 TWS LM CORSA
BMW Z4 GT3 (Y)
Akira Iida/Hiroki Yoshimoto

#61 R&D SPORT
Subaru BR-Z GT300 (M)
Kota Sasaki/Takuto Iguchi

#65 LEON RACING
Mercedes-Benz SLS AMG GT3 (Y)
Haruki Kurosawa/Kiyosuke Mineo

#67 STP GAIA TEAM TAISAN KEN DIMMAK
Nissan GT-R GT3 (Y)
Naoki Yokomizo/Shogo Mitsuyama

#86 CRYSTAL CROCO JLOC
Lamborghini Gallardo GT3 (Y)
Shiniya Hosokawa/Koji Yamanishi

#88 MANEPA JLOC
Lamborghini Gallardo GT3 (Y)
Manabu Orido/Takayuki Aoki

#360 OKINAWA IMP.RUN UP TOMEI SPORTS
Nissan GT-R GT3 (Y)
Atsushi Tanaka/Hironoki Yoshida

The Prologue: Audi faz os melhores tempos no sábado, mas Porsche fecha treinos na frente

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RIO DE JANEIRO – Com um público de mais de 8 mil pessoas que acorreu aos boxes do circuito de Paul Ricard, pôde se aproximar dos carros e conseguir autógrafos de todos os pilotos presentes, terminou o The Prologue do Mundial de Endurance (WEC) neste sábado. A Audi fez os melhores tempos do dia na casa de 1’43”, mas foi a Porsche que terminou os dois dias de atividades de pista com o melhor tempo, obtido por Brendon Hartley na sessão noturna.

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Hoje, os dois R18 e-tron quattro ficaram à frente na folha de tempos – cada um numa sessão. O #1 de Lucas Di Grassi/Loïc Duval/Tom Kristensen ficou em primeiro de manhã, com a marca de 1’43″017, tempo que não foi suplantado pelo 1’43″423 de Bénoit Tréluyer/Marcel Fässler/Andre Lotterer na sessão da tarde.

A Porsche ficou mesmo com o segundo tempo do sábado – 1’43″341 do #14 de Romain Dumas/Neel JaniMarc Lieb, somente três milésimos abaixo do #20 de Mark Webber/Brendon Hartley/Timo Bernhard. Os novos Toyota TS040 Hybrid acabaram com o quinto e sexto tempos do dia, com os Rebellion Lola B12/60 Toyota cravando marcas cerca de cinco segundos acima dos LMP1-Hybrid.

Entre os LMP2, Shinji Nakano acabou por estabelecer o melhor tempo dos dois dias com o Oreca 03 Nissan #23 da Millenium Racing – que nem foi à pista no dia de hoje. Os melhores tempos do sábado foram do Oreca 03 #27 da SMP Racing pela manhã e do #47 da KCMG Racing, de tarde.

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Na LMGTE-PRO, fechou à frente o Porsche 911 (991) GT3 RSR de Fréderic Makowiecki/Marco Holzer/Richard Lietz, com a marca de 1’58″041 alcançada na sexta-feira. Hoje, o #92 estabeleceu o melhor tempo do primeiro treino com 1’58″329 e depois à tarde somente dois carros andaram em Paul Ricard: o #71 da AF Corse e o #99 da Aston Martin Racing, que tem entre os pilotos o brasileiro Fernando Rees.

E na LMGTE-AM, deu Porsche na cabeça: neste sábado, os melhores tempos foram do #75 da Prospeed Competition numa sessão e do #88 da Proton Competition na outra. Mas no combinado dos dois dias, quem ficou à frente foi a Ferrari #90 da 8Star Motorsports, com a marca de 1’58″507, apenas 0″038 mais veloz que o #81 da AF Corse e o #88 da Proton.

The Prologue: deu Porsche no treino noturno

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RIO DE JANEIRO – Os testes coletivos do Mundial de Endurance (WEC) tiveram sequência nesta sexta-feira com uma sessão noturna opcional de duas horas, na qual qualquer uma das equipes inscritas poderia participar – ou não – das atividades de pista em Paul Ricard. E o Porsche 919 Hybrid segue dando as cartas.

Mais uma vez, o carro #20 do construtor alemão foi o mais rápido dos ensaios. Logo na terceira volta, Brendon Hartley encaixou uma volta em 1’41″289 e registrou um tempo ainda mais baixo que o do treino da tarde, quando Timo Bernhard estabelecera a marca mais veloz no agregado das sessões. A média da volta do neozelandês foi de quase 206 km/h.

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Após o primeiro dia, a equipe da Porsche está muito satisfeita com os resultados obtidos e a quilometragem alcançada, pois o #20 percorreu 192 voltas, num total superior a 1.100 km, enquanto o #14 de Romain Dumas/Marc Lieb/Neel Jani, segundo mais rápido do treino noturno com 1’42″426, completou 167 giros, pouco mais de 967 km ao fim dos ensaios.

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O Toyota TS040 de Alex Wurz/Stéphane Sarrazin/Kazuki Nakajima registrou o terceiro melhor tempo da sessão noturna – 1’42″841, enquanto o Audi de Marcel Fässler/Bénoit Tréluyer/Andre Lotterer foi o quarto, com 1’43″220, quase meio segundo melhor que o outro Toyota oficial. O Audi #1 de Lucas Di Grassi/Tom Kristensen/Loïc Duval percorreu apenas três voltas no treino. Com problemas, o carro foi recolhido aos boxes após marcar 1’49″537.

Na LMP2, Shinji Nakano voltou a estabelecer o melhor tempo – 1’49″246 para o japonês da Millenium Racing, seis décimos abaixo do Oreca #27 de Nicolas Minassian/Sergey Zlobin/Maurizio Mediani, da SMP Racing. Viktor Shaitar e os irmãos Anton e Kyrill Ladygin ficaram com a terceira posição.

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Entre os LMGTE-PRO, a Ferrari de Gianmaria Bruni/James Calado/Davide Rigon foi a mais rápida – 1’58″986, contra 1’59″106 de Matt Griffin/Álvaro Parente/James Rossiter e 2’00″607 de Alex MacDowall/Fernando Rees/Darryl O’Young. O Porsche #92 do time oficial não andou no treino noturno. E na LMGTE-AM, deu Proton Competition com Klaus Bachler/Christian Ried/Khaled Al Qubaisi, que marcaram 1’58″662 a bordo do Porsche #88 do time germânico – muito à frente do #61 de Luis Perez-Companc/Marco Cioci/Mirko Venturi e do #53 de Johnny Mowlem/Mark Patterson/Ben Collins.

Ao todo, 17 dos 25 carros presentes marcaram tempos na sessão noturna. O The Prologue do Mundial de Endurance (WEC) se encerra neste sábado com mais dois períodos de testes e meia hora de autógrafos dos pilotos no pit lane ao público que comparecer ao circuito de Paul Ricard. Além da entrada franqueada, todo mundo terá acesso ao pit walk por uma hora, a partir das 13h locais.

The Prologue: Audi e Porsche dividem honras dos primeiros treinos

4d5a9263RIO DE JANEIRO – Os quase 4,6 mil km de testes efetuados em Paul Ricard deram resultado. A Porsche começa impressionando nos treinos coletivos do Campeonato Mundial de Endurance (WEC) em Paul Ricard. No chamado “The Prologue”, o novo 919 Hybrid veio forte, desbancando o Audi R18 e-tron quattro e o novo Toyota TS040 Hybrid após as duas primeiras sessões realizadas na França.

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O Porsche #20 de Timo Bernhard/Mark Webber/Brendon Hartley liderou a folha de tempos, estabelecendo a marca de 1’41″788 (média de 204,8 km/h) – um segundo inteiro abaixo do melhor tempo da primeira sessão, quando de manhã Marcel Fässler/Bénoit Tréluyer/Andre Lotterer foram os mais rápidos. O trio campeão do WEC em 2012 e vice em 2013 ainda melhorou o tempo à tarde, insuficiente porém para superar o Porsche.

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Romain Dumas/Neel Jani/Marc Lieb, no outro carro do construtor de Weissach, ficaram com a 3ª posição – 1’42″126, 0″230 abaixo do Toyota de Alex Wurz/Stéphane Sarrazin/Kazuki Nakajima, que evoluiu quase um segundo e seis décimos em relação ao primeiro treino do dia. Lucas Di Grassi/Loïc Duval/Tom Kristensen figuraram somente na quinta colocação, com a marca de 1’42″407.

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Ainda com os velhos Lola B12/60 Toyota, a Rebellion Racing foi a única a andar hoje entre os protótipos da LMP1-L, para carros não-oficiais e sem sistemas de recuperação de energia cinética. O #12 de Nicolas Prost/Nick Heidfeld/Mathias Beche ficou a pouco mais de três segundos do melhor tempo do Porsche #20. No outro carro, Fabio Leimer/Andrea Belicchi/Dominik Kraihamer não melhoraram à tarde o tempo registrado na primeira sessão – 1’46″915.

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Entre os LMP2 que compareceram a Paul Ricard, com a ausência do Strakka-Dome o plantel foi reduzido a cinco Oreca 03 e ao solitário Morgan da G-Drive Racing. O veterano japonês Shinji Nakano, inscrito no carro #23 da Millenium Racing, teve que trabalhar sozinho no The Prologue: Stefan Johansson não pôde comparecer e Mike Conway tem compromisso com a Fórmula Indy, como piloto do time de Ed Carpenter em circuitos mistos. Mesmo com os colegas de time ausentes, o ex-piloto de Fórmula 1 nas equipes Prost e Minardi marcou o melhor tempo do dia – 1’48″970.

Mesmo sem ter andado no treino da manhã, o Morgan da G-Drive Racing logo encontrou um bom ritmo à tarde e o #26 de Roman Rusinov/Olivier Pla/Julien Canal ficou com a segunda posição – 1’49″084, seguido pelo #22 de Fabién Giroix/John Martin e pelo #47 da KCMG com Richard Bradley/Matthew Howson/Tsugio Matsuda. Os dois carros da SMP Racing vieram logo após.

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Na divisão LMGTE-PRO, o Porsche #92 guiado por Marco Holzer/Fred Makowiecki/Richard Lietz registrou a melhor marca do dia com 1’58″041, poucos milésimos abaixo do melhor tempo do bólido alemão na primeira sessão do dia. A Ferrari #71 de Gianmaria Bruni/James Calado/Davide Rigon, única do time de Amato Ferrari, ficou em segundo com 1’58″277. A RAM Racing acabou com o terceiro tempo do grupo, graças ao 1’58″679 de Álvaro Parente/Matt Griffin/James Rossiter. Já o único Aston Martin inscrito na classe, para Alex MacDowall/Fernando Rees/Darryl O’Young ficou em quarto com 1’59″076. No total, o carro do time britânico completou 78 voltas ao fim das duas primeiras sessões de treinos coletivos.

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Entre os LMGTE-AM, destaque para a 8Star Motorsports, mais veloz com o tempo de 1’58″507 do carro guiado por Enzo Potolicchio/Paolo Ruberti/Gianluca Roda. O britânico Sam Bird ajudou o #81 da AF Corse, também guiado por Steve Wyatt e Michele Rugolo a ficar com o segundo tempo após os dois primeiros treinos, seguidos pelo Porsche de Klaus Bachler/Christian Ried/Khaled Al Qubaisi e pela Ferrari de Johnny Mowlem/Ben Collins/Mark Patterson.

Eis os tempos da primeira sessão, com o piloto mais rápido de cada carro

1 – Marcel Fassler (Audi R18 e-tron quattro) – Audi – 1’42″788
2 – Romain Dumas (Porsche 919 Hybrid) – Porsche – 1’42″912
3 – Timo Behrnard (Porsche 919 Hybrid) – Porsche – 1’43″260
4 – Alex Wurz (Toyota TS040 Hybrid) – Toyota – 1’43″910
5 – Tom Kristensen (Audi R18 e-tron quattro) – Audi – 1’44″164
6 – Nicolas Lapierre (Toyota TS040 Hybrid) – Toyota – 1’44″922
7 – Nick Heidfeld (Lola B12/60-Toyota) – Rebellion – 1’45″551
8 – Andrea Belicchi (Lola B12/60-Toyota) – Rebellion – 1’47″424
9 – Fabien Giroix (Oreca 03-Nissan) – Millenium – 1’49″284
10 – Nicolas Minassian (Oreca 03-Nissan) – SMP Racing – 1’50″634
11 – Viktor Shaitar (Oreca 03-Nissan) – SMP Racing – 1’50″781
12 – Tsugio Matsuda (Oreca 03-Nissan) – KCMG – 1’51″431
13 – Richard Lietz (Porsche 991) – Manthey – 1’58″060
14 – James Calado (Ferrari 458) – AF Corse – 1’58″643
15 – James Rossiter (Ferrari 458) – RAM Racing – 1’58″666
16 – Paolo Ruberti (Ferrari 458) – 8Star – 1’58″852
17 – Marco Cioci (Ferrari 458) – AF Corse – 1’58″970
18 – Steven Wyatt (Ferrari 458) – AF Corse – 1’59″053
19 – Francois Perrodo (Porsche 997) – Prospeed – 1’59″113
20 – Ben Collins (Ferrari 458) – RAM – 1’59″139
21 – Nicki Thiim (Aston Martin Vantage) – Aston Martin – 1’59″675
22 – Alex MacDowall (Aston Martin Vantage) – Aston Martin-Bamboo – 1’59″823
23 – Khaled Al Qubaisi (Porsche 991) – Proton – 2’01″149

Eis os tempos da segunda sessão:

1 – Timo Behrnard (Porsche 919 Hybrid) – Porsche – 1’41″788
2 – Andre Lotterer (Audi R18 e-tron quattro) – Audi – 1’42″73
3 – Marc Lieb (Porsche 919 Hybrid) – Porsche – 1’42″126
4 – Alex Wurz (Toyota TS040 Hybrid) – Toyota – 1’42″356
5 – Loic Duval (Audi R18 e-tron quattro) – Audi – 1’42″407
6 – Anthony Davidson (Toyota TS040 Hybrid) – Toyota – 1’43″959
7 – Nico Prost (Lola B12/60-Toyota) – Rebellion – 1’44″806
8 – Fabio Leimer (Lola B12/60-Toyota) – Rebellion – 1’46″915
9 – Shinji Nakano (Oreca 03-Nissan) – Millennium – 1’48″970
10 – Oliver Pla (Morgan-Nissan) – G-Drive Racing – 1’49″084
11 – John Martin (Oreca 03-Nissan) – Millennium – 1’49″432
12 – Matt Howson (Oreca 03-Nissan) – KCMG – 1’49″722
13 – Nicolas Minassian (Oreca 03-Nissan) – SMP – 1’49″796
14 – Kirill Ladygin (Oreca 03-Nissan) – SMP – 1’50″321
15 – Marco Holzer (Porsche 991) – Manthey – 1’58″041
16 – Davide Rigon (Ferrari 458) – AF Corse – 1’58″277
17 – Paolo Ruberti (Ferrari 458) – 8Star – 1’58″507
18 – Michele Rugolo (Ferrari 458) – AF Corse – 1’58″545
19 – Matt Griffin (Ferrari 458) – RAM – 1’58″679
20 – Klaus Bachler (Porsche 991) – Proton – 1’59″055
21 – Alex MacDowall (Aston Martin Vantage) – Aston Martin-Bamboo – 1’59″076
22 – Mark Patterson (Ferrari 458) – RAM – 1’59″258
23 – Luis Perez-Companc (Ferrari 458) – AF Corse – 1’59″419
24 – Nicki Thiim (Aston Martin Vantage) – Aston Martin – 1’59″457
25 – Emmanuel Collard (Porsche 997) – Prospeed – 1’59″573

O futuro entra na pista

1974975_10152086317017912_1498455270_nRIO DE JANEIRO – Como sempre, a turma do Velho Mundo dando um banho. As 24 Horas de Le Mans serão disputadas pela 82ª vez em junho deste ano. Estamos em março ainda, mas o ACO, promotor da prova, já divulgou o poster oficial.

O mote, desta vez, é “O futuro entra na pista”. No croqui, o R18 e-tron quattro da Audi, o Porsche 919 Hybrid e – por enquanto – o Toyota TS030. Na semana em que aparecer o novo TS040, eles mudam essa imagem aí acima.

Duvidam? Não duvidem de quem ainda tem muito a nos ensinar e a gente, que se julga superior, não aprende nada.

O carro mais bonito do ano

4371920140306152910RIO DE JANEIRO – O tão esperado resgate de uma das pinturas mais icônicas do automobilismo mundial finalmente aconteceu. A Williams confirmou nesta quinta-feira o patrocínio da Martini & Rossi em seus carros que disputarão a temporada da Fórmula 1 em 2014.

Sem dúvida é o visual mais bonito do ano, não só na categoria de monopostos como em qualquer outra. O único detalhe é que nem todos os países do calendário permitem a propaganda de bebida alcoólica e o patrocínio será substituído pelas tradicionais listras em vermelho e branco.

A pintura do FW36 lembra demais a do Brabham BT44 de José Carlos Pace e Carlos Reutemann, principalmente pela predominância do branco, lembrando também que a Martini teve pintura vermelha nos carros da equipe então de propriedade de Bernie Ecclestone entre 1976 e 1977.

A Martini & Rossi regressa ao automobilismo após quase 20 anos. A última vez que o patrocínio aparecera foi nos carros da Alfa Romeo no DTM e no ITC. Antes, os protótipos e carros de Rally da Lancia e também os Porsche de Endurance foram, durante anos, pintados nas cores do vermute hoje fabricado pelo grupo Bacardi.